Electro foi só o começo. Em uma caçada armada pela viúva de Kraven, o Caçador, o Homem-Aranha mal imagina as provações que terá pela frente até que os planos de Sasha Kravinoff chegarem em seu derradeiro momento. Em Homem-Aranha 112 ele encontra mais um de seus clássicos vilões, em história de Fred Van Lente e Javier Pulido. E dessa vez se verá envolvido em questões de crime, de família, uma princesa e decepções...
Tudo começa com a pequenina Keemia, que vive como uma princesa, que vivendo em um reino vazio com exceção de seu pai, o rei, parece muito feliz com a vida que tinha antes, com sua mãe e avó, mesmo que sinta falta das duas. Ela vive em um castelo onde tudo é feito de areia, e demonstra admiração e carinho muito grandes por seu pai, que está em toda parte.
Enquanto o prefeito JJ Jameson conversa com Robbie Robertson de forma saudosista sobre o destruído prédio do Clarim Diário, é o que acontece. Toda a culpa pelo desaparecimento misterioso das provas de assassinato de Herman Cohen, Alma Alvarado e Deshawn Price cai sobre Carlie, que é suspensa no ato, com chance de até mesmo ser presa. Mas Peter não deixará acontecer dessa forma.
Uma velhinha, mãe de Alma, que pensa estar diante de mais um criminoso. Esclarecido um mal entendido, logo algo importante nos é revelado. Aquela é mãe da falecida Alma, e avó de Keemia! A única pista que ela tem é um confuso testemunho de dois meninos muito novos, que viram-na indo embora com um boneco de neve falante (!!). O pai de Keemia é um criminoso, mas sua identidade é um mistério. A única pista que Peter consegue é que outro dos três assassinados, Herman Cohen, foi responsável por conseguir um mandado de restrição do pai de Keemia dela e de sua mãe. Uma baita pista, que o leva até Flint Marko, o HOMEM-AREIA.
Agora ele já tem onde procurar. Chegando à Governors Island, acreditando que encontraria a menina seqüestrada nesse local atualmente semi-abandonado, o Homem-Aranha se depara com um exército de bonecos de neve “guardando” sua entrada.
Caminhando pelo labirinto deserto (onde há tudo que uma pequena cidade precisa) ele é finalmente abordado violentamente pelo Homem-Areia. Acreditando que os três assassinatos foram obra de Marko, o Aranha o combate e tenta extrair dele a informação sobre onde está Keemia.
A luta não é fácil, já que Flint domina todo o local, coberto por uma enorme quantidade de areia. Ele parece estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Além disso, sua relação com Keemia parece ser de um carinho quase obsessivo, dizendo que ela é tudo em sua vida. Negando os assassinatos, e demonstrando um poder maior do que o normal, o Homem Areia começa a ser um adversário mais difícil de bater do que se imaginava, multiplicando-se em vários ao mesmo tempo.
Convencida pelo pai de que os outros a querem enganar, Keemia não cai facilmente na conversa do Aranha que promete levar sua avó até ali. Ela finalmente cede e o liberta, fazendo com que o herói a agarre pensando estar a salvá-la.
Mas enquanto o Aranha tenta questionar os assassinatos, uma revelação é feita. As várias versões de si que Flint produz não são meras extensões de seu corpo de areia totalmente sob seu controle. Muito parecido com o que ocorre com as duplicatas de Madrox, Elas criaram personalidade própria, e três cuidaram, cada uma, de um dos assassinatos, deixando mesmo o Homem-Areia surpreso e apavorado.
Ele pare de lutar, e fica paralisado quando o Aranha levanta a possibilidade de uma dessas facetas de seu subconsciente se irritar e matar Keemia como fez com os outros. Inicia-se, então, uma luta do subconsciente de Marko, mas que se materializa no mundo real, dando a deixa para que o aracnídeo fuja com a menina.
Logo Flint percebe isso, e uma nova perseguição tem início, com uma versão gigante do Homem-Areia.
Em uma chance única, o Aranha usa a fúria do Homem-Areia para jogá-lo em um dos exaustores mais poderosos do local, fazendo com que se dispersasse no ar.
Mas diferente do que o Homem-Aranha imaginava, Keemia não será entregue a avó. Na verdade, se torna responsabilidade do serviço social que a coloca em um lar adotivo. O grande mentiroso, no fim, foi o herói que acreditava tê-la salvo de um vilão. Nem mesmo a liberação de Carlie é o suficiente para consolá-lo. A sensação de ter tomado uma péssima decisão o assombra e golpeia sua consciência.
Colocada em um lar nem um pouco amistoso, a Keemia só resta sonhar com seu reino e aguardar até o dia em que seu pai, o rei, a levará de volta para lá.
João
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