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terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

RESENHA 616: Monstros à Solta



Já faz um tempo que não soltamos alguma resenha de material nacional aqui no site e temos uma razão para isso que explicamos já aqui. Mas eis que estamos tentando retomar as coisas, aproveitando reforma da identidade visual do site e eis que resolvemos retomar o comentário sobre essas histórias de novo. Minha escolha de cara foi a minissérie Monstros à Solta. Aproveitando todo o clima que se prepara pra um novo filme de Godzilla e aproveitando que os Monstros foram uma parte importante desses 80 anos da Marvel achei que seria uma boa pedida.

A minissérie no Brasil começou a ser publicada no ano passado, mas o terceiro volume e conclusão final só cheguei a encontrar em bancas no mês de Janeiro. Saiu aqui em três partes, misturando a minissérie principal de cinco volumes e os oito tie ins embaralhados numa narrativa que confesso é até difícil de acompanhar. O roteiro é duplamente assinado por Cullen Bunn e Jim Zub, mas a arte praticamente fico pra um artista diferente em cada edição. Isso sem contar as outras equipes criativas diferentes dos tie ins.

Confesso que inicialmente, quando a Marvel promoveu isso quando saiu lá fora, a expectativa foi grande de que veríamos uma nova linha de Terror da editora. Calhou pra virar uma história de Monstros, mas que até que teria seu apelo se resgatasse algum apelo aos clássicos. O que ocorreu foi algo bem distante disso, infelizmente.

A narrativa começa já bem confusa, colocando o leitor no meio de uma série de ataques mundiais em que os heróis parecem ser só formigas tentando se defender. Ninguém sabe direito porque estão ocorrendo esse ataque, porque tem monstros caindo dos céus e quão a motivação deles, se há alguma. Um sinal do que pode ser a trama acontece apenas no final quando um garotinho que parece ter o hobby de desenhar monstros é abordado por algumas criaturas clássicas do anos 50 e 60 da Marvel e se dizem convocadas por ele.

É preciso avançar mais nas edições 2 e 3 para termos alguma noção a mais da confusa trama. Duas personagens entram em narrativas paralelas para isso. Uma é Elsa Bloodstone, a filha do lendário Ulysses, o caçador de Monstros, que aqui está buscando pistas através de cidades atacadas recentementes, desenhos e simbolos esquisitos até concluir que apenas o nome de um garotinho chamado Kei Kawade parece ter relação. Já o outro nome é praticamente "NOVO" ao leitor brasileiro que nunca teve acesso a edições traduzidas das histórias da Garota da Lua e o Dinossauro-Demônio. Praticamente temos que deduzir que a menina Lunella Lafayette é uma superdotada e que é a primeira a destacar que a chegada desses 'monstros do céu' é apenas o começo de algo maior.



Somente lá pra terceira edição da minissérie é que se damos conta de que há dois grupos diferentes de Monstros. Tem aqueles que estão vindo do espaço, que ouvimos falar pela primeira vez no tie-in do Hulk que sãos Leviatãs, e o outro que parece funcionar como uma espécie de avatares de Kawade pra proteger a Terra. Literalmente, é como se os roteiristas dessem a Fin Fang Foom, Goom e seu filho Googam, Xemnu, Sporr, Monstrom e tantos outros clássicos o status de 'forças protetoras' da Terra como o Godzilla em seus filmes.

A história então passa a colocar Ken Kawade ou Kid Kaiju (Como é batizado depois por Miles Morales) como o centro da história, fruto de uma profecia não só dos Inumanos da Terra, mas dos Inumanos Universais, que é capaz de comandar as criaturas com sua 'marca'. Em contrapartida, isso atraiu para ele um inimigo da mesma profecia, a Mãe Leviatã, que assim como fez em outros mundos, vem a terra para desafiar o Convocador como também arrasar este planeta.

A história que deveria ser a maior forte nas cinco edições acaba bem abaixo do esperado. Tem uma baita crise de identidade em se firmar ora como uma narrativa de desastre apocalíptico e ora como uma história acerebrada de briga de monstros. Os oito Tie-ins praticamente não agregam nada, aproveitando apenas a temática de monstros para fazer sua própria história. Apenas metade do tie-in do Hulk com a irmã do Amadeus Cho parece se preocupar em contruir algo pra trama principal. E de todos, o único recomendado por mim seria o do Doutor Estranho no qual o roteirista Chip Zdarsky tem talento pra criar algo interessante bem a parte ao desenvolver a dinâmica entre o Mago Supremo e o monstrdo Googam. Em segundo, fica o tie in do Guardiões da Galáxia onde Chad Bowers e Chris Sims se preocupam em desenvolver algo pros personagens.



