* Atenção! Informações inéditas no Brasil e EUA!
O site Newsarama participou hoje de uma coletiva com Brian Michael Bendis, o escritor da nova principal revista mutante. Junto das revelações e impressões de Bendis, nova imagens foram divulgadas. Confira aqui todos os detalhes!
Brian Bendis começou falando que a ideia de trazer os cinco X-Men originais para o presente vem “flutuando” pela editora há algum tempo e que foi um presente ter tido tempo suficiente para pensar em todos os personagens e desenvolver um envolvimento emocional completo com eles, algo raro nos quadrinhos mainstream. Ele disse que o título será muito emocional e que ainda terá muita ação e drama relacionado às questões mutantes. O escritor disse estar imensamente orgulhoso do trabalho. É esse, inclusive, o motivo dado para a grande quantidade de previews já divulgados.
Segundo ele e o editor Nick Lowe, a revista é diferente do que tem sido feito no universo mutante e a pretensão é que ela seja inovadora e traga situações novas para os X-Men. Perguntado se algo o surpreendeu na série, Bendis diz que foi a Jean Grey adolescente. Ele precisa se forçar a parar de escrevê-la e ir para outros personagens. “A jovem Jean Grey, nessa situação, é tudo o que eu amo sobre quadrinhos.”
Sobre Ciclope, o roteirista descreve o do presente como alguém que cometeu o pior ato que um herói já cometeu na história dos quadrinhos e está numa estrada para uma redenção que parece impossível. Já o do passado vê que pode crescer para se tornar tudo contra o que luta.
Bendis disse que há muito mais na revista além do passado encontrando o presente, muito disso tendo a ver com o Ciclope moderno, quais seus planos e aliados. Ele compara a diferença nas motivações e ações de Scott com quando os Vingadores se mudaram de sua mansão para a Torre Stark, dizendo que é uma mudança de mesmo nível. “Não estamos chamando de All-New X-Men à toa”, disse o escritor. “Há personagens novos estreando na primeira edição. De nada, Fox.”
Foi dito também que os X-Men originais podem procurar por personagens inusitados para orientação, sendo esse momento uma boa oportunidade para alguns personagens se posicionarem quanto ao sonho de Xavier.
Se vai haver uma luta por liderança na revista? Segundo Bendis, por aí está algo que nunca vimos numa revista dos X-Men antes. Numa escala global, as pessoas não sabem que Ciclope matou o Professor X, mas muita gente viu acontecer. Comparando a situação ao filme Rashomon, ele diz que será algo que todo mundo viu, mas que muita gente viu algo diferente.
Bendis disse que Ciclope será “o rosto muito público e muito popular de uma revolução mutante”, em parte pelas ações nobres que tomou com os Phoenix Five. Vai ter muita gente que ama o Ciclope e muita gente que o odeia. “Ele será uma figura muito polarizada, como é na internet”. Dessa forma, algumas pessoas vão pensar que Scott estava em total controle de suas ações, outras que ele não podia fazer nada para se controlar e algumas que Xavier se fez de mártir propositalmente.
Sobre os vilões da série, Bendis disse que alguns verão Ciclope e seus associados como os vilões e outros os verão como os heróis. Serão mostrados todos os ângulos, para o leitor decidir. Apesar disso, o escritor revelou que Mística será uma antagonista fortemente interessada nos X-Men do passado vindo para o presente. Alguns personagens que não tem tido muito destaque poderão aparecer em posições diferentes, e muitos deles terão opiniões diferentes sobre qual seu papel no mundo. Inclusive sobre como treinar os novos mutantes.
Há alguns planos futuros para Esperança, mas o novo “lar” dela é Cable & X-Force. As consequências da viagem no tempo dos X-Men originais serão vista em outras séries, como Wolverine and the X-Men. Mas Lowe deixou claro que All-New e WatXM são duas revistas muito diferentes, comparando-as com a situação das duas X-Forces.
O site iFanboy perguntou a que geração os X-Men originais pertenceriam. Ou seja, levando em conta o tempo da Marvel, de que ano ou década eles vinham. Bendis disse que ser específico nisso seria a morte do título, falando que é muito específico sobre o momento do qual eles vêm e que o resto é a noção geral de você ter 16 anos e olhar para si mesmo na idade que Ciclope tem hoje, seja lá qual for. Há tanto acontecendo num plano emocional que ele acredita que puxar esse fio que perpassa todo o Universo Marvel não iria resultar em nada. Decisão muito acertada, cá entre nós.
“O que me fascina é o poder e responsabilidade de usar tempo e espaço para seus próprios propósitos egoístas. E há um efeito borboleta. Eu acredito que se você cria algum tipo de perturbação no continuum espaço-tempo, vai haver um efeito. Pode ter um efeito na galáxia. Daí, nos Guardiões da Galáxia.”
