sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Produção e elenco de Novos Mutantes fala da locação e nega grandes refilmagens


Agora que está quase certo que o filme sairá mesmo em Abril, as entrevistas com o elenco dos Novos Mutantes voltaram finalmente a acontecer. E o ScreenRant esteve junto com a atriz brasileira Alice Braga e o diretor Josh Boone sobre os rumores das refilmagens e também sobre as locações. Confira:

Alice Braga, que supostamente interpreta a Dra. Cecilia Reyes no filme, fato que até agora é especulado, ao falar sobre os constantes adiamentos do filme, desmentiu o fato de terem feitos grandes refilmagens ou reedições de cenas nos set. "Josh [Boone] se preparou muito, ele e a roteirista Knate Lee] de antemão, sobre o roteiro e tudo mais, para que não houvesse muita reedições acontecendo" explicou Braga. "Tipo, há mais coisas ao criar o ambiente no set e a energia no set. A locação é tão incrível, eles filmaram na Shutter Island aqui, do filme de [Martin] Scorcese, e você pode sentir isso".



Josh Boone também falou mais porque escolheu um Hospital como unica ambientação pro filme. Eles estão em um lugar que é como uma casa psicológica para mutantes que são perigosos demais para estar na mansão", explicou Boone. "Eu diria mais, mas há reviravoltas e tudo isso. Mas sim, há uma médica lá que os ajuda e eles fazem essas coisas. Como eu disse, tem um pouco de Garota Interrompida, de Um Estranho no Ninho e filme de terror ".

Na mesma matéria, a cenógrafa de Novos Mutantes, Molly Hughes, explicou como eles usaram o local para se apoiar nos aspectos de horror, tornando-o diferente de qualquer outro filme dos X-Men. "Nós nos instalamos aqui porque, bem, é bonito e está isolado, e poderíamos ter o tipo de coisa", disse Hughes. "Fizemos muitas demolições para criar nossos espaços interiores, porque não podíamos simplesmente entrar em nesses interiores e filmar neles. A maioria deles estava caindo. Nós meio que viemos aqui pela concha. Eu amo as janelas, as árvores e as velho tijolo vermelho. Tem aquela coisa de Nova Inglaterra, Julgamento das Bruxas de Salem, possivelmente inglesa, tocando na X-Mansion, meio que virando isso de cabeça para baixo. Foi assim que acabamos aqui".



Dirigido e co-escrito por Josh Boone, Os Novos Mutantes tem no seu elenco a Maisie Williams como Rahne Sinclair/Lupina, Anya Taylor-Joy como Illyana Rasputin/Magia, Charlie Heaton como Sam Guthrie/Míssil, Henry Zaga como Roberto da Costa/Mancha Solar, Blu Hunt como Danielle Moonstar/Miragem e Alice Braga como a Dra. Cecilia Reyes. No Brasil, o filme chega em 2 de Abril.

Coveiro

Owen Wilson ingressa no UCM via a série do Loki da Disney+

É um nome que ninguém certamente pensaria antes de compor qualquer coisa na Marvel Studios, mas eis que Owen Wilson entra no time de atores do UCM agora. Segundo o site Comicbook.com, o ator estará na série do Loki da Disney+, apesar de seu papel ser ainda um segredo bem guardado pelo estúdio.



Owen Wilson deve dar o tom mais comédia da série, já pelo seu histórico com Zoolander, Marley e Eu e Bater e Correr. Contudo, há outros filmes mais sérios do ator como Horas de Desespero e Extraordinário, o que na verdade mostra que ele é bem plástico e poderia se encaixar em qualquer papel.

Há quem acredite que a série do Loki possa ter também alguma ligação com Thor: Amor e Trovão assim como Wandavisão teria com a sequência do Doutor Estranho. Caso sim, estaria um ator do medalhão de Wilson também sendo reservado já para os cinemas? E a grande questão - para qual papel?

Coveiro

Uma personagem clássica do universo mutante está de volta


Parece que essa nova fase Hickman realmente deve reservas bastante surpresas, como trazer personagens que a muito tempo não se via e sendo reinseridos de forma bastante orgânica. E o anúncio do retorno dessa personagem parece que não será diferente e pode prometer chacoalhar as coisas em Krakoa.


Isso mesmo! Madelyne Pryor, a rainha dos duendes, está voltando pelas páginas de Satânicos (Hellions nos EUA), que terá Zebb Wells nos roteiros e Stephen Segovia na arte.

Eu só consigo pensar em uma coisa, Ciclope vai ter muita dor de cabeça e a Jean vai ficar putaça!

Marcus Pedro

Veja mais uma imagem da cena deletada que introduziria a Capitã Marvel em Vingadores: Era de Ultron


Ontem mostramos aqui uma imagem de uma cena cortada do filme da Capitã Marvel, que faz parte do Box especial que reúne os 23 filmes já lançados da Marvel Studios da Saga do Infinito. Hoje, mais uma imagem acabou surgindo com a modelo que serviu de 'Stand in' da Capitã Marvel. Espia só:



Uma imagem anterior da modelo já foi postada aqui antes. A modelo em questão - cujo nome não foi revelado - só ocupava a posição de marcação da cena para uma eventual escalação de uma atriz pra ser a Capitã Marvel no filme. No caso, ficou decidido depois que a personagem não apareceria no final do filme e sua estreia ficaria para um filme próprio. Como já sabemos, o papel terminou com Brie Larson num filme que só viria a surgir anos e anos depois.

A Box da Saga do Infinito teve venda exclusiva e limitada (e também já esgotada). Dentro dele, veio um novo Blu-Ray repleto de extras inéditos e uma série de cenas deletadas nunca antes vistas.