Na última edição, vemos que para vencer a Mãe Leviatã, Kid Kaiju tem que ir além dos seus conhecidos poderes de Convocador. Então, ele não só cria novos monstros com seu desenho como também é capaz de uní-los como robôs de um sentai e liderá-los em batalha. Só assim a Mãe Leviatã é morta, seu exército é afungentado e a Terra está bem outra vez. Os monstros clássicos da Marvel são dispensados, mas agora não se comprometem em ser os caras bons. Afinal, eles mesmos tem seus planos de dominar o planeta um dia.

Ken Kawade ganha então o status de novo personagem inumano da Marvel, morando agora com seus pais e os monstros criados na afastada Ilha Mu e meio que sendo tutoriado pela Elsa Bloodstone. A editora chegou a dar a ele uma curta revista mensal de 12 edições e aparece ainda na minissérie inédita no Brasil 'Venomizado' e também nas novas histórias dos Campeões lá fora.



Minha avaliação final é que é uma ideia jogada na vala. Poderia ser bem melhor, retrabalhar os monstros clássicos, dar um ar mais tenso ou de suspense a trama e ser menos rocambulesca. De qualquer modo, confesso que se a ideia no final era contar uma versão marvel do "círculo de fogo", eu não sou bem o público alvo. Mas vamos ver como o Kid Kaiju se densenvolve em futuras histórias daqui pra frente.

Coveiro

domingo, 30 de dezembro de 2018

Retrospectiva Marvel de 2018

E chegou o momento do ano, faltando poucos dias para 2018 nos deixar, de fazer aquela retrospectiva 616. Com um ano tão conturbado como foi este, seja pelas notícias muito boas ou seja pelos momentos bem tristes, é bem difícil tentar elencar uma lista só com 10 itens. Em um esforço de alguns dias, chegamos ao que consideramos os 10 pontos mais marcantes de 2018, com direito há alguns bônus de cortesia no decorrer do texto. Então, segurem-se na cadeira pois vamos começar indo de cara bem lá atrás... em Fevereiro... em outro continente...



1 - A Ascensão do Rei e o Sucesso de Pantera Negra nos Cinemas.

Nessa nossa lista deste ano é impossível não começar com o sucesso de Pantera Negra nos cinemas. Um arrasa-quarteirões surpreendente, que inclusive ainda superou o próprio filme dos Vingadores deste ano se nos restringirmos a bilheteria dos EUA. Foram nada menos que $700 milhões só em território americano e 1,3 bilhão no mundo inteiro, um recorde que Pantera Negra manterá por muito tempo na categoria de filme solo. Porém mais que dinheiro, o filme se tornou um fenômeno cultural, motivou pelo mundo inteiro campanhas para levar jovens carentes as salas de cinemas, amplificou o interesse sobre mais do universo africano pro resto do mundo e pode no próximo ano levar muitos prêmios de destaque. Estamos inclusive cruzando os dedos para o Oscar.



Como adaptação dos quadrinhos para a tela, Pantera Negra consegue ainda ser mais rico do que nunca, colocando pro mundo não só o seu personagem principal, T'Challa, o Pantera Negra, assim como também uma série de personagens coadjuvantes espetaculares que de modo algum ficaram obscurescidos na trama. Shuri, Okoye, Nakya, Ramonda, Zuri, M'Baku, todos eles cativaram de modo muito especial o público que foi lá conferir e se emocionou com essa aventura que não só mostra de forma digna a jornada de herói do Rei de Wakanda, como também faz justiça a trajetória do vilão Erik Killmonger. Não foi a toa que ele quase não se tornou o maior vilão de 2018, eu disse quase porque... bem... falaremos dele no item 3 desta lista.

2 - As jóias do Infinito voltando a dar trabalho nos quadrinhos...

Em tempos de Guerra Infinita nos cinemas, nada mais justo que ter as jóias do Infinito de volta aos quadrinhos. No Brasil, a Panini relançou de forma surpreendente a tempo do filme, com formato de luxo e complementando com algumas histórias que até estavam inéditas no Brasil as minisséries da Trilogia do Infinito - Desafio, Guerra e a Cruzada Infinita. Já nos EUA, Gerry Duggan direcionou seus Guardiões da Galáxia para uma nova história a ser contada com as... desta vez... Pedras do Infinito. Tudo começa com um prelúdio em formato de série com cinco partes e algumas edições especiais chamada 'Infinity Countdown' (Logo no Brasil como Contagem Infinita). Nela, vemos inesperados personagens da Marvel aparecendo como novos portadores dessas pedras de imenso poder e que volta a atrair a atenção de poderosos seres como Thanos.



