sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

X-Men com o futuro em jogo

*Informações de publicações inéditas no Brasil e EUA!*


X-Men

Encerrou-se em X-Men 207 a saga em treze partes que envolveu tudo que há de relevante no universo mutante regular. Continuação de Decimation e Endangered Species, Messiah Complex promete ser um marco na história dos X-Men, e dos mutantes restantes após House of M.

A busca pelo primeiro bebê mutante nascido desde o “no more mutants” de Wanda Maximoff, uma menina de extremo poder, mobilizou diversos grupos e intenções. Desde os Purificadores, interessados no fim dos mutantes, passando pelos X-Men, que viam na menina a chance de preservação de sua raça, e os Marauders de Sinistro, provavelmente vislumbrando um futuro de dominação mutante, tivemos duas variantes inesperadas. A primeira foi Cable, dado como morto, que queria levar a neném para o futuro, onde poderia ser criada e preparada para seu importante papel, ao invés de ser usada como ferramenta por qualquer um dos interessados. Além disso, graças à viagem do tempo que deixou Layla Miller perdida 80 anos no futuro, e garantiu a Maddrox um “M” tatuado no rosto, ficamos sabendo que aquela menina pode ser a responsável pelo futuro de onde veio Bishop, fazendo-o levar até as últimas conseqüências a tentativa de evitar que aquilo de fato se concretizasse.

X-Men

Nesse meio tempo acompanhamos a trama entre Mística e Gambit, que sorrateiramente se infiltraram nas fileiras de Sinistro para salvar Vampira, cujo toque absorvia toda a vida de qualquer pessoa (forma como Mística derrotou Sinistro), e que se encontrava em coma. O toque da criança aparentemente “limpou” tudo isso de seu corpo, mas não acabou com a raiva por sua mãe adotiva. Absorvendo memórias e sentimentos de Mística, Vampira parte, deixando Gambit para trás.

X-Men

Em uma luta final com os Marauders e com o inexplicável Predador-X, os X-Men e a recém reformada X-Force, auxiliados pelos realmente “surpreendentes” New X-Men, conseguem prevalecer. Ciclope tem o poder de decidir o que seria feito do futuro da menina mutante, e acaba optando por concordar com o plano de Cable, deixando muitos de seus comandados e até o professor Xavier surpresos. Em uma cena interessante, lembrando a relação paternal de Scott e Nathan, o jovem pai pede ao envelhecido filho que seja bem sucedido onde ele falhou, anos atrás, ao mandá-lo ainda bebê ao futuro.

X-Men

Ao ver Cable desaparecer em um vortex temporal, o mutilado Bishop tenta um último disparo contra ele e o bebê, alvejando Charles Xavier de forma mortal. Vendo o corpo do professor no chão, Ciclope decreta que ali, naquele momento, morria também seu ideal. Os X-Men não existiriam mais a partir de então.

X-Men

Mas o que isso significa? Ainda não se sabe ao certo (pelo menos quem não leu os spoilers como eu), mas as publicações anunciadas no final de X-Men 207 dão o tom da saga que, a partir de fevereiro, segue Messiah Complex, X-Men: Divided We Stand.


X-Men:Divided we Stand

Tudo começa em Uncanny X-Men 495, revista que ditará os novos rumos do universo mutante, traz Michael Choi nos desenhos e mantém Ed Brubaker nos roteiros, inclusive prometendo uma nova e inusitada formação na edição mais do que especial de número 500. Outra novidade é a permanência da X-Force, que ganha um novo volume. Formada por Warpath, Lupina e X-23 sob a liderança de Wolverine, funcionará como um grupo de assalto secreto, fazendo de sobra o que os X-Men sempre evitaram fazer: matar. Com a belíssima arte de Clayton Crain, e roteiros da já respeitável dupla Chris Yost e Craig Kyle, a primeira missão dessa nova X-Force é ir atrás dos Purificadores para um acerto de contas.


X-Men:Divided we Stand

A partir de X-Factor 28 Madrox vive diversos dilemas. Tentar se recuperar de traumática viagem no tempo, resgatar a desaparecida Layla e de alguma forma esconder o real motivo pelo qual Rahne está deixando o grupo. A dupla Peter David e Pablo Raimondi são os responsáveis por essa nova fase. Já a revista X-Men passará a se chamar, a partir do número 208, X-Men: Legacy. Continua com Mike Carey nos roteiros, apresentando o veteraníssimo e excelente John Romita Jr. na arte, contando a história da luta de Charles Xavier para preservar sua mente em um corpo moribundo. O cancelamento de New X-Men, já que oficialmente o grupo sênior deixa de existir, leva o destino dos jovens mutantes à estréia do novo título Young X-Men, com roteiro de Marc Guggenhem e arte de Yanick Paquete, começando apenas em abril com a missão de caçar a nova Irmandade de Mutantes


X-Men:Divided we Stand X-Men:Divided we Stand

Por fim, com o encerramento de Cable & Deadpool na edição 50, estréia em março a revista Cable, na qual acompanharemos a jornada do soldado mutante do futuro e da esperança dos mutantes do presente, com roteiros de Duane Swierczysnki e a bela arte de Ariel Olivetti, o mesmo de Punisher War Journal.


X-Men:Divided we Stand

Messiah Complex de fato foi um marco na história dos X-Men e de todos os mutantes. Tudo indica que a postura em relação ao mundo que os cerca, sob a batuta de Ciclope, mudará profundamente, trazendo novas perspectivas e, quem sabe, uma renovação positiva na temática mutante no Universo Marvel. Com roteiristas do calibre de Brubaker, Carey, Yost e Kyle, e personagens que vêm sendo muito bem desenvolvidos nos últimos meses, a esperança é grande. Agora é aguardar se o fim dos X-Men é a solução para sua sobrevivência.


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