Coveiro

Filme do Shang-Chi está em busca de atores para formar um time de agentes do MI-6

A Marvel está em busca de atores caucasianos e chineses para dar vida a três personagens das clássicas histórias de Shang Chi. Já falamos sobre tais rumores antes aqui, mas agora parece que o Charles Murphy do Murphy's Multiverse tem detalhes agora dos detalhes dos perfis de atores que estão buscando:



Os três personagens fazem parte do time de agentes da MI-6 que vemos nas histórias antigas do personagem - Leiko Wu, Clive Reston e Black Jack Tarr. Segundo as informações do site, para Wu estão atrás de uma atriz chinesa em torno dos 26 a 39 anos, pra Reston um ator caucasiano de 45 a 50 e para Tarr, um ator mais jovem com 30 a 49 anos.

Ainda segundo os rumores, Shang Chi teria um envolvimento com esse time de espiões na sua aventura onde Clive Reston seria seu antigo parceiro e amigo. Leiko Wu está casada com Reston, mas antes teria tido um romance com Shang Chi. Já Tarr é um artista marcial que se junta a eles pelo 'calor' da batalha.

Supostamente as gravações de Shan-Chi já deveriam ter começado na Australia, pois parte do elenco está lá. Contudo, diante dos atuais problemas que a China hoje vive é compreensível um atraso. Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis estrelará Simu Liu como Mestre do Kung-Fu, Tony Chiu-Wai Leung como Mandarin e Awkwafina num papel ainda não divulgado. o filme está já no começo das filmagens na Austrália e chegará aos cinemas em 12 de Fevereiro de 2021

Coveiro

Novo rumor aponta que a Marvel e Emily Blunt voltaram a conversar sobre uma possível entrada da atriz no UCM

Estamos postando muitos, muitos rumores sobre os filmes que estão por vir nos próximos anos, mas as fontes desta vez parecem cada vez mais fidedignas. Desta vez, veio de Charles Murphy do Murphy's Multiverse que a Marvel MAIS UMA VEZ iniciou conversas com a atriz Emily Blunt.



Vale lembrar que Emily Blunt chegou muito perto de estar nos filmes da Marvel logo no começo. Era uma das favoritas a Viúva Negra antes de Scarlett Johansson fechar com o estúdio e chegou por um tempo a ser cotada ao papel da Agente Carter. Não deu certo na época, mas segundo as novas informações, enquanto gravava a nova aventura da Disney baseada em um brinquedo, o Jungle Cruise, Blunt e os executivos da Marvel chegaram a conversar.

Sobre que papel eles estão tentando acertar, não há nada claro ainda. Pela proximidade na ordem do calendário da Marvel há quem acredite que a atriz possa ser cotada para o papel de Clea na sequência do filme do Doutor Estranho. Já outros estão de dedos cruzados para que a Marvel tenha ouvido os fãs e coloque Emily Blunt como Susan Richards e que seu marido John Krasinski acabe no papel de Reed Richards, o casal favorito dos fãs do Quarteto Fantástico.

Vamos aguardar pra ver se os rumores se confirmam.

Coveiro

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

X-Men: Mais missões do Conselho e uma equipe especial


Paralelo a histórias 'piratas' dos Carrascos e aventuras mágicas em Excalibur, a história principal dos X-men de Jonanthan Hickman está sendo contada em sua revista mensal. Faz já um tempo que não falamos dessa parte das histórias aqui, então vamos aproveitar que saiu uma nova edição esta quarta-feira pra resumir o que rolou desde a edição #2:

A edição #3 dos X-Men (de Hickman e Yu) que saiu ainda no ano passado traz uma história inusitada dos X-Men contra novos inimigos improváveis. Ao perceber que o portal que liga a Krakoa e a Terra Selvagem está inoperante (aparatemente hackeado), o Conselho Silencioso encaminha Ciclope, Sebastian Shaw e Emma Frost para investigar o assunto com ajuda do Teleporter. E eis que assim que chegam no local onde estaria instalado o portal, os três são atacados por velhotas com armas biotecnológicas extremas.


A Agroquímica Augusta Bromes (64 anos), a Bioengenheira Opal Vetiter (68 anos), a Geneticista Lily Leymus (71 anos) e a engenheira botânica  Edith Scutch (81 anos) são a Hordacultura, um grupo apresentado só agora de senhorinhas octagenárias que há anos vem manipulando todas as plantas no planeta pra não só diminuir a população futura do planeta como também decidir que ou quem deve viver. Contudo, a chegada de Krakoa e toda sua flora desconhecida trazendo medicamentos e usos inusitados para o mundo parece ter minguado os planos delas. Elas derrotaram facilmente Ciclope e Sebastian Shaw que não estavam preparados e antes de partir deixam avisados para Emma Frost que estarão estudando o que coletaram de Krakoa até ali e vão no futuro decidir se veem os X-Men como aliados ou alguém a servi-las.

Passando pra edição #4 dos X-Men (de novo Hickman e Yu), temos uma história mais política dos mutantes. Três membros do Conselho - Prof X, Magneto e Apocalipse - são convidados pra uma 'refeição' em portas fechadas com representantes e grandes homens de negócios de várias nações que estão de olho na ascenção de Krakoa no mundo. Estão ali gente de Wakanda, China, EUA, Itália, Suiça, India e até Brasil.


A reunião tinha tudo para ser uma nova emboscada, mas desta vez Xavier estava antecipando o perigo e levou dois de seus Capitães de Krakoa (Ciclope e Gorgon) para lidar com grupos de mercenários localizados nos andares debaixo do Jantar que atacariam a reunião assim que fosse dado o sinal. Depois de tudo resolvido, algumas farpas trocadas, Xavier informou para os demais presentes que um deles planejou o ataque e sugeriu que seria o mesmo responsável pela sua morte dias atrás (visto em X-Force #1). Na reunião, Magneto também deixou claro que as novas intenções deles dominarem os humanos não seria mais através da Guerra. Com os recursos de Genosha, eles comprariam a todos (é assim que os Mutantes agiriam, como aprenderam com os humanos).

