Após sua aventura submarina, as quatro últimas edições de Universo Marvel (da #5 à #8) levaram o Indestrutível Hulk a interagir com dois personagens icônicos da Marvel: Thor e o Demolidor, para só então iniciar uma aventura diretamente ligada à conclusão da Era de Ultron.
O encontro com Thor já dá um pouco o tom do futuro próximo das missões do Hulk como um agente da SHIELD. Nessa história, o roteirista MARK WAID tem chance de mostrar uma maior interação de Bruce Banner com sua equipe científica, que acaba se mostrando um conjunto bastante interessante de coadjuvantes. O maior pretexto para que isso ocorra é a viagem exploratória em busca do metal uru até Jotuheim, terra dos gigantes de gelo asgardianos, que se transforma em uma jornada não apenas através do espaço, mas também através do tempo. É assim que o quinteto entra em contato com uma versão clássica do Thor, prévia à formação dos Vingadores.
A arte de WALTER SIMONSON acaba criando o clima perfeito para a história, considerando sua passagem clássica pela arte do deus do trovão. WAID mistura sequências clássicas (o conflito entre Thor e Hulk até ambos perceberem que são aliados) com um direcionamento renovado do golias esmeralda, com especial atenção para viradas dramáticas envolvendo uma de suas coadjuvantes, e para os limites entre magia e ciência. Em uma trama com bastante ação e de rápida solução (sem com isso criar subplots para futuras histórias), o passo seguinte é muito mais pedestre, por assim dizer.
Visando impedir contrabando de perigosíssimas armas pela Agência Bizantina, a diretora Maria Hill envia o Hulk, que acaba encontrando o homem sem medo, Matt Murdock, o Demolidor, que também investigava a ação criminosa, acompanhando de perto o seu cliente, Bruce Banner.
A história, além de envolver muito mais do que uma ação corriqueira da organização criminosa, mostra uma curiosa interação entre Matt e o Hulk/Banner, que coloca em evidência o quanto poucas pessoas sabem verdadeiramente lidar com o cientista e seu alterego. Isso proporciona cenas divertidíssimas, quando ambos unem-se não apenas no “estilo Hulk’, mas também somam forças em uma investigação ao estilo do Demolidor, mas anabolizada pelo verdão.
A arte "rabiscada" de MATTEO SCALERA lembra bastante a de Leinil Yu, o que para mim é sempre algo positivo. Fora isso, é uma boa escolha para esse tipo de história, com bastante ação urbana, basicamente em locais de pouca iluminação e penumbra, mostrando dois acertos seguidos nos arcos que comento nesse post.
Waid nos faz duvidar por um momento da relação de confiança que dois heróis tão diferentes parecem ter, para apenas mostrar que, no fim, o Hulk é muito mais herói do que vilão. A despeito do que suas ações e o julgamento dos outros parecem indicar. E Murdock? Bem, digamos que ele é um dos maiores aliados que Bruce pode ter para se proteger do acordo que fez com a SHIELD.
A seguir, ainda em UM8, o Hulk cai de cabeça nas repercussões da Era de Ultron, viajando no tempo e espaço – dessa vez, de propósito. Mas isso fica para a próxima resenha.
João
O encontro com Thor já dá um pouco o tom do futuro próximo das missões do Hulk como um agente da SHIELD. Nessa história, o roteirista MARK WAID tem chance de mostrar uma maior interação de Bruce Banner com sua equipe científica, que acaba se mostrando um conjunto bastante interessante de coadjuvantes. O maior pretexto para que isso ocorra é a viagem exploratória em busca do metal uru até Jotuheim, terra dos gigantes de gelo asgardianos, que se transforma em uma jornada não apenas através do espaço, mas também através do tempo. É assim que o quinteto entra em contato com uma versão clássica do Thor, prévia à formação dos Vingadores.
A arte de WALTER SIMONSON acaba criando o clima perfeito para a história, considerando sua passagem clássica pela arte do deus do trovão. WAID mistura sequências clássicas (o conflito entre Thor e Hulk até ambos perceberem que são aliados) com um direcionamento renovado do golias esmeralda, com especial atenção para viradas dramáticas envolvendo uma de suas coadjuvantes, e para os limites entre magia e ciência. Em uma trama com bastante ação e de rápida solução (sem com isso criar subplots para futuras histórias), o passo seguinte é muito mais pedestre, por assim dizer.
Visando impedir contrabando de perigosíssimas armas pela Agência Bizantina, a diretora Maria Hill envia o Hulk, que acaba encontrando o homem sem medo, Matt Murdock, o Demolidor, que também investigava a ação criminosa, acompanhando de perto o seu cliente, Bruce Banner.
A história, além de envolver muito mais do que uma ação corriqueira da organização criminosa, mostra uma curiosa interação entre Matt e o Hulk/Banner, que coloca em evidência o quanto poucas pessoas sabem verdadeiramente lidar com o cientista e seu alterego. Isso proporciona cenas divertidíssimas, quando ambos unem-se não apenas no “estilo Hulk’, mas também somam forças em uma investigação ao estilo do Demolidor, mas anabolizada pelo verdão.
A arte "rabiscada" de MATTEO SCALERA lembra bastante a de Leinil Yu, o que para mim é sempre algo positivo. Fora isso, é uma boa escolha para esse tipo de história, com bastante ação urbana, basicamente em locais de pouca iluminação e penumbra, mostrando dois acertos seguidos nos arcos que comento nesse post.
Waid nos faz duvidar por um momento da relação de confiança que dois heróis tão diferentes parecem ter, para apenas mostrar que, no fim, o Hulk é muito mais herói do que vilão. A despeito do que suas ações e o julgamento dos outros parecem indicar. E Murdock? Bem, digamos que ele é um dos maiores aliados que Bruce pode ter para se proteger do acordo que fez com a SHIELD.
A seguir, ainda em UM8, o Hulk cai de cabeça nas repercussões da Era de Ultron, viajando no tempo e espaço – dessa vez, de propósito. Mas isso fica para a próxima resenha.
João