Mas tudo vira completamente de pernas pro ar quando começa as Infinity Wars, que seria a saga principal para onde o Countdown caminha, Thanos morre e o poder dessas pedras vai parar justamente na mão da figura inesperada e até então desconhecida chamada Requiem. Sem querer revelar detalhes demais sobre a história, Gerry Duggan surpreende de forma inovadora com a narrativa e os novos caminhos que levam os personagens aqui envolvidos. Temos em meio a essa história ainda um outro micro-evento, Infinity Warps, que gerou uma versão "amálgama" de heróis da Marvel que se fusionaram e mataram a saudade de alguns leitores que viram algo parecido entre editoras concorrentes acontecer nos anos 90. A saga que só chega no Brasil ano que vem, já tem sementes sendo plantadas nas atuais edições dos Guardiões da Galáxia. Para quem for curioso e quiser ver nossas resenhas sobre essa história, basta clicar aqui e ler as resenhas feitas pelo Marcus Pedro.


3- Vingadores: Guerra Infinita arrasando as bilheterias e nossos corações

Pantera Negra pode ser a maior bilheteria americana de 2018, mas quando se trata do resto do mundo não tem como bater Vingadores: Guerra Infinita. O filme gerou $678 milhões nos EUA e 2,047 bilhões no mundo inteiro. Se estabelece como a quarta maior arrecadação de todos os tempos e manteve a expectativa de todo mundo no alto pra o ano que vem. Talvez, Vingadores: Ultimato derrube alguns filmes lá do pódio ano que vem. E é fácil de entender. A empreitada feita pelos irmãos Russos de reunir a quantidade de heróis que se viu neste filme é algo sem precedentes. E ainda entregar uma história coesa, cumprindo o que prometeram de transformar Thanos num vilão marcante para os novos tempos e ainda emocionando todos no final, mesmo os que esperavam algo do tipo acontecer, é de fato um grande feito. É a Marvel de novo se superando e criando mais marcos.

Recentemente, os irmãos Russo falaram sobre o novo jeito de contar histórias que Vingadores: Guerra Infinita abre para o público, fugindo daquele padrão previsível de filmes de duas horas para se contar uma história e mostrando que essa trajetória de 10 anos acompanhando a evolução de personagens é sim uma experiência possível nos cinemas. A aventura, obviamente, ainda não acabou. Depois de todas as barreiras que Vingadores: Guerra Infinita rompeu, há uma última coisa que o filme teve que fazer - deixar o hype lá em cima do público para o 'último ato' dessa longa história, Vingadores: Ultimato, o mais recente a quebrar o recorde de trailer mais assistido dentro do prazo de 24 horas. E se tudo for como os fãs almejam, quem sabe o filme derrubar outros gigantes da bilheteria mundial ano que vem.



Bônus: Não sobrou muito espaço desta vez para listar outro filme da Marvel Studios aqui que merece todas as palmas este ano. Homem-Formiga e a Vespa finalmente apresentou a primeira Vingadora dos quadrinhos ao cinema, atiçou a curiosidade do público para o 'Reino Quântico' e ainda entregou uma importante cena pós-credito. É uma pena mesmo o filme ter sido prejudicado por sair na mesma época que a Copa do Mundo e ter uma bilheteria bem fragmentada ao longo dos meses que ficou em cartaz.

4 - Deadpool de novo! E Cable! E Dominó!

A promessa feita na cena pós-credito lá em 2016 foi cumprida. Deadpool voltou para o seu segundo filme este ano (o único que sobreviveu aos adiamentos da FOX) e trouxe com ele o personagem querido dos X-Fãs, o Cable. E ele não vem sozinho: apresentou a Dominó e um arremedo de X-Force. Deadpool 2 apesar de ainda sofrer com um orçamento restrito (o que ocasionou em alguns cortes no roteiro) rendeu quase tanto quanto o primeiro filme - $738 milhões. Apesar das diferenças em relação ao primeiro filme, Deadpool 2 não deixa de seguir uma ideia padrão que parece que se manteve vinculada ao personagem nos cinemas - a de desconstruir a história e estilo de filme que tem a pretensão de narrar. No primeiro, ele se auto define como uma história de Amor. Agora, o filme se identifica como um filme de família. E quem prestar atenção na história sobre a perspectiva de Wade, Russell e Cable vai entender muito bem como a proposta é bem densa apesar de margeada por piadas infames. Agora em Dezembro, o filme ainda conseguiu emplacar uma versão "remasterizada para menores". É o mesmo filme, mas é diferente, uns 20 minutos diferente. É uma estratégia safada? É. Mas combina perfeitamente com o personagem. Tá valendo!




