domingo, 19 de janeiro de 2020

Passado macabro da Marvel é descoberto nas Ruinas de Ravencroft

A minissérie Carnificina Absoluta pode ter se encerrado e o Instituto para Criminosos Insanos que prendia Norman Osborn lá pode ter ficado destruído, mas nem por isso a Marvel acredita que  não há mais história para serem contadas por aquele lugar maldita. Na verdade, é justamente no processo de reconstrução do lugar, mexendo nas ruínas do antigo prédio, é que encontramos pistas de que o passado da Marvel pode estar muito mais entranhado ali do que imaginávamos.


Antes da série começar em si, a Marvel criou uma espécie de prelúdio na forma de três revistas solos para explorar um pouco do passado de Ravencroft, ao mesmo tempo que cria no presente um plot misterioso pra vindoura minissérie. Quatro personagens aqui se associam de forma improvável nessa busca pela verdade do lugar e vêem muito mais do que imaginavam. São eles J. Jamenson filho (também conhecido como Homem-Lobo) que trabalhava antes como chefe de segurança do lugar; Wilson Fisk, que agora como prefeito de Nova York se incumbiu de observar a reforma do Instituto de perto; Misty Knight, que foi convidada por John; e Reed Richards, que se interessou de saber mais das escavações assim que soube de tudo da saga Carnificina Absoluta pelo Ben Grimm.

Toda a parte do presente dessas revistas é feita pelo artista Angel Unzueta. Nela acompanhamos o grupo descobrindo o diário do fundador do Instituto, Jonas Ravencroft, com muitas histórias reveladoras sobre a real origem do lugar. E mais que isso - ao escavar um dos cômodos do prédio atual, é encontrado um outra ala interna secreta no subsolo onde aparentemente não só criminosos insanos, mas também toda sorte de criaturas e monstros esquisitos que já conhecemos do universo Marvel estavam lá exibidos seja em formol ou empalhados.





Ao mesmo tempo que vemos a ação do presente ocorrendo e os segredos de Ravencroft sendo revelados para os quatro, também lemos trechos do passado do fundador do lugar, mostrando que o 'mal' já estava ali desde o começo. É o que conta, por exemplo, Ruins of Ravencroft: Carnage (por Frank Tieri e Guiu Villanova) que basicamente nos revela a história de um antecessor de Cletus, Cortland Kasady, o primeiro 'paciente' que ficou insano e trancafiado naquele lugar lá pro ano 1400. Ele era casado com Molly Ravencroft, antepassada de Jonas, e que acabou vítima do próprio marido quando esse enlouqueceu por ação de uma força da natureza que amaldiçoava o lugar e o influenciou. Aparentemente, pelo que a arte da história implica, essa influência sobrenatural teria Knull e seus asseclas como origem.


Já Ruins of Ravencroft: Sabretooth (por Frank Tieri e Guilhermo Sanna) adianta um pouco o tempo e nos leva para os anos 1900s, quando finalmente Jonas criou o Instituto fisicamente e pode passar a atender aos insanos como sempre foi sua função. Contudo, a surpresa que fica é que dois funcionários antigos do lugar são na verdade rostos conhecidos dos leitores - Nathaniel Essex (Senhor Sinistro) era um dos doutores de lá e Victor Creed (Dentes de Sabres) trabalha como seu assistente. Só que nem todos eram atendidos ali por Essex pela loucura, Wolverine e seu interessante fator de cura estava sendo constantemente testado em segredo por Essex. Uma outra médica do local acabou descobrindo tudo e libertou Wolverine. Mas no lugar, Sinistro acabou usando ela nos experimentos, pois ela se revelou sendo uma Licantropa. Seu nome era Claudia Russell, uma antecessora de Jack Russell, o Lobisomen da Marvel.


No presente, Reed e os demais acabam achando uma ala de salas ainda mais macabra no subsolo. E ao abrir uma delas, uma série de monstros saiu e quase mata a todos ali. Curiosamente, Wilson Fisk pareceu reconhecer uma das figuras durante o ataque, mas não quis revelar quem era aos demais.


Tem mais das Ruínas de Ravencroft a serem exploradas em Janeiro. A história de Frank Tieri é bem forçada ao trazer essas séries de coincidências pra um só lugar, mas a leitura não deixa de ser curiosa pra o leitor. A arte de 'época', um tanto européia' é também um ponto forte aqui da história. Vamos esperar chegar a última parte - que traz o passado do Capitão América no bolo - e a minissérie em si chegar pra ver que fim essa história leva.

Coveiro

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