Os X-Men originais irão afetar os estudantes do Instituto Jean Grey, pois são muito jovens e sem muito treinamento, tendo poderes que ainda não desenvolveram. Os mutantes serão trabalhados como uma minoria e Bendis disse que a Dizimação teve o propósito de destacar os X-Men como algo único. Os novos mutantes que estão surgindo vão encarar tudo isso de uma forma que o roteirista espera ser inovadora.
O Newsarama quis saber se o título será mais centrado nos mutantes que, por exemplo Uncanny Avengers. Bendis falou que sim, isso é algo que as pessoas querem e terão. Porém, um dos objetivos sempre foi o de tirar os X-Men do gueto que costumam ocupar no Universo Marvel. Como Rick Remender e os outros, ele pretende fazer dos X-Men uma parte real desse universo. “Por isso que vocês os verão interagir não apenas com os Vingadores mas, digamos, com os Guardiões da Galáxia.”
Levando em conta que o próprio Bendis escreverá a nova série da equipe cósmica que continua citando, parece provável que eles cruzem o caminho dos mutantes cedo ou tarde. Para ele, o mundo inteiro está aberto para os X-Men por causa de quem são e não explorar isso com tudo que tem é quase um pecado.
Sobre AvX, o roteirista falou que conseguiu trabalhar nos números que queria e com todos os artistas, por isso está satisfeito. Se próximos eventos terão rodízio de artistas, é difícil dizer. Para Brian Bendis os eventos vêm naturalmente e não se pode forçar.
A própria Marvel.com fechou perguntando se o escritor chegou a considerar trazer Charles Xavier do passado junto com a equipe original. Ele disse que não, falando que a forma como o Professor X era retratado naquela época fazia dele, em sua visão, um balde de água fria. Bendis também sente que ter o professor ali daria a ideia de que ele poderia apagar aquelas lembranças da mente de seus alunos a qualquer momento. Além disso, a presença de Charles só serviria para tirar o valor de sua morte. Segundo ele, isso está longe da proposta da revista.
“Eu também não acho que Xavier deixaria isso acontecer”, disse Bendis.
Com arte de Stuart Immonen, All-New X-Men #1 teve data de lançamento confirmada para 7 de novembro.
A ótima entrevista me faz confiar ainda mais no trabalho de Brian Bendis, cuja visão sobre os mutantes me agrada muito. Ao que parece, teremos novos ares na revista dos X-Men, como pede o momento. E são muito bem vindos.
Léo
Brian Bendis começou falando que a ideia de trazer os cinco X-Men originais para o presente vem “flutuando” pela editora há algum tempo e que foi um presente ter tido tempo suficiente para pensar em todos os personagens e desenvolver um envolvimento emocional completo com eles, algo raro nos quadrinhos mainstream. Ele disse que o título será muito emocional e que ainda terá muita ação e drama relacionado às questões mutantes. O escritor disse estar imensamente orgulhoso do trabalho. É esse, inclusive, o motivo dado para a grande quantidade de previews já divulgados.
Arte interna de All-New X-Men #4
Segundo ele e o editor Nick Lowe, a revista é diferente do que tem sido feito no universo mutante e a pretensão é que ela seja inovadora e traga situações novas para os X-Men. Perguntado se algo o surpreendeu na série, Bendis diz que foi a Jean Grey adolescente. Ele precisa se forçar a parar de escrevê-la e ir para outros personagens. “A jovem Jean Grey, nessa situação, é tudo o que eu amo sobre quadrinhos.”
Capa variante de All-New X-Men #6, arte de Olivier Coipel
Sobre Ciclope, o roteirista descreve o do presente como alguém que cometeu o pior ato que um herói já cometeu na história dos quadrinhos e está numa estrada para uma redenção que parece impossível. Já o do passado vê que pode crescer para se tornar tudo contra o que luta.
Bendis disse que há muito mais na revista além do passado encontrando o presente, muito disso tendo a ver com o Ciclope moderno, quais seus planos e aliados. Ele compara a diferença nas motivações e ações de Scott com quando os Vingadores se mudaram de sua mansão para a Torre Stark, dizendo que é uma mudança de mesmo nível. “Não estamos chamando de All-New X-Men à toa”, disse o escritor. “Há personagens novos estreando na primeira edição. De nada, Fox.”
Foi dito também que os X-Men originais podem procurar por personagens inusitados para orientação, sendo esse momento uma boa oportunidade para alguns personagens se posicionarem quanto ao sonho de Xavier.