5 - Os Jovens heróis Marvel com séries de 'responsa' 

Quando se houve falar de que estão criando um seriado com uma dupla de jovens heróis super-heróis cujo roteiro se focará num drama adolescente, boa parte da audiência não vai dar muito crédito a história. É por isso que Manto e Adaga surpreendeu tanto por entregar uma série madura capitaneada por jovens talentos pela Freeform. Temas como violência policial, racismo, drogas, abandono, tudo veio a tona permeado pela temática de luta entre luz e trevas que se espera ver numa história dos personagens. A série se saiu tão bem quanto foi a dos Fugitivos, garantiu uma segunda temporada que já está sendo filmada e esperamos que ano que vem realmente surja um "crossover" entre as série da Hulu e Freeform.

E falando em Fugitivos, a galera acabou de voltar no dia 21 em sua segunda temporada pra o Hulu. O serviço ainda é restrito para fora dos EUA, mas a série veio ao Brasil pela Sony no primeiro semestre e entrou na plataforma nacional da Netflix meses depois. Quem ouviu nosso podcast sabe o quanto a série foi surpreendente e trabalhou bem os elementos dos quadrinhos, mas tudo parece muito maior nessa segunda temporada do final de 2018. Mais perigos, mais ação, mais poderes, e mais da Alfazema... Não vejo a hora de conferir esses novos capítulos por aqui...




6 - Panini: Entre Império Secreto, Monstros a Solta e aumento de preços...

A saga polêmica que transformou a figura irresoluta do Capitão América numa versão distorcida cujo passado alterado por um cubo cósmico fez dele um agente da HIDRA infiltrado durante todo esse tempo chegou ao Brasil. As histórias foram publicadas em cinco edições volumosas de 100 a 140 páginas, misturando ali alguns especiais e deixando o preço final ainda alto. Fora isso, repercutiu nas mensais, principalmente a do Capitão América que também se comprometeu em dobrar de páginas para acompanhar o lançamento da saga. E fora isso rendeu também algumas edições especiais.

Toda a atenção que a editora deveria destinar a história da série que por si já causa um burburinho e tem que ser conscientemente divulgada da maneira correta acabou sendo atravessada por outra maxissérie pra lá de inusitada. As três edições de Monstros a Solta (que nos EUA foram as lojas somente muito depois de Império Secreto) foram lançadas bem no meio de Império Secreto, em edições robustas que misturaram a minissérie com tie ins e deixaram o número final e valor de páginas lá em cima.



Deu pra perceber que o tópico que deveria se destinar a falar das histórias em quadrinhos e das duas sagas consideradas mais importantes acabou saindo mais como um puxão de orelha para o jeito/formato que a editora acabou destinando a coisa toda. Já não é deste ano que se começou a falar do aperto que a editora deixou o bolso do leitor colecionador, mas certamente o auge das reclamações foram os últimos meses. Parece que mais uma vez as pessoas lá de cima calharam de achar que quadrinhos deveria se restringir a material de luxo, o que nem sempre é o caso para todas as histórias e muito menos combina com a atual situação financeira de boa parte da população do país. Mas se por um lado houve um escorregão ao levar alguns materiais no começo do ano a categoria de capa dura e preço mais agressivo, o final do ano revela uma tendencia até mesmo a restringir as mensais e se focar em publicações de arcos mais fechados - com capa cartão, preferencialmente. Se esse será o novo jeito de consumirmos as histórias aqui no Brasil, saberemos a resposta só ano que vem. Mas tudo leva a crer que sim.


7- A volta por cima no mundo dos games com o Homem-Aranha...


Por muito tempo, muito tempo mesmo, os fãs de games estavam constantemente nos comentários reclamando do descompromisso da Marvel Entertainment em investir em jogos para console e só trazer novidades para celulares. Tudo, é claro, mudou quando anos atrás a Insommiac Games anunciou Homem-Aranha exclusivo para PS4. A cada novo trailer e gameplay divulgado, a galera parecia mais e mais satisfeita com o que via. Não foi a toa que em 7 de Setembro deste ano o jogo ao ser lançado vendeu nada menos que 3,3 milhões de cópias nos três primeiros dias e se tornou o jogo mais vendido pela Sony Interactive Entertainment.