Por fim, temos a edição #5 de X-Men (por Hickman e RB Silva) que saiu essa semana e traz a volta de Serafina, uma dos Filhos da Câmara, vilões da fase do Mike Carey na batuta dos X-Men. Ela era perseguida pelo Wolverine no Equador quando adentrou a uma porta da "Câmara" localizada abaixo de uma versão de Molde Mestre. Era preciso de um time especial para ir atrás dela agora.

Aqui vale um parenteses, os Filhos da Câmara, diferentes dos Mutantes, ganham seus dons não pela mutação, mas sim por alterações causadas pelo isolamento neste lugar onde o tempo é acelerado. Ciclope compara a Câmara com o 'Mundo' do Programa Arma X, mas com 'leis' diferentes, onde as adaptações humanas são com bases em linhas tecnológicas. Cientifiquês de quadrinhos a parte, Scott Summers decide enviar um time que poderia sobreviver mais a esse mundo - Darwin, Sincro e X-23 (já que Wolverine estaria ocupado com outra coisa).


Na história, Ciclope, Tempestade e Armadura distraem os sistemas de defesa externos do Molde Mestre enquanto a equipe da X-23 adentra na Câmara. E eles não saem. A última notícia que temos dos três foi que foram detectados como anomalias e então atacados. No fim da história, Ciclope se preocupa se levou o grupo a morte certa já que uma vez que ainda não voltaram, está sendo computado um tempo muito muito maior deles lá dentro do que aqui fora.

Até aqui, todas as histórias dos X-Men feitas por Hickman na revista mensal funcionam praticamente como 'solo', mas dizem muito sobre o status quo de Krakoa. É importante ver que elas só reforçam o que outros títulos que também estão saindo estão fazendo, como no caso dos Carrascos e X-Force. Na verdade, a mensal virou praticamente um tecido conectivo entre os títulos e aos poucos já percebe-se que uma grande peça de tapeçaria está sendo montada em conjunto e deve levar a mais um grande evento em breve.

Coveiro

Revelada prévias de páginas de X-Men Gigante Jean Grey e Emma Frost


A Marvel Comics liberou amostras, ainda em preto e branco, de algumas páginas do título especial X-Men Gigante, focada nas personagens Emma Frost e Jean Grey. Lembrando que a arte interna é do famoso artista Russel Dauterman.





"Os X-Men têm sido um amor quase ao longo da minha vida. É por isso que comecei a ler quadrinhos e uma grande parte do motivo de querer ser um artista de quadrinhos. Portanto, desenhar este livro é um sonho tornado realidade ”, disse Dauterman. “Estou muito emocionado por trabalhar nisso com Jonathan e Matt. Eu sou um grande fã de como Jonathan e seus colaboradores revitalizaram os X-Men. Estou muito feliz por estar envolvido."

X-Men Gigante: Jean Grey e Emma Frost está previsto para ir as vendas nos EUA em 03 de Fevereiro desse ano.


Marcus Pedro

Série do Loki deve apresentar o primeiro personagem Transgênero do UCM

Agora que as filmagens já estão acontecendo, fica cada vez mais fácil saber da série do Loki. A novidade mais uma vez veio do site Illuminerdi, que supostamente é bem informado sobre as chamadas de testes de elenco dos estúdios. Segundo ele, Loki terá o primeiro personagem declarado transgênero numa produção da Marvel Studios.



Segundo a informação, a Marvel Studios está procurando um homem/mulher entre 20 a 40 anos para viver um forte personagem coadjuvante em todos os seis episódios dessa primeira temporada e que esteja já disponível para uma segunda. O Illuminerdi ainda adianta que esse 'casting call' é para Sera, personagem que nos quadrinhos surgiu pela primeira vez na revista da Angela.

Nos quadrinhos, Sera é um Anacoreta (Anchorite), uma raça de anjos sem asas, que ficava presos num templo rezando eternamente por todos os anjos que morreram sem alma. No caso de Sera em especial, ele se indentificava como uma anjo do sexo feminino e foi salva pela Angela durante um ataque no templo onde ela ficava presa.

Não se sabe bem como a personagem será levada a Marvel Studios, no entanto, já que sequer foi apresentado no UCM a Angela ou mesmo o décimo reino sob a tutela de Odin. Mas vai que a minisserie está ai pra apresentar Angela ao UCM e não sabemos, né?

Coveiro

Veja a imagem da real face da Inteligência Suprema Kree não usada em Capitã Marvel

Recentemente, tivemos notícias de que a sequência de Capitã Marvel chegará em algum momento de 2022 nos cinemas. É um ano que até agora só o Pantera Negra está com data reservada, mas parece que até lá muita coisa está sendo preparada pra continuação (leia-se SWORD e Invasão Secreta). Mas enquanto as notícias concretas da sequência ainda estão distante, que tal conferir uma imagem inédita de um concept art de como é a verdadeira face da Inteligência Suprema dos filmes bem fiel aos quadrinhos:



A imagem acima foi postada pelo site Comicbookmovie sem crédito do artista, mas vale ressaltar que há uma cena do Box da Saga do Infinito nunca antes vazada que teria uma cena 'inacabada' de Capitã Marvel com uma Inteligência Suprema bem fiel aos quadrinhos mesmo. Talvez essa imagem faça parte de algumas das muitas imagens extras desta coletânea dos 23 filmes da Marvel Studios do Box da Saga do Infinito.

Capitã Marvel tem no elenco a vencedora do Oscar Brie Larson (Carol Danvers), Lashana Lynch (Maria "Fóton" Rambeau), Ben Medelsohn (Talos), Lee Pace (Ronan), Djimon Hounsou (Korath), Jude Law (Yong-Rogg), , Rune Temte (Bron-Char), Algenis Perez Soto (At-Lass) Gemma Chan(Minn-Erva), Annette Benning (Inteligência Suprema), Clark Greeg (Phillip Coulson), Samuel L. Jackson (Nick Fury), Akira Akbar (Monica Rambeau), McKenna Grace (como a jovem Carol Danvers), Kenneth Mitchell (Joseph Danvers) e Colin Ford (Steve Danvers). A direção é de Anna Boden e Ryan Fleck e o roteiro é de Geneva Robertson-Dworet, Meg LeFauve e Nicole Perlman.

