quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Al Ewing estreia em Guardiões da Galáxia colocando-os em combates épicos com Deuses

O ano de 2020 chegou e já leva os Guardiões da Galáxia para novos rumos, com uma nova equipe criativa. Al Ewing é o roteirista e quem o acompanha faz um tempo já sabe que ele não apenas escreve história, ele constrói estruturas para a mitologia da Marvel. Aqui, não é diferente. Pegando uma deixa da sua minissérie passada Vingadores: Sem Rumo, ele junta um novo time de Guardiões ao mesmo tempo que sutilmente mostra planos pra uma futura saga que vem aí.



Com desenhos de Juann Cabal, a história começa numa das novas colonias da Utopia Kree que está sendo estabelecida sob orientação da Inteligência Suprema. Meramente é citado que há outra dissidência dos Krees que formou um Império e vem atacando alguns lugares da Utopia. Hoje, no entanto, parece que há um tipo de trégua nas fronteiras, mas o pessoal daquela colônia deu azar de se deparar com outro mal que vem atacando no cosmo Marvel - Os Novos Deuses do Olimpo, que vimos totalmente modificados em Vingadores: Sem Rumo.

O espaço anda em frangalhos e sobrou poucos heróis por aí para cuidar de tudo. Quem acompanhou a recente Anihillation: Scourge certamente sabe que mais uma batalha dura quase levou o Nova Richard Rider de novo. Mesmo assim, ele vai até os Guardiões da Galáxia para pedir ajuda contra os ataques dos Novos Deuses do Olimpo. Só que os Guardiões acabaram de sair de mais uma crise, como acompanhamos nas 12 edições escritas por Donny Cates. A maioria deles não estava nem um pouco disposta em entrar em batalha tão cedo.

De imediato, apenas a Serpente da Lua e Phylla-Vell, que vieram de um outro universo (visto em Guerras Infinitas) toparam ajudar Richard. Elas eram heróinas por natureza em seu mundo e sabiam que tempos de lazer deveriam ser breves. Rocket e Peter Quill se juntaram mais tarde, quando ambos não conseguiram dormir a noite sentindo o peso da responsabilidade. Deixou um bilhete pra Gamora, que certamente o odiaria por tê-la deixado. Ficaram de fora Groot (agora falante) e Drax.


O último membro a se juntar ao time dos Guardiões foi Noh-Varr, que visto a confusão que teria com o codinome de Rider ali, optou por voltar a usar a alcunha de Marvel Boy. Al Ewing mostra que sabe muito bem fazer o dever de casa e já começa descrevendo todas as características e habilidades apelativas que o Kree (também de outra realidade) tem e como isso ajudará muito no combate aos Novos Deuses do Olimpo. Andar pelas paredes, unhas explosivas, saliva com componente psicodélico e até mesmo uma arma de curto alcance que altera as leis da física a seu favor são algumas das coisas que ele é capaz de fazer. É uma cria do Morrison, sabe como é, né?

Richard Rider também dá as diretrizes do que sabe. Explica a situação complicada em que o Império Kree (que está numa Guerra Civil no momento), Skrull (que estão migrando para longe impedindo quem quer que seja de saber para onde vão) e até mesmo Shiar (onde uma nova herdeira está para assumir em Novos Mutantes) se encontra. Nova diz que o universo só conta com eles. Peter Quill então diz que será eles então a lutar. São poucos e com menor poder de fogo, mas Rocket tem um plano e eles o seguem a risca.

Nova e Phylla-Vell começam com uma distração, lutando contra a nova versão de Zeus e dois de seus novos filhos no espaço. Enquanto isso, os demais invadem o Novo Olimpo afim de destruir o lugar enquanto Serpente da Lua camufla todos mentalmente. Ela e Noh-Varr vão atrás da maior fonte de energia do lugar para ser detonada. Peter Quill usa suas táticas de infiltração para adentrar a nave. Rocket fica na nave guardando a bomba de singularidade que levaram para lá. Era um ótimo plano, mas haviam outros novos deuses protegendo o lugar e isso era um problema.

Artemis, Deusa da Caça, conseguiu sobrepujar a camuflagem da Serpente da Lua e percebeu a invasão. Hermes, Deus da Velocidade, saiu perambulando por todo Novo Olimpo até achar eles. Soldados de Ferro frutos do Deus Ferreiro Hephaesteus roubaram a bomba da nave do Rocket. Tudo ia de mal a pior no plano, mas no final havia esperança. Depois de se livrar de Hermes, Noh-Varr e Serpente da Lua descobriram que havia um prisioneiro no Novo Olimpo, o herói Hércules da Terra, e ele estava com todo pique pra ajudar.




Depois de uma fase bem ruim nas mãos de Brian Michael Bendis e um morna com Gerry Duggan, os Guardiões voltaram a ter sorte com os escritores. Donny Cates foi um ótimo 'revamp' das histórias e Al Ewing pela a mesma bola e coloca a equipe nos trilhos lidando com coisas malucas e fantásticas do panteão cósmico da Marvel. As vantagens estão todas pros vilões da história, mas é assim que a gente gosta de ver os Guardiões da Galáxia. Eles são os azarões que vão contra todas as chances.

Coveiro

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