O jogo é extremamente aclamado pelo pessoal, com críticos afirmando que é até então o melhor jogo de super-heróis já feito até então, elogiando o gameplay, combate e a nova técnica e dinâmica de usar a teia para se balançar pelos prédios. O jogo veio acompanhado de pacotes extras de histórias que foram vendidos e lançados separadamente esse ano (os tais DLCs), muitas variedades de uniformes e também certas missões especiais em que você pode jogar com a identidade de Peter Parker, além de atuar como Miles Morales ou Mary Jane.




Além disso tudo, a história do jogo é extremamente elogiada, mas não é a toa já que contou com consultoria de dois roteiristas de quadrinhos que trabalharam e entendem bem o personagem - Christo Cage e Dan Slott. Atualmente, sua venda mundial gira em torno de 198 milhões de cópias e venceu duas categorias no Game Critics Awards e uma no Gamescom. Fora isso, foi nomeado para mais tantas categorias do The Games Awards 2018 e o Golden Joystick Awards 2018.


8 - Um ano com os quatro Defensores e o fim do Netflixverso?

Para um ano que a Netflix parecia investir pesado nos seus quatro heróis urbanos e todos ganharam temporadas esse ano, quem diria que iria tudo se encaminhar para uma série de cancelamentos? Jessica Jones voltou em março com sua esperada segunda temporada, e críticas a parte, conseguiu inclusive uma renovação. Luke Cage e Punho de Ferro vieram em seguidas, as duas indiscutivelmente foram melhores, mais maduras e satisfizeram um público receoso. Mas foi certamente a terceira temporada de Demolidor que mais arrancou elogios, digna de levantar-se da cadeira e bater palmas de pé. Matt Murdock deixou de lado o advogado e abraçou o Demolidor, voltando inclusive a cenas chaves que fizeram sucesso na primeira temporada. E recriaram elas aqui melhores. O Rei do Crime teve um arco surpreendente e que deixou o público roendo as unhas. E todos esperavam ansiosamente a volta do Mercenário pra um quarto ano com mais episódios depois de uma apresentação tão profunda do personagem.



Foi aí que veio baque - 3 cancelamentos seguidos, Punho de Ferro, Luke Cage e Demolidor não voltarão mais. Tudo ainda é muito nebuloso sobre o que de fato aconteceu, apesar das críticas certamente o público cativo era razoável pra garantir a permanência das séries e a única coisa que os fãs mais queriam era garantir que ao menos o Homem Sem Medo volte para mais histórias. Quanto a parceria Marvel e Netflix, acho que 2019 não reservará boas notícias aos fãs. Até então não ficou claro quem decidiu romper de vez essa união, mas era algo que uma hora ou outra iria acontecer com a vinda do serviço de streaming da Disney, o Disney+. O único alento pra nós é que os depoimentos mais recentes do diretor de conteúdo foram favoráveis a continuidade das séries...


9-Venom e a virada de jogo da Sony


Se tirássemos pelo que foi o primeiro trailer divulgado este ano, e alguém falasse que Venom seria um sucesso de bilheteria ao ponto de inclusive passar outros filmes de ponta de heróis da Marvel este ano, você riria. Mas no final o simbionte da Sony mostrou que tem mais dentes para gargalhar e passou dos $850 milhões de arrecadação mundial. Obviamente, para quem foi conferir, o filme tem seus erros, escorregões e apelos desnecessários, mas ainda assim algo dentro do padrão do que se vendeu - um filme de baixo orçamento, com um humor meio desengonçado típico de filmes de 'Terrir', mas que contou ainda com um divertido Tom Hardy em cena. O sucesso que já fez até aqui bastou isso para abrir de vez as portas para mais personagens do "Sonyverso" da Marvel ganharem de fato seus filmes.



E não para por aí: temos a animação de sucesso Homem-Aranha: No Aranhaverso. O desenho que é uma inovação visual que vem ganhando várias nomeações em prêmios de prestígio apresenta não só Miles Morales como também um gama de outras versões aracnídeas alternativas. Mais do que nunca, o mote de que poderia ser qualquer um a sofrer o acidente e usar aquela máscara foi usado neste filme. Mas como Homem-Aranha: No Aranhaverso só sai aqui em Janeiro no Brasil, esperamos poder falar dela de maneira digna ano que vem!


10-A Despedida do Criador: Adeus, Stan Lee!

Eu gostaria mesmo de não ter que listar esse último item aqui na retrospectiva deste ano, e de nenhum ano por vir, mas infelizmente assim como as boas histórias chegam ao fim, seus lendários contadores tem que dizer Adeus. O ano de 2018 ficará eternamente marcado pela despedida do Mestre Stan Lee, que nos deixou este ano e que faria 96 anos neste dia 28 de Dezembro. Mais do que um roteirista que deu vida, humanidade e tridimensionalidade ao universo de super-heróis, Stan Lee era o rosto de seus personagens tão queridos. Seu entusiasmo pelas histórias era a de um eterno fã e sua capacidade de promover-se junto aos quadrinhos foi a garantida de sucesso para as coisas chegarem até onde estão hoje.