Coveiro

Diretores de Bad Boys pra Sempre foram sondados pela Marvel Studios

Chegando aos cinemas essa semana, Bad Boys para Sempre é um filme dirigido por Adil El Arbi e Bilall Fallah, dois jovens diretores que estão se destacando no cenário de Hollywood recentemente após um bom tempo na TV. O fato curioso pra gente é que durante a divulgação do novo filme, eles confessaram que estiveram em conversas bem iniciais com a Marvel.



"Bem, não há nada concreto. Eles acabaram de nos conhecer", disse El Arbi ao ComicBook.com. "Eles disseram que gostaram do filme e nos disseram 'Ei, o que você querem fazer? Vamos encontrar algo para trabalharmos juntos.' Portanto, não há nada realmente planejado ainda, foi como uma reunião. Mas sim, vamos ver se encontramos algo legal".

No caso, os diretores falaram que não necessariamente o convite se designou aos cinemas e pensaram até nas portas abertas da plataforma de streaming. "Agora, com o Disney +, tudo evoluiu tanto que você pode fazer muito. Você pode fazer um filme ou um programa de TV. E estamos tão ocupados com os Bad Boys que ainda não exploramos tudo. Então, o que vamos fazer agora, eu e Bilall, é verificar tudo o que eles têm e gostaríamos de encontrar algo para trabalhar com eles, mas ainda não está claro o que seria ".

Bem, as possibilidades são infinitas aí. Mas pelo estilo visto em Bad Boys pra Sempre, que tipo de personagem Marvel vocês acham que se encaixaria melhor pra eles?

Coveiro

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

Grandes Histórias Marvel no Brasil: A Saga do Clone



UMA DAS HISTÓRIAS MAIS COMENTADAS DO HOMEM-ARANHA NO BRASIL.

Em meados dos anos 1990, a Marvel passou por um período de crise criativa em suas publicações nos Estados Unidos. Depois da mudança no cargo de editor-chefe em 1987, com a saída de Jim Shooter, a Marvel, que tinha entrado nos eixos ao viver um dos seus melhores momentos criativos entre 1978 e 1987, teria a partir desse período uma fase menos empolgante, com diversas sagas longas, confusas e de baixa qualidade.  E como não podia deixar de ser, esse período foi publicado por aqui.   

Alguns artistas que despontavam no começo dos anos 1990, como Todd Mcfarlane, desenhista do Homem-Aranha, Jim Lee, que cuidava dos X-Men, Marc Silvestri, artista do Wolverine e Rob Liefeld, que desenhava os Novos Mutantes, tinham criado um alvoroço no mercado americano com as suas revistas. O foco era mais nos desenhos do que nas histórias. Poses impossíveis para o corpo humano, anatomias fora do padrão, personagens super musculosos e cores exageradas tornaram a Marvel o oposto do que foi em sua primeira fase criativa, com Stan Lee, Jack Kirby e Steve Ditko. E na sua expansão, com John Byrne, Frank Miller, Jim Starlin, Chris Claremont e diversos outros nomes. Porém, suas revistas vendiam, e para a Marvel, o que importava naquele momento eram as vendas. Mesmo se a qualidade das histórias fosse ruim.

Todos esses novos artistas estavam no auge de suas carreiras e depois de exigirem mais espaço e carta branca para criar os seus próprios conceitos e, principalmente, ter mais liberdade, sem intervenções de editores, ficaram receosos em apresentar os seus próprios personagens para a Marvel, já que, se isso tivesse acontecido, a Marvel seria a proprietária de todos. Como foi o caso de Cable e Deadpool, criados por Rob Liefeld, que pertencem à Marvel, e não ao artista. Com isso, no início dos anos 1990, Todd Mcfarlane, Rob Liefeld, Jim Lee, Marc Silvestri, e mais os artistas Erik Larsen, Whilce Portacio e Jim Valentino abandonaram a Marvel e criaram uma nova editora. Cada um teria o seu próprio estúdio e cada um cuidaria de seus próprios personagens, sem ter que se preocupar com intervenções editoriais e prestação de contas. A Image Comics foi fundada em 1992 e tornou-se uma concorrente forte para a Marvel e para a DC nos Estados Unidos. Alguns dos personagens criados pela Image foram publicados no Brasil a partir de 1996. 

Naquele ano, a Abril trouxe Youngblood de Rob Liefeld e The Savage Dragon de Erik Larsen. Mas foi com “Spawn - o Soldado do Inferno”, de Todd Mcfarlane, que a editora daria o tiro certo-foi de longe a revista Image de maior sucesso no Brasil. A Editora Globo publicaria Stryke Force e Cyber Force, de Marc Silvestri, mais as revistas dos WildC.a.t.s e Gen 13, de Jim Lee. Todas essas revistas causaram um alvoroço e a princípio, fizeram sombra na Marvel. Com a chegada da Image, aproveitando a nova leva de quadrinhos no Brasil, a Editora Globo também publicaria a versão da revista americana “Wizard” em 1996.

O mercado das histórias em quadrinhos nos EUA passava por um período delicado no início dos anos 1990. As edições nº 01, com as novas revistas do Homem-Aranha de Todd Mcfarlane, os X-Men de Jim Lee e o novo grupo X-Factor de Rob Liefeld, venderam milhões de exemplares cada uma. O que a princípio tinha sido um sucesso, em longo prazo teria outra situação.  Os lojistas das Comics Stores americanas e diversos colecionadores, aproveitando os vários lançamentos, esperavam que as revistas se valorizassem anos depois. Então, começaram a comprar lotes e mais lotes, na esperança que pudessem revendê-los no futuro, por um preço bem maior. Mas isso não aconteceu. As revistas não se tornaram uma Action Comics ou uma Amazing Fantasy, e centenas de milhares de gibis morreram nas mãos daqueles que os possuíam. Todo esse processo gerou uma especulação no mercado, criando uma gigantesca bolha que acabou estourando. Isso teve como consequência a queda vertiginosa das vendas das revistas em quadrinhos nos anos seguintes.

