segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A Tony Stark o que é de Tony Stark

Como sabemos Thor, o Deus do Trovão, voltou do mundo dos mortos e quer encontrar outros Deuses “presos” em corpos mortais desde a queda de Asgard. Mas ele ficou algum tempo fora deste mundo e muitas coisas aconteceram, muitas mudaram e muitas para pior. O registro é só a ponta do “iceberg” que termina na fabricação de um clone/robô do herói, violando seu corpo, sua dignidade. Agora está na hora de um acerto de contas.

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Em Novos Vingadores 55, o herói resolve que o melhor lugar para começar a procurar os Deuses desaparecidos é Nova Orleans, afinal um lugar que sofreu tantas tormentas e tanta destruição e tem uma história particular com isso, é um bom lugar para se começar. Mas o que Thor primeiro sente é dor. Dor porque ele não estava lá para evitar tal angústia, para domar os ventos e retroceder o mar, e pior, porque nenhum outro herói estava?? Ele estava morto, mas os outros estavam tão preocupados com seus próprios problemas que esqueceram seu motivo principal? Ajudar quem necessita?? E quando se indaga isto é interrompido por um dos moradores que o manda se retirar.

Este homem guarda muita dor em si e diz que o lugar já tem problemas suficientes sem os mascarados e não precisam de mais nenhum deles. Ele está obviamente enfurecido e angustiado, tratando de forma violenta com o herói. Thor apenas observa com pesar quando ele se retira dando o aviso. Mas eis que outro homem angustiado aparece e o saúda, Tony Stark. O recente diretor da SHIELD, o principal defensor do registro, o “policial” dos superpoderosos, o homem que reteve seu DNA e ajudou a fabricar uma réplica do Deus do trovão, o vingador, o velho amigo. Mas Thor não o vê mais como amigo, está impassível a sua frente e apenas escuta, o Homem de Ferro, então, parte para as formalidades.

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Ele explica que as coisas mudaram e que ou se é do governo ou contra ele, além disso, tem algo a falar sobre a Asgard que foi “erguida” literalmente em solo americano, como visto na outra edição. Ele quer uma