Bônus: Não foi só Stan Lee que se despediu de nós esse ano. O reservado criador do Homem-Aranha e Doutor Estranho, Steve Ditko, também faleceu em 2018. Sua saída deste plano quase passou desapercebida assim como ele levava sua pacata vida. Agora, ele e Lee se juntaram a Jack Kirby e figuram no panteão das lendas da Marvel que já nos deixaram.


Ficou coisa de fora? Ficou, e muita! Mas nem por isso elas deixarão de serem lembradas aqui. Nem pense que eu esqueci totalmente a animação da Marvel Rising que fez muito sucesso lá fora e já tem episódios dublados por aqui. Outra coisa que lamento muito não ter podido falar foi quanto as segundas temporadas de Legião e The Gifted, mas como elas foram mencionadas no ano passado ficam aqui como menções honrosas. Em termos de eventos, eu listaria aqui a presença marcante de astros e estrela da Marvel na CCXP, entregando inclusive em primeira mão um trailer completamente inédito de Homem-Aranha: Longe de Casa que deixou muito gringo com vontade de estar naquele auditório. E. é claro, a conclusão da compra da FOX pela Disney, que como foi tópico no ano passado  ficou de fora aqui (mesmo com todos os riscos que se teve quando a Comcast entrou na briga).

Coveiro

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

A volta dos Guardiões da Galáxia, Deadpool Clássico e mais da Panini ainda pra este mês de Novembro



Já falamos de Mensais e de republicação da Graphic Novem Amor e Guerra do Demolidor. Agora, é a vez de destacar alguns encadernados que já tem as capas e alguns detalhes divulgados pela loja Panini em Novembro. Tem os Guardiões da Galáxia de Gerry Duggan, Deadpool Clássico, a conclusão de Monstros à Solta e muito mais. Espia só:


Guardiões da Galáxia - Prelúdio para a contagem regressiva infinita



Os Guardiões da Galáxia estão de volta ao espaço para a maior e mais esquisita de suas desventuras, começando com o roubo mais ousado que eles já realizaram! Senhor das Estrelas, Rocky e companhia fogem pelo espaço, com a Tropa Nova em seu encalço, enquanto se vêem metidos numa guerra entre Anciões do Universo! Tudo isso em meio a mistérios que pairam no ar: Por que Groot não consegue mais se regenerar? O que Gamora está procurando? Por que Drax parou de destruir? Uma nova era de aventuras cósmicas começou! A edição tem roteiro de Gerry Duggan e arte de Aaron Kuder, Ive Svorcina, Frazer Irving, Chris Samnee e Matthew Wilson.

Formato: 17x26cm |  Estrutura: 148 páginas | Capa: Cartão | R$22,90

Monstros à Solta - Edição 3




Serão estes os últimos momentos da Terra e de nossos heróis favoritos, ou poderão eles resistir à investida da Mãe Leviatã e suas hostes de monstros? Prepare-se para o maior enfrentamento que você já viu conforme Kei Kawade, Elsa Bloodstone, Vingadores, Guardiões da Galáxia, Campeões e muitos outros heróis se unem para tentar impedir que a Terra se torne o novo ninho dos monstros... ou morrer tentando.

A edição tem como roteiristas Cullen Bunn, Jeremy Whitley, Chad Bowers e Chris Sims. Na arte, conta com Salvador Larroca, Adam Kubert, Ted Brandt, Ro Stein, David Baldeón, David Curiel, Michael Garland, Frank G. D'Armata, Marcio Menyz

Formato: 17x26cm | Estrutura: 140 páginas | Capa: Cartão | R$21,90

Deadpool Clássico - Edição 10 - Jogos Perigosos




O começo de uma nova fase! Com a saída de Priest, é a vez de Palmiotti e Scalera assumirem o comando do trem descarrilhado que é a vida do Mercenário Tagarela, então prepare-se para quando o Deadpool é contratado para enfrentar... a máfia! E como se isso já não bastasse, o Comediante Carmim resolve se apaixonar justamente por seu contato, uma bela tatuadora que parece esconder algo. Conheça também o melhor parceiro mirim de todos os tempos, Poolboy! Com direito a shows de rock, sonecas com peixes, armas com e sem silenciadores e a mais charmosa feiura que tanto amamos, a aventura promete ser explosiva!