As revistas da Image, mesmo com todo o alvoroço criado, deixavam muito a desejar em relação ao nível de suas histórias. Não era difícil associar cada personagem da Image com os da Marvel. Nessa fase, tanto a Marvel quanto a DC estavam passando por uma forte crise criativa com os seus personagens. Na DC, o Superman estava morto! O personagem, que há tempos não estava agradando, teria uma grande sequência de histórias mostrando o primeiro super-herói sendo assassinado por uma criatura de seu planeta natal Krypton, chamada “Apocalipse”. Tudo isso para o personagem voltar a ser notícia novamente. Batman foi outro que sofrera em suas histórias. Após uma longa saga chamada “A Queda do Morcego”, Bruce Wayne ficaria fora de combate, depois de ter a sua espinha quebrada pelo vilão Bane. Posteriormente, seria substituído por outro personagem.


Na Marvel, a consequência da debandada dos principais artistas para outra editora fez com que, mês a mês, as histórias caíssem ainda mais de produção. Nesse período, quem mais sofreu com histórias fracas e mal produzidas foram os personagens que mais vendiam: O Homem-Aranha e os X-Men. No Brasil, a revista Teia do Aranha passaria a ter histórias inéditas, a partir da edição nº 75, que teria as histórias do personagem em sincronia com a revista O Homem-Aranha. A partir da edição nº 89 de A Teia do Aranha, tinha início uma das histórias mais confusas do personagem, com a polêmica fase conhecida como “A Saga do Clone”.   


O começo de toda a Saga do Clone. Homem-Aranha n° 29 da RGE.


A saga, que usava como base as histórias antigas do Homem-Aranha publicadas pela RGE, trazia de volta o clone do personagem, que aparentemente tinha morrido no final da história “A Gênese do Clone”, publicada em o Homem-Aranha nº 32, da RGE. O clone estava vivo, e de volta à vida de Peter Parker. Depois de descobrir que a “imortal” tia May estava doente, o clone, que tinha adotado o nome de Ben Reilly, daria as caras para prestar talvezuma última homenagem à sua tia querida. Em meio à sua volta, Ben Reilly e Peter Parker se encontram. E assim, o universo Marvel ganharia um novo Homem-Aranha. A Abril publicaria uma minissérie, em três edições, chamada “Homem-Aranha – Anos Perdidos”, contando o que tinha acontecido com Ben Reilly, durante o tempo em que ficou longe da família Parker. Ben Reilly adotaria o nome de “Aranha Escarlate”, passando a ser um novo combatente aracnídeo do Universo Marvel. Com isso, outro clone surgiria durante a saga. Esse clone deformado, chamado Kaine, era um clone que não tinha dado certo, e que começou a perambular pela cidade.           



A volta do Clone.


 O que poderia ter sido uma história simples, acabou se tornando uma saga confusa e cansativa. Principalmente por decisões dos editores americanos, interferindo e esticando a história em vários meses. Nesse meio tempo, Mary Jane descobre que está grávida – e a simpática tia May, enfim, acaba morrendo. O Professor Miles Warren, o Chacal, que também tinha morrido nas histórias dos anos 1970, estava de volta.  Aquele Chacal, que morrera nas histórias antigas da RGE, era um... clone. E pimba! Temos o vilão de volta, vivinho da silva. O Chacal estava tramando o seu grande plano, por trás das cortinas, esperando a hora certa de se vingar do Homem-Aranha novamente. Durante a saga, um terceiro Peter Parker surgia. Seria mais um clone ou era o verdadeiro, que teria ficado aprisionado por todo esse tempo?

O grande X da questão era o problema que a própria Marvel teria criado com o personagem. Conforme a queda das vendas da revista vinha acontecendo com mais frequência, o fato de apresentar um personagem casado e futuro pai de família não mais combinava com o que os leitores queriam. E o que a Marvel faria para organizar a vida do Homem-Aranha, fazendo com que as suas histórias voltassem ao seu passado glorioso? Depois de detectar uma anomalia na criança que Mary Jane estava esperando, descobriram que essa anomalia seria pelo fato do pai ser um clone. Com isso, foi sugerido que tanto Ben Reilly quanto Peter Parker fizessem um teste, para identificar o problema real. Porém, uma surpresa aconteceu: foi descoberto que Ben Reilly era o VERDADEIRO Peter Parker. E que o Homem-Aranha que estava aí todo esse tempo era o clone, criado pelo Chacal, nos anos 1970…

Depois da descoberta, Ben Reilly assumiria o uniforme do Homem-Aranha, e Peter Parker acaba desistindo de ser o escalador de paredes, dando lugar para Reilly.  A Marvel decidiu substituir Peter Parker. A princípio, essa decisão seria permanente, tanto que Peter Parker ganharia uma minissérie em quatro partes, publicadas durante a fase do clone chamada “Homem-Aranha - A Aventura Final”, mostrando a despedida de Peter, que teria a sua aposentadoria ao lado de Mary Jane.     


 A edição de A Teia do Aranha nº 100 apresentava a estreia de Ben Reilly como o novo Homem-Aranha. Essa história da saga do clone irritou boa parte dos leitores. E a pressão foi grande, pois a troca de personagem jogava mais de 20 anos de história no lixo. A Marvel, para resolver a trama e trazer Peter de volta, criaria um desfecho que polemizou ainda mais as histórias do Homem-Aranha. Os exames feitos entre Ben Reilly e Peter Parker foram trocados propositalmente. O responsável pelo teste era Seward Trainer, amigo de Reilly, que estava sendo manipulado por um antigo inimigo que estava de volta, após uma vida longe das histórias do Homem-Aranha desde os anos 1970.       
                                                                                                                                             
Norman Osborn, o Duende Verde original, estava de volta e bem vivo. O personagem, que aparentemente tinha morrido na clássica história da morte de Gwen Stacy, era o grande arquiteto por toda a bagunça na vida de Peter! Mary Jane, após sofrer complicações (depois de uma mulher, a mando de Norman, ter colocado algo em sua comida), é levada ao hospital. Chegando à sala de cirurgia, a criança nasce. E aqui, outra polêmica surge. O que é mostrado é a mesma mulher que envenenou Mary Jane saindo do Hospital, aparentemente com a criança, entregando uma “encomenda” logo depois no cais para Norman Osborn. 

