domingo, 30 de setembro de 2007

O que o tempo não cura...

Geoffrey Wilder voltou. Não dos mortos, mas do passado. Uma versão mais jovem e determinada é trazida até os anos atuais pelo Novo Orgulho e arma um plano mirabolante para se vingar dos filhos que trairão sua organização. Ele pretende continuar o que seu “eu” futuro não conseguiu... realizar o último sacrifício de uma alma inocente. Assim, ele mata Nico Minoru, líder dos Fugitivos.

Morre um Fugitivo

Ou assim, pensávamos. O suposto corpo da jovem bruxa repentinamente se move, reage contra Wilder e revela-se como sendo Xavin, o superskrull e amante de Karolina Dean. Tudo não passou de um plano mirabolante dos jovens para salvar a pequena Molly, cativa do vilão.

Wilder, no entanto, mostra-se mais ardil do que pensávamos. Segundo sua própria definição, seu “eu” futuro amoleceu e isso é uma coisa que ele certamente não deixará acontecer de novo. Com um aparelho sônico, ele noucateia o superskrull enquanto Nico tenta tirar a jovem Molly o mais rápido dali.

Morre um Fugitivo


Descontrolado, o superskrull incendeia toda a mansão dos Minoru e Chase corre sem pensar para salvar a destemida líder do grupo, sendo seguido imediatamente por sua namorada, Gertrudes Yorkes. Dando cobertura, Victor usa seus dons de controlar metais para deter de vez o Novo Orgulho.

Dentro da mansão, Chase, que pretendia salvar os demais, é quem se torna vítima de Geoffrey Wilder e um dos momentos mais dramáticos que já presenciei nas histórias em quadrinhos acontece.

Gert acompanhada de Alfazema chega até Wilder e travam um combate através das palavras. A moça, ainda sentida por saber que Chase beijou a amiga, comenta com Wilder que matar o seu namorado seria um desperdício pois ele é tudo menos inocente. Num jogo arquitetado às pressas, Gertrudes afirma que assim que Geoffrey perder o tempo dele matando o “babaca” do Chase, o dinossauro dela vai atacá-lo. Isso põe o vilão em dúvida.


Morre um Fugitivo


Em pouco tempo de reflexão, Wilder julga o que é mais prudente e sem hesitação lança seu punhal contra Gertrudes. A menina tomba no chão e o seu animal pré-histórico é abalado pelo contato mental.

Morre um Fugitivo


Chase grita em desespero e se livra do inimigo socando-o de surpresa. O mais velho dos fugitivos corre para a namorada caída no chão. Gert sabe que vai morrer e seu último esforço é “doar” o contato mental de Alfazema para Chase. Em desespero, o jovem não entende porque a namorada desejava aquilo, mesmo depois de dizer tantas vezes que o odiava pela traição.

Ela, já ofegante, sussura:

Às vezes, a gente tem que mentir... para proteger as pessoas que ama. Você me ensinou isso”.

Morre um Fugitivo

Chase reluta em crer que Gert irá morrer. Lembra a ela que meses atrás eles foram visitados por uma versão futura e que isso seria prova de que ela iria sobreviver. Gert ainda sussurrando fala que “o futuro é uma ameaça e não uma promessa”.

Então, a vida começa a se esvair do corpo da garota e ela termina com as seguintes palavras:

a Gert adulta nunca falou que... que eu nunca te disse...que te amava... ela... tava errada... Chase Stein... eu... sempre... te...

Morre um Fugitivo


A frase não se completa. Assim como a Gertrudes do futuro, a nossa Gert não consegue dizer a verdade em seu coração e o inconseqüente Chase Stein encosta a cabeça no corpo morto de seu primeiro amor e chora.

Morre um Fugitivo


A equipe está desestruturada agora. Só sobrou um terrível mal estar entre eles. Nico Minoru dá um destino final e bem próprio para o Geoffrey Wilder dos anos 80, que volta no tempo sem memória para que nada no passado se altere e comprometa o atual presente.

Contudo, um pequeno detalhe mudou. O anel que pertencia a Geoffrey Wilder no passado, não voltou com ele. Aquele anel decodificador agora está nas mãos de Chase Stein, também portador do Compêndio. E essa história trágica termina com o silêncio desse jovem, ao lado do dinossauro que agora lhe pertence, com um olhar perdido no Monte Lee, em Hollywood.

Morre um Fugitivo

Coveiro (de luto)

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