No roteiro, temos James Palmiotti e Buddy Scalera; Na arte, conta com Paul Chadwick, Michael Lopez, Darick Robertson, Anthony Williams, Ron Randall, Jonathan Holdredge, Andy Lanning, Shannon Blanchard, Tom Chu, VLM, Illusion Art Studio.


Formato: 17x26cm | Estrutura: 180 páginas | Capa: Cartão | R$26,90

Homem Aranha Superior - Edição 1



ASCENSÃO DO DUENDE! Sob a vigília do autoproclamado Homem-Aranha Superior, o Duende Verde tomou o controle do submundo de Nova York. A culpa é toda de Otto Octavius - e agora ele tem a responsabilidade de derrubar o Duende. Vencendo ou perdendo, será a maior batalha de sua vida. Mas, diante de um violento ataque dos Aranhetes, supervilões e robôs gigantes à Ilha das Aranhas, conseguirá Octavius se reerguer e prevalecer? Não importa o que aconteça, você não pode perder o maior evento de toda a Saga do Homem-Aranha Superior! O fim começa aqui, enquanto o Aranha encara a. Nação Duende! Acabou o papo. Agora é guerra total!



Formato: 17 x 26 cm | 167 páginas | Capa: Dura | Lombada Quadrada | R$48,00



Poder Supremo - Capa dura - Deluxe



Um alienígena superpoderoso. Um violento justiceiro mascarado. Uma bela e feroz guerreira mitológica. O homem mais rápido do planeta. Um soldado equipado com a arma mais potente do universo, controlada por sua força de vontade. Você acha que sabe de quem estamos falando… mas está completamente enganado. Em 2003, a Marvel uniu o talento do multipremiado roteirista J. Michael Straczynski e do consagrado desenhista Gary Frank para reimaginar o Esquadrão Supremo – uma obscura equipe de super-heróis de uma Terra paralela à da cronologia oficial da Casa das Ideias, que guardava uma notável semelhança com um certo supergrupo da Distinta Concorrência. Com a liberdade garantida pelo selo adulto MAX, Straczynkski recriou os personagens de modo surpreendente, com uma abordagem arrojada da trajetória do extraterrestre Hipérion e de como sua chegada à Terra alterou de modo indelével a vida e o equilíbrio político das superpotências no planeta. Muito mais que uma simples história de super-heróis, trata-se de um conto sobre a natureza do poder: Uma saga grandiosa, reunida pela Panini nesta edição ultraespecial de 444 páginas, indispensável na biblioteca de qualquer fã do gênero. Acompanhe a trajetória de Hipérion numa narrativa repleta de intriga, suspense e violência que esmiúça os caminhos rumo ao… PODER SUPREMO!

Formato: 17 x 26 cm | 440 páginas | Capa: Dura | Lombada Quadrada | R$112,00

Já foram anunciados pela editora também Cavaleiro da Lua 7,  Justiceiro 8, Capitão América volume 1 e Thor – A Morte de Thor volume 1. Nenhum deles teve capa ou resumo oficialmente divulgados ainda nos sites da editora e só devem chegar as bancas em Dezembro.

Coveiro





quarta-feira, 8 de agosto de 2018

Panini lança encadernado do Arma X e mais detalhes de outras edições lançadas em Julho



Para o mês de Agosto, a Panini anunciou mais um encadernado, desta vez em capa mole, lombada quadrada e trazendo não só o começo das histórias do novo ARMA X, como também o prelúdio do crossover entre o grupo mutante e o Totalmente Incrível Hulk do Amadeu Cho em Armas de Destruição Mutante. E de quebra: Mais detalhes de algumas edições de julho que só chegaram agora esse mês:

Arma X - Edição 1 - Arma de Destruição Mutante




Décadas atrás, o Programa Arma X produziu os mais mortíferos assassinos mutantes do planeta. Agora, após muito mais pesquisa, financiamento e adamantium, o Programa está de volta mais terrível do que nunca, e não está só experimentando com mutantes. ele os está exterminando - todos eles - usando ciborgues assassinos! Caberá a uma delicada e incômoda aliança, entre o Velho Logan e seu arqui-inimigo Dentes-de-Sabre, caçar o reinstaurado Programa Arma X antes que ele se torne forte demais! No entanto, para isso eles vão precisar de muita sorte e músculos, talvez Dominó e o Incrivelmente Sensacional Hulk possam ajudá-los com isso? E que outros personagens do passado da Arma X aparecerão como aliados. ou inimigos? (Revista especial, Formato americano, 116 páginas, Distribuição nacional. Lombada quadrada, R$18,90) As edições originais não foram divulgadas, mas seguindo a lógica do TPB americano são WEAPON X 1-4, TOTALLY AWESOME HULK 19).

