terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Pecado Original: A irmã do Trovão


A minissérie principal já se encerrou faz mais de um mês, mas as consequências dela ainda estavam para se concluir em tie ins de revistas mensais ou especiais. Na edição nacional de Pecados Originais, o centro da trama está em Asgard, quando Thor e Loki descobrem que tem uma irmã perdida e a existência de um décimo reino exilado. E não é difícil imaginar quem seja ela quando o nome Parayso é citado.

Na Pecado Original, Thor saiu momentaneamente do combate quando foi alvejado pelo surpreendente conhecimento de que havia uma irmã ainda viva e esquecida. Determinado a resgatá-la, ele vai até Asgardia saber mais informações. Lá, ele encontra sua mãe, Freya, relutante em dizer-lhe mais. Para a Asgardiana, a menina, Aldrif estava morta na guerra entre Asgard e os Anjos. Coube a Loki, seu inusitado irmão, a tarefa de dar-lhe um voto de confiança e seguir o irmão nessa empreitada maluca contra o décimo Reino perdido.

Para quem acompanha a mensal o Deus da Mentira (que agora é um Agente de Asgard), deve saber que o adolescente Loki não é mais assim tão heróico quanto sua versão criança que vimos em Jornada ao Mistério. E para agravar tudo, o velho Rei Loki, completamente Vil, está mais uma vez por aí a solta e maquinando tudo a seu favor mesmo que preso pelas mães asgardianas.

E assim, montados em Tanngnst e Tanngrisn, os dois meio-irmãos quebram a barreira que isolava Parayso e invadem o lugar. Lá, encontram um reino governado por Anjos, todas mulheres e com ódio voraz de Odin Caolho e de todo e qualquer asgardiano. Memórias da Guerra no decorrer dessa história explicam como a batalha entre os dois reinos aconteceu e como a filha Aldrif de Odin foi levada dele.


Thor e Loki tentam estratégias diferentes para lidar com a situação. O Deus do Trovão parte logo para a força bruta e começa a ruir o lugar até ter sinal da sua irmã. Não demorou muito para que o mesmo topasse com Angela, que na sua versão Marvel foi exilada daquele reino desde Era de Ultron e finalmente encontrou seu caminho de volta. Já Loki faz o que sempre sabe fazer. Trai o irmão, se transforma em sua versão feminina e promete aliança a Parayso ao dizer que também odeia Asgard.

É claro que os dois irmãos tinham seus planos guardados para sobrepujar os anjos. Thor se deixou ser preso ao ser derrotado por Angela só para conseguir se conciliar com o clima do lugar para convocar a maior das tempestades. Já a Loki estava ali para mais uma de suas artimanhas. Após ouvir o suficiente da Rainha dos Anjos, levou o grupo de ataque delas até a velha Asgard exilada onde foram facilmente detidas. Naquele pedaço de rocha esquecido e estéril, encontrou apenas Odin jogando com seu velho irmão Cul (aquele de Essência do Medo). Loki só precisava contar a seu velho pai tudo para as peças entrarem em jogo.


E foi assim que Odin Caolho se reergueu de seu exílio e foi para Parayso. Mas para sua maior surpresa, ao invés de ter ali vingança contra os Anjos, ele foi surpreendido. Com um olhar, Odin reconheceu Angela como sendo sua filha perdida, Aldrif. A moça, ainda criada sob olhar de ódio contra os asgardianos não reconheceria aquilo, mas era óbvio que Angela era a irmã de Thor e Loki.

A guerra cessou ali entre os reinos. A rainha dos anjos reconheceu que Angela era Aldrif. Iria deixá-la viva mas ninguém mais em Parayso poderia aceitá-la. Agora, assim como o reino dos anjos, Angela estava livre para singrar os dez reinos a vontade. Já Odin, depois de longos anos, parecia reconhecer o amor e orgulho que tinha de seus filhos. O Caolho estava disposto a voltar a ativa agora.

E assim, temos o trabalho bem concluído de Jason Aaron e Al Ewing acompanhados da arte estupenda de Simoni Biachi e Lee Garbett. Apesar de até mal vista por alguns, esse novo retcon com a inserção mais profunda de Angela na Marvel até que é bem divertido, escrito e desenhado. Não deixa de ser previsível. Desde a primeira vez que a trama começa e envolve Parayso, dá pra juntar os pontos e saber o grande mistério. Mas o melhor sobre a personagem, dizem que ainda está por vir.

E nessa mesma edição, temos mais pequenas histórias com Pecados Originais. Numa delas, destaca-se a história de um homem comum que descobre os segredos de Victor Von Doom e tenta se dar bem em cima disto. Descobrimos que o Dum Dum Dungan que conhecíamos já estava bem morto desde os anos 60 e desde então ele se tornou um dos grandes segredos de Nick Fury. E também aqui se concluir a história de parte dos jovens Vingadores numa união improvável com o Capuz. Além, é claro, de outras curtas histórias.

Coveiro


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