A Marvel evita tocar nesse assunto, mas não fica claro se a criança morreu, se ainda está viva, ou se, de fato, foi entregue a Norman. O grande desfecho, publicado em A Teia do Aranha nº 110, apresentava todos os detalhes da volta do Duende Verde. O soro do Duende, que estava em seu sangue, foi o que de fato salvou Norman Osborn da morte. E depois de fugir do necrotério, partiria para a Europa, onde planejaria seu longo plano para “apenas” se vingar do Homem-Aranha. Ben Reilly morreu no fim da saga, após um confronto com o Duende. Peter Parker, agora sabendo que NÃO era o clone, voltaria a ter a sua vida ao lado de Mary Jane, e mais uma vez, seria o amigão da vizinhança. Entenderam por que a saga é confusa?


O grande problema não foi a história em si, mas a forma com que foi executada. A saga estava programada para durar apenas quatro meses, mas acabou se estendendo por dois anos. O que era apenas para ser mais uma história em meio a tantas outras, virou uma grande bagunça. Principalmente pelas intervenções editoriais, passando pelas mãos de diversos roteiristas e desenhistas, com inúmeras intromissões dos editores americanos. As vendas das revistas do Homem-Aranha nos EUA caíram pela metade durante a Saga do Clone. No Brasil, a saga chamou tanto a atenção (pela controvérsia) que ganhou até matérias em jornais, como no jornal O Estado de São Paulo, que publicou material sobre o tema em 10 de janeiro de 1997.

A saga foi publicada no Brasil em A Teia do Aranha nº 89, indo até a edição nº 110, e em o Homem-Aranhado nº 165 até o nº 186. As revistas eram intercaladas, tendo uma história em cada uma das publicações. Durante a saga, dois especiais em formatinhos foram publicados com ligação da saga: Venom Especial e Aranha Escarlate Especial.

“Acredito que a repercussão lá fora foi maior do que aqui”, analisa o editor Marco Moretti, um dos responsáveis pelas revistas do Homem-Aranha.“Mas as vendas foram menores do que o esperado. Embora bem no início da saga tenha ocorrido um leve crescimento, penso que por causa da expectativa, ele não se manteve. Acho que o problema da Saga do Clone foi a extensão. Se tivesse demorado menos, tenho a impressão que teria ficado melhor”.


Em janeiro de 2010, a Panini publicou na edição n° 04 de A Teia do Aranha a história extraída de “Spider-Man: The Clone Saga”, uma versão definitiva, escrita por Tom Defalco, um dos editores da Marvel da época. Na história, Defalco reconta a história do jeito que havia sido planejada desde o início.


Independente de qualquer coisa, a Saga do Clone rende controvérsia até hoje.  E você, caro leitor, o que acha sobre a saga? Deixe seu comentário...

Alexandre Morgado

Alexandre Morgado é cartorário do 15° Tabelionato de São Paulo. É também autor do livro "Marvel Comics - A Trajetória da casa das ideias no Brasil", livro que narra a história da Marvel em nosso país, publicado em 2017 pela Editora Laços. O autor possui um acervo gigante de HQs, principalmente com material da Marvel Comics

Divulgada capas e sinopses para Empyre em Abril


As solicitações da Marvel para o mês de Abril saiu e mais informações sobre a saga Empyre foram reveladas. Trazemos aqui a sinopse dessa primeira e segunda edição e algumas das capas variantes da primeira.

Arte por JIM CHEUNG 

Arte por TONY DANIEL 

Arte por MICHAEL CHO 

Arte por ALEXANDER LOZANO 

Arte por DAVID FINCH

EMPYRE 1

Roteiros por Al Ewing e Dan Slott - Arte por Valerio Schitti - Capa por Jim Cheung

"Os Kree e os Skrulls se uniram sob um novo imperador - e a guerra deles caminha em rota de colisão para o nosso mundo.

Na lua, os Vingadores estão prontos para o ataque com força total dos Heróis Mais Poderosos da Terra.

Aproximando do espaço, o Quarteto Fantástico estão buscando uma solução diplomática.

Se as duas equipes não trabalharem juntas para salvar o dia, as coisas só tendem a piorar..."


EMPYRE 2

Roteiros por Al Ewing e Dan Slott - Arte por Valerio Schitti - Capa por Jim Cheung

"Três Vingadores estão presos na Terra quando detona a Guerra na Terra - enquanto um antigo inimigo revela um esquema sendo feito a décadas;

Enquanto isso, o Quarteto Fantástico está uma lutando contra uma criatura horrenda que pode destruir todos eles - começando pelo Coisa;

Capitã Marvel é a sua última, melhor esperança... Mas se Carol Danvers sobreviver, no que ela se tornará?"

Empyre 1 e 2 estarão prontas para iniciar a invasão a Terra em Abril desse ano.

Marcus Pedro

Surgem rumores sobre Clea e um aprendiz mirim estarem em Doutor Estranho: No Multiverso da Loucura

Depois de pistas sugerindo o Irmão Vodu, mais uma perfil de personagem que anda sendo sondado pela Marvel para estar em Doutor Estranho: No Multiverso da Loucura e nos leva a crer que outra famosa feiticeira pode chegar aos cinemas - Clea.

Segundo o site Illuminerdi, de autoria de um ex-redator do CBR chamado Brandon Zachary, Marvel está em busca de uma mulher entre 27 a 42 anos de qualquer etnia e que tenha 'qualidades de uma senhora de liderança'. O próprio autor acredita que esse possa ser um perfil ideal para a personagem da Clea no filme. Para quem não sabe, Clea é filha de Umar, feiticeira da Dimensão Negra e irmã de Dormammu, que acabou se tornando por muito tempo sua amante.