Bendis disse que Ciclope será “o rosto muito público e muito popular de uma revolução mutante”, em parte pelas ações nobres que tomou com os Phoenix Five. Vai ter muita gente que ama o Ciclope e muita gente que o odeia. “Ele será uma figura muito polarizada, como é na internet”. Dessa forma, algumas pessoas vão pensar que Scott estava em total controle de suas ações, outras que ele não podia fazer nada para se controlar e algumas que Xavier se fez de mártir propositalmente.
Sobre os vilões da série, Bendis disse que alguns verão Ciclope e seus associados como os vilões e outros os verão como os heróis. Serão mostrados todos os ângulos, para o leitor decidir. Apesar disso, o escritor revelou que Mística será uma antagonista fortemente interessada nos X-Men do passado vindo para o presente. Alguns personagens que não tem tido muito destaque poderão aparecer em posições diferentes, e muitos deles terão opiniões diferentes sobre qual seu papel no mundo. Inclusive sobre como treinar os novos mutantes.
Há alguns planos futuros para Esperança, mas o novo “lar” dela é Cable & X-Force. As consequências da viagem no tempo dos X-Men originais serão vista em outras séries, como Wolverine and the X-Men. Mas Lowe deixou claro que All-New e WatXM são duas revistas muito diferentes, comparando-as com a situação das duas X-Forces.
O site iFanboy perguntou a que geração os X-Men originais pertenceriam. Ou seja, levando em conta o tempo da Marvel, de que ano ou década eles vinham. Bendis disse que ser específico nisso seria a morte do título, falando que é muito específico sobre o momento do qual eles vêm e que o resto é a noção geral de você ter 16 anos e olhar para si mesmo na idade que Ciclope tem hoje, seja lá qual for. Há tanto acontecendo num plano emocional que ele acredita que puxar esse fio que perpassa todo o Universo Marvel não iria resultar em nada. Decisão muito acertada, cá entre nós.
“O que me fascina é o poder e responsabilidade de usar tempo e espaço para seus próprios propósitos egoístas. E há um efeito borboleta. Eu acredito que se você cria algum tipo de perturbação no continuum espaço-tempo, vai haver um efeito. Pode ter um efeito na galáxia. Daí, nos Guardiões da Galáxia.”
Os X-Men originais irão afetar os estudantes do Instituto Jean Grey, pois são muito jovens e sem muito treinamento, tendo poderes que ainda não desenvolveram. Os mutantes serão trabalhados como uma minoria e Bendis disse que a Dizimação teve o propósito de destacar os X-Men como algo único. Os novos mutantes que estão surgindo vão encarar tudo isso de uma forma que o roteirista espera ser inovadora.
O Newsarama quis saber se o título será mais centrado nos mutantes que, por exemplo Uncanny Avengers. Bendis falou que sim, isso é algo que as pessoas querem e terão. Porém, um dos objetivos sempre foi o de tirar os X-Men do gueto que costumam ocupar no Universo Marvel. Como Rick Remender e os outros, ele pretende fazer dos X-Men uma parte real desse universo. “Por isso que vocês os verão interagir não apenas com os Vingadores mas, digamos, com os Guardiões da Galáxia.”
Levando em conta que o próprio Bendis escreverá a nova série da equipe cósmica que continua citando, parece provável que eles cruzem o caminho dos mutantes cedo ou tarde. Para ele, o mundo inteiro está aberto para os X-Men por causa de quem são e não explorar isso com tudo que tem é quase um pecado.
Sobre AvX, o roteirista falou que conseguiu trabalhar nos números que queria e com todos os artistas, por isso está satisfeito. Se próximos eventos terão rodízio de artistas, é difícil dizer. Para Brian Bendis os eventos vêm naturalmente e não se pode forçar.
A própria Marvel.com fechou perguntando se o escritor chegou a considerar trazer Charles Xavier do passado junto com a equipe original. Ele disse que não, falando que a forma como o Professor X era retratado naquela época fazia dele, em sua visão, um balde de água fria. Bendis também sente que ter o professor ali daria a ideia de que ele poderia apagar aquelas lembranças da mente de seus alunos a qualquer momento. Além disso, a presença de Charles só serviria para tirar o valor de sua morte. Segundo ele, isso está longe da proposta da revista.
“Eu também não acho que Xavier deixaria isso acontecer”, disse Bendis.
Com arte de Stuart Immonen, All-New X-Men #1 teve data de lançamento confirmada para 7 de novembro.
A ótima entrevista me faz confiar ainda mais no trabalho de Brian Bendis, cuja visão sobre os mutantes me agrada muito. Ao que parece, teremos novos ares na revista dos X-Men, como pede o momento. E são muito bem vindos.
Léo