E aproveitando a postagem, eis os detalhes, capas e preços das edições que citamos anteriormente aqui como futuros lançamentos do Cavaleiro da Lua, Mostros à Solta e O Espetacular Homem-Aranha: Renove seus votos.


O Espetacular Homem-Aranha: Renove seus votos - Edição 1 Brigando em Família

A vida é boa para a família Parker! Peter continua mantendo a vizinhança livre de todo tipo de vilão, agora junto de Mary Jane e sua filha Annie - que também têm superpoderes! Quando o Toupeira ataca a cidade de Nova York, apenas a sensacional Família-Aranha poderá detê-lo! (Amazing Spider-Man: Renew your Vows 1-5) Preço: R$19,90 



Monstros à solta! - Edição 1

Enquanto um garoto chamado Kei Kawade desenha no seu quarto, diversos monstros começam a surgir por toda a parte, fazendo com que os maiores heróis de todo o mundo corram para detê-los! Agora, será que Vingadores, X-Men, Guardiões da Galáxia e muitos outros poderão deter essa ameaça? Qual será o segredo por trás da misteriosa aparição dessas criaturas? E mais, como isso tudo pode estar relacionado com aquele - aparentemente - inocente garotinho?

(Monsters Unleashed 1-2, Avengers 1.MU e Spider-Man/Deadpool 1.MU) Formato americano | papel LWC | 132 páginas | Preço: R$20,90) 




Cavaleiro da Lua- Edição 6

Marc Spector nasceu em Chicago - mas onde seu alter ego Steven Grant nasceu? Preso fora da realidade, sua sobrevivência depende de respostas. mas Spector está cercado por perguntas! O Cavaleiro da Lua é mais forte sozinho, ou mais vulnerável? Onde ele esteve de fato esse tempo todo? E onde será sua batalha final? O Cavaleiro da Lua será capaz de sobreviver ao confronto direto contra Khonshu? E o que restará dele, caso consiga? Um mergulho pelo passado de Spector, em um conto de nascimento, morte e renascimento, que redefinirá a história do Cavaleiro da Lua! Preço: R$18,90

Coveiro

domingo, 15 de julho de 2018

Panini trará Monstros a Solta, Família Aranha e Cavaleiro da Lua em Julho

Semana passada divulgamos aqui a primeira edição do encadernado da nova fase do Venom que será lançada pela Panini já em Julho. Contudo, essa não é a única novidade para o mês de Julho pela Panini. As primeiras edições mensais revelaram no Hotlist do mês algumas outras novidades.



A primeira delas e que surpreende bastante é a publicação de Monstros a Solta (do original Monsters Unleashed) também esse mês. É curioso essa série estar saindo logo agora, atravessando a próprio Império Secreto quando originalmente foi publicada nos EUA meses antes.

No resumo do Hotlist Panini, Monstros a Solta #1 cita além da história principal da minissérie com Kei Kawade, também a participação dos Vingadores, X-Men e Guardiões da Galáxia. É provável que esse número contenha, portanto, os tie-ins Avengers #1.MU, Guardians of the Galaxy #1.MU e All-New X-Men #1.MU.

 A minissérie originalmente contém 5 edições e outros tie ins como o dos Campeões, Doutor Estranho, Aranha e Deadpool, Hulk e Inumanos.  Não foi informado ainda quantas páginas e quantas edições terá a versão brasileira.

A outra novidade em termos de encadernado do mês é o começo do que deve ser uma série grande de encadernados das histórias da família heróica dos Parkers da realidade 18119 . Homem-Aranha: Renovar os votos #1 deve conter as cinco primeiras edições de Amazing Spider-man: Renew your Vows contendo o arco de histórias Brawl In The Family (Briga na Família).



Por fim, o sexto encadernado do Cavaleiro da Lua deve trazer as últimas 5 histórias de Jeff Lemire no título. São desenhadas por Greg Smallwood e compõe o arco completo Morte e Nascimento. Como a panini não divulgou nada oficial sobre o conteúdo do encadernado, não sabemos se há algum material extra de historias antigas sendo republicadas aqui como aconteceu nos outros dois encadernados.

Bom, essas são as novidades em relação aos encadernados de Julho, junto com o que já anunciamos aqui sobre o Venom. A Panini continua sem nos enviar mais o checklist oficial, mas vamos tentar reunir aqui o que já sabemos de certo sobre as revistas mensais em breve.

Coveiro