quarta-feira, 3 de março de 2010

X-Force e o Mistério de Eli Bard

Enquanto a equipe principal da X-Force tentava impedir que uma amostra japonesa e letal do vírus Legado fosse levada por forças inimigas, James Proudstar, o Apache, teve uma experiência sobrenatural ao confrontar o urso demônio. No final do combate, foi revelado que tudo não passou de uma ação de Eli Bard, que enfeitiçou seus deuses ancestrais e profanou os túmulos de sua tribo. Fora o fato de que Bard foi o tal homem que se associou a Risman logo na primeira missão da equipe. Uma única pergunta restou portanto – Quem diabos é Eli Bard? A resposta está nesta edição 98 de X-men Extra.

Eli Bard

Então, James Proudstar começa a contar sua história, oriunda de um contato sobrenatural com os espíritos ancestrais assim que ficaram livres da adaga mística que os contaminou. E tudo começa em Roma, quando Eli era chamado ainda de Eliphas e nada mais era que poeta que ascendeu a um lugar no senado.

Contudo, a posição de Bard não foi conquistada por mérito. Sendo esposo de Aurélia, uma das mulheres mais influentes de Roma, ele nada mais era do que uma marionete para executar os planos da mulher. A pedidos dela, Eliphas acabava apoiando Mascius, que não passava de um outro amante de Aurélia. Ou seja, nada mais que um testa de ferro.

Eli Bard

Contudo, ele não era um homem mau. Dados momentos, acabava por agir pelo coração e entregar um pouco de sua comida para uma pobre garotinha chamada Claudia. Conhecia bem os problemas de Roma, mas era incapaz de ter coragem para decidir tomar a frente. Era por fim, um homem patético.

Mas um dia o destino foi até ele. E ele tinha a forma de uma bela mulher chamada Selene, a imortal que já bem conhecemos como ex-rainha negra do Clube do Inferno. A reação de toda X-force durante neste momento da história do Apache foi a mesma – preocupação.

Eli Bard

Selene simplesmente encanta Elifas. Tenta resgatar nele o velho homem que amava profundamente sem ter medo de ter o coração partido e era um grande guerreiro antes de ser acomodado pela política e ter se decepcionado com corrompida Roma. Elifas é o homem que Selene precisa, antes mesmo dele nascer ou de Romar sequer existir.

Elifas parece confuso, mas não consegue resistir ao encanto da bruxa. Ela promete a ele os mesmos dons que ela tem – Imortalidade, o dom de controlar as feras noturnas e dominar os próprios elementos. E ele terá todo o amor dela, até a eternidade. Em troca, Selene quer todas as almas de Roma.

A confusão na cabeça de Bard só piora quando ele retorna do seu passeio com Selene e topa com a mais nova do Senado – Mascius tomou seu lugar lá. Tudo, claro, manipulação de Aurélia que simplesmente não viu mais utilidade em seus serviços e agora o dispensou. Assim, Elifas se tornou a mais perigosa das pessoas de Roma, pois era um homem que não tinha nada a perder.

Assim, Elifas aceitou a proposta da Rainha Negra. Foi presenteado com uma adaga e aprendeu as runas a serem usadas. Contudo, antes de executar a tarefa, foi tomado por uma súbita comoção a ver a pequena Cláudia nas ruas da cidade. Parou a garota e pediu para ela avisar seus pais para fugirem de Roma o quanto antes. E aquele foi seu erro.

Quando se infiltrava no Coliseu e executava o ritual, Elifas foi interrompido pela guarda local. Ele foi entregue e assim acabou se tornando alvo dos jogos daquele mesmo dia. E ele seria mais uma vítima dos gladiadores se não fosse pela chegada de sua amada Selene.

Eli Bard

A bruxa imortal foi atacada duas vezes pelos soldados, mas mostrou-se muito mais resistente do que eles previram. Os dois acabaram sendo levados para fora da Arena para serem incinerados, mas nem isso mesmo poderia derrotar a eterna.

Contudo, mesmo salvos, Selene não toleraria gratuitamente a falha de Elifas. Tomou sua forma mais vampiresca e roubou a mortalidade de Bard. Também lhe negou sua presença. Sobrou para Elifas uma vida de eterno tormento.

Eli Bard

Somente setecentos anos depois, Elifas se ergue da sua tumba. Faz sua primeira vítima como vampiro e continua a matar por mais de 400 anos, sempre a procura de sua amada Selene. Saiu do velho mundo e conquistou as Américas. Lá, confrontou os ancestrais de Proudstar que logo viram sua ameaça e seguiu Selene até Nova Roma. Contudo, não entrou em contato direto com ela, pois precisava oferta-lhe em troca algo que aplacasse o ódio milenar da bruxa.

Eli Bard

A primeira oferta foi o sacrifício de milhares de Purificadores. E mais adiante, Bard pretendia usar a adaga maldita para sacrificar os espíritos desses para que assim torna-se Selene uma deusa de verdade. Só que falhou.

Mas a grande questão é o que isso tem haver com o vírus tecnorganico e a tribo apache. Proudstar responde que tudo e um epílogo final nos leva até Nova Orleans, atual residência da bruxa eterna.

Eli Bard

Lá, Bard, acompanhado de vários apaches ressuscitados pelo tecnovírus e do próprio Pássaro Trovejante, faz sua oferta a sua amada. Ele aponta para Caliban e diz que aquele mutante ressuscitado será capaz de localizar muitos outros como ele. E Bard será capaz de ressuscitar a todos do mesmo jeito que fez com a tribo de Proudstar. E é isso que ele oferece, as almas e poderes de tais mutantes.

Selene apenas sorri com a oferta.

Eli Bard

Assim, conclui-se essa pequena história de interlúdio, com desenhos do já clássico Clayton Crain e da artista convidada Alina Urusov. Os roteiros são dos fabulosos e surpreendentes Craig Kyle e Christopher Yost.

Coveiro

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