Além desses supostos papéis envolvendo a Clea e o Irmão Vodu, vale ressaltar que Brandon Zachary chegou a noticiar que o filme buscava uma "jovem adolescente de origem hispânica" pra um papel coadjuvante como um tipo de 'sidekick' de Stephen Strange. O site levantou que seria para a personagem e heróina dos quadrinhos Miss America Chavez, mas a verdade é que aqui poderia se encaixar tantas outras caso a Marvel não queira se fiar tanto na etnia dos quadrinhos como a bibliotecária Zelma Staton (da fase de Jason Aaron) ou mesmo a aprendiz de feiticeira Casey Kinmont (da Fase de Mark Waid).


Por enquanto sem diretor, o filme do Doutor Estranho: No Multiverso da Loucura tem já certo os nomes de Benedict Cumberbatch e Elizabeth Olsen no elenco. A ligação com a série Wandavision já foi mais que confirmada por Kevin Feige.

Coveiro

Thor precisa encarar o Inverno Negro que está chegando aos dez reinos


Thor 5 irá trazer o vislumbre de um grande mal chegando a Terra, chamado de Inverno Negro, e apenas Thor pode ter o poder necessário para impedir sua chegada.


THOR 5

Roteiros por Donny Cates - Arte por Nic Klein - Capa por Olivier Coipel

"Um deus. Um rei. Um arauto. Todos os títulos que Thor usou veio com seus próprios poderes, suas próprias responsabilidades.

Mas nenhum deles será suficiente para parar o Inverno Negro. Para salvar os Dez Reinos - e todo Multiverso - o Odinson precisa se tornar algo... a mais."

Thor 5 chegará em Abril nos EUA.

Marcus Pedro

Hot Toys lança estátua do Homem de Ferro com armadura LXXXV em tamanho real

Já pensou ter uma armadura do Homem de Ferro inspirada na Mark LXXXV do último filme Vingadores: Ultimato? Pois se você tiver a grana e uma sala que caiba a peça, já é possível. A Hot Toys liberou esses dias a armadura em tamanho real com LED que acende e tudo mais. Espia só:



Mesmo sendo um sonho distante pra nós simples mortais, não deixa de ser uma peça espetacular de se ver né?

Coveiro

terça-feira, 28 de janeiro de 2020

Em Foco: E o longínquo ano de 2020 chegou...



Recentemente, tivemos a noticia de que a Marvel  lançou uma nova revista do Homem-Ferro, mas dessa vez, no lugar de Tony Stark, temos Arno Stark como portador da armadura e com ele, um novo Homem de Ferro: O Homem de Ferro 2020. O personagem em si não é novo, já que o Homem de Ferro 2020 é um dos vilões que aparecem numa clássica minissérie do Homem-Máquina, escrita por Tom DeFalco e desenhada por Barry Windsor-Smith. 

No ano de 1984, a dupla concebeu a minissérie do Homem-Máquina retratando um futuro longínquo de 36 anos a frente. Passada em setembro de 2020, a história mostra Aaron Stack ressurgindo após um longo período adormecido (desmontado), em meio a uma disputa de um grupo de rebeldes contra uma grande Corporação, a Baintronics, comandada por Sunset Bain, uma das adversárias do Homem-Máquina. Aqui falaremos um pouco da minissérie, fazendo alguns paralelos com 2020 da vida real.

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Ainda que haja certas correspondências com o mundo atual, o mundo imaginado pela minissérie não previu certos avanços tecnológicos proporcionados pela Internet. E da mesma forma, certos avanços tecnológicos ainda não se concretizaram, como os carros e motos voadores. Mas, algumas coisas que a minissérie apresenta, como robôs, inteligências artificiais e dificuldade de acesso à tecnologia por parte de certos setores da sociedade, são muito atuais.        

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Como já dito, na minissérie de 1984, Aaron Stack ressurge em meio a uma Nova York dominada por uma grande corporação, a Baintronics, chefiada por Sunset Bain, uma produtora de armas que, ao longo do tempo, foi uma de suas adversárias. No cenário apresentado pela história, a produção em massa de robôs começou no final da década de 1980, passando por protestos anti-máquinas ao longo da década de 1990. No começo do século 21, os protestos foram silenciados (pelo governo) e uma alta regulação sobre o comércio de robôs garantiu o monopólio para Bain. Desse modo, os rebeldes sucateiros amigos de Aaron Stack são comerciantes ilegais de peças. 

De certo modo, estamos atravessando período que, na minissérie, compreenderia o período de ascensão da utilização dos robôs (final de 1980) e questionamentos sobre a tecnologia (1990), em especial nas linhas de produção. Desde a década de 1970 já usamos máquinas na linha de produção de automóveis, por exemplo. E, com isso, trabalhos que demandariam 10 pessoas passaram a exigir apenas 5. E conforme a tecnologia avança, menos pessoas são demandadas para aquele tipo de atividade. E como precisamos de menos pessoas, menos empregos são gerados.


Também é importante destacar que o momento atual é de uma explosão tecnológica das chamadas inteligências artificiais. Ainda que não tenhamos máquinas parecidas com Aaron Stack (mas talvez não demore tanto), a inteligência artificial, em sua diversidade de uso, tem impactado todos os campos da vida humana. A chamada revolução industrial 4.0 tem virado do avesso as vidas das pessoas deste diminuto planeta. E não só no que diz respeito aos empregos, mas também no campo político e pessoal.

Na minissérie, depois de um intenso período de revoltas, houve a imposição de uma regulação à produção tecnológica. No nosso mundo real, o debate sobre a regulação da tecnologia tem sido muito intenso, ainda mais com surgimento de algoritmos capazes de colocar palavras na nossa boca (conhecidos como deepfakes) ou mesmo criar um rosto real que não existe, mas com todas as características de uma pessoa comum. Além disso, bots e utilização de dados podem distorcer resultados de eleições e opiniões, criando um cenário em que nada mais é real e ninguém é mais confiável.

Em termos de legislação e regulação, a que mais se destaca no campo, atualmente, é a GPRD (cuja sigla significa  General Data Protection Regulation), aplicada no âmbito da União Européia, cujo equivalente brasileiro é a LGPD, sigla para Lei Geral de Proteção de Dados, que deve entrar em vigor no presente ano. O objetivo da legislação é proteger os dados pessoais de má utilização por parte de empresas e do governos das esferas federal, estadual e municipal.  Mas talvez seja necessário mais. Recentemente, o CEO da Google, Sundar Pichai defende uma regulação equilibrada das inteligências artificiais, de modo a evitar os efeitos nocivos da tecnologia. 

De volta para minissérie, a regulação da produção e comércio dos robôs levou a completa dominância de uma única empresa, a Baintronics Inc, cuja CEO é Sunset Bain, inimiga do homem-máquina. No gênero Cyberpunk, não é incomum a dominância por apenas três ou quatro corporações, seja do poderia econômico, seja de alta tecnologia (que costumam viver em guerra). Em nossa realidade atual, também não é muito diferente.

 

A despeito do surgimento de inúmeras startups de tecnologia, o grande poderio está com empresas como Alphabet (dona do Google), Facebook e Apple. Há também as empresas chinesas Xiaomi e ByteDance (dona do aplicativo mais popular entre os adolescentes no momento, o TikTok) o que adiciona não só uma competição tecnológica, mas geopolítica, entre governos e suas corporações tecnológicas.

Também é interessante destacar o papel do grupo que acolhe Aaron Stack. Com a regulação e monopólio da Baintronics, nem todos tem acesso à tecnologia. Em uma das primeiras cenas da minissérie é justamente esse grupo procurando peças para montagem e venda de robôs para aqueles que não tem possibilidade acesso. No dias atuais, a despeito de alta tecnologia, muitos ainda não tem acesso aos benefícios tecnológicos, em razão dos custos. Um exemplo disso é área da saúde que, conforme os anos passam, fica cada vez mais tecnológica e cara, com cada menos pessoas conseguindo acesso a bons tratamentos.

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Quem lê a minissérie sabe que ela é o produto de um tempo em que surgiram diversas histórias mostrando futuros distópicos, pós-guerra nuclear (em geral entre EUA e URSS), dominado por grandes corporações de tecnologia. Foi, durante a década de 80 que um dos chamados subgêneros da ficção científica, o Cyberpunk, ganhou destaque e se desenvolveu. Se a ficção científica, desde Júlio Verne, imaginava como seria o futuro, o filhote Cyberpunk também cumpre esse papel, ainda que de forma mais agressiva, pessimista e estonteante.

Na década em que a Casa das Ideias lançava a mini da dupla DeFalco e Barry, o gênero, como já dito, ganhou destaque. No mesmo ano de lançamento da mini (1984), era lançado Neuromancer, clássico de William Gibson, que retrata um mundo dominado por conglomerados tecnológicos, inteligências artificiais quase humanas e cowboys de console que andam pela matrix (nada a ver com filme, mas o filme foi altamente inspirado pelo livro) e pelo cyberespaço. Dois anos antes, os cinemas recebiam o clássico Blade Runner (baseado em um famoso livro de Philp K. Dick), no qual era mostrado a história do detetive Rick Deckard caçando replicantes rebeldes em uma caótica Los Angeles. Quatro anos depois, em 1988, a animação japonesa Akira (baseada no mangá de Katsuhiro Otomo, que começou a ser publicado em 1982) chegava aos cinemas, mostrando uma Neo-Tóquio de 2019, preparando-se a receber os Jogos Olímpicos de 2020 (que, de fato, acontecerão em Tóquio), em meio a guerra de gangues, experiências genéticas e poderes paranormais. 

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As histórias do gênero Cyberpunk tem um cenário altamente distópico que, de alguma forma, são a expressão do que seus autores sentiam em relação ao momento atual. A década de 80, apesar da lembrança colorida de alguns, despontava um cenário bastante aterrador. Os índices de criminalidade nas principais cidades americanas eram altíssimos (isso, de certa forma, explica o sucesso de produções como Máquina Mortífera e Duro de Matar). EUA e URSS pareciam que iriam explodir o mundo em uma guerra nuclear. Fome entre as nações africanas, a despeito de algumas ações sociais, não pareciam ter fim. Além disso, o surgimento da AIDS foi um dos grandes desafios da medicina na época.   

De 1984 até 2020 foram 36 anos de diversos acontecimentos. Não passamos por uma Guerra Nuclear entre URSS e EUA. Ainda não temos veículos voadores. Máquinas como as que aparecem na minissérie ainda (bastante atenção ao ainda) não estão disponíveis no mercado. Mas temos corporações de tecnologia que lucram com manipulação de dados, inteligências artificiais que podem acabar com reputações alheias e, cada vez mais, governos investem em tecnologia de vigilância em massa.  

Se Aaron Stack acordasse em uma realidade como a nossa, após um período de “sono” e depois de atentamente  se atualizar dos últimos 36 anos,  é provável que ele pediria para ser novamente desmontado, para voltar ao seu descanso desse mundo atribulado que vivemos.

Bom 2020 a todos! 

Funko Pop Deluxe do Hulk é revelado

A Funko liberou a sua segunda peça da linha Pop Deluxe dos Vingadores. Depois do Homem de Ferro, é o Hulk quem chega. Veja as imagens divulgadas:





A peça já se encontra em pré-venda e custa $19,99, medindo cerca de 14 cm. E mesmo não revelados ainda quem serão os futuros personagens, não fica difícil de imaginar que venham aí o Capitão América, Thor, Viúva Negra e Gavião Arqueiro emulando a clássica cena de combate do primeiro filme dos Vingadores.

Coveiro