sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Guardiões da Galáxia: O Pecado de Peter Quill


Parece que mesmo fora da Terra, as repercussões da saga Pecado Original foram arrasadoras. No espaço, não houve olho do Vigia influenciando ninguém, mas havia algo que corria a Gamora por dentro já fazia um bom tempo. E ela precisava de uma resposta naquele instante. De uma vez por todas, Peter Quill deveria revelar o que aconteceu no Cancerverso. Porque ele, Drax e até Thanos conseguiram escapar de lá, mas Richard Rider não.

Para entender melhor isso, seria importante saber o que é o Cancerverso ou mesmo ter lido a fabulosa saga Thanos Imperative. Infelizmente, a Panini ignorou a publicação disto no tempo certo. Para o leitor, a oportunidade de ler na íntegra a saga talvez venha em forma de uma dessas edições extras da Salvat. Ou até lá, ouvir nosso podcast.

O que vale saber num resumo rápido é que num dos últimos conflitos do universo cósmico escrito por Abnett e Lanning, houve uma invasão de uma outra realidade onde a morte não mais tinha poder. Versões distorcidas dos nossos heróis invadiram nosso espaço e queriam dominar este mundo com o caos. No fim, coube a um recém ressuscitado Thanos, o Nova Primordial Richard Rider e a um Guardião da Galáxia Peter Quill deter os vilões e ao mesmo tempo fechar a falha da realidade por dentro. Foi o sacrifício deles.


Naquele momento, Thanos estava enlouquecido por ter sido arrancado dos braços de sua amada morte e sua fúria ameaça todos ao redor. Richard contava com sua força nova e Quill tinha um cubo cósmico que dava pro gasto para lidar com o Titã que estava ainda mais louco. Lá, viram o Drax ser ressucitado mais uma vez (Thanos o tinha matado na saga) e assim os três começaram um combate quase que eterno contra o avatar da morte. Sim, eterno. Pois não demorou muito para eles descobrirem que não podiam morrer ali. Quando um deles era desintegrado por outro, o corpo ressuscitava em outro ponto daquele lugar (Vale ver essa edição só pela piada divertida do Drax quando descobre isso. Dói?).

Thanos queria o cubo de Quill. O Titã dizia que só ele dentre todos poderia controlá-lo e assim levar todos em salvo pra casa. Era algo possível, mas difícil de os heróis terem confiança no vilão. E logo as coisas foram piorando, pois criaturas do Cancerverso logo perceberam a presença deles ali. Primeiro, meros insetos. Depois, as versões distorcidas dos Vingadores - Os Retaliadores. Agora, divididos em dois lados, os nossos heróis tiveram que se aliar a Thanos para impedir que o cubo caísse nas mãos daqueles monstros do Cancerverso. E essa briga entre os 616s e o vil seres da Terra 1011, custou um dos braços de Richard Rider.


No fim, para evitar um cenário ainda pior entre o cubo ficar com Thanos ou os retaliadores, Rider fez o seu sacrifício final. De posse da Força Nova, ele tinha poder suficiente para manipular o cubo para uma coisa. Assim, ele serviria de porta para transportar Thanos, Quill e Drax para nossa realidade. Suas últimas palavras seriam uma confissão de que amou de verdade Gamora e fez prometer a Quill que ele esconderia essa história dela pra preservá-la. E foi assim que tudo se encerrou e Quill chegou até o ponto que vimos.

A história foi confirmada por Drax e a Gamora estava confusa entre quebrar Quill ou sair da equipe. No fim, apenas se distanciou para fazer o mais esperado - chorar pelo amor perdido.


Esse arco dos Guardiões teve arte de Ed McGuinness e Valerio Schiti foi publicado nas edições 6 a 8 da mensal das Guardiões da Galáxia pela Panini. Ela pontua algo que sempre ficou muito aberto para os leitores, mas entrega a solução mais simples e até mesmo esperada para o fim do até hoje saudoso Richard Rider. Tem uns momentos divertidos, a maioria com Drax, e explica de modo razoável porque Quill sempre se afastou dessa questão. No fim, terminou como uma história que serve bem para ligar o desfecho do Abnett e Lanning com a fase Bendis. 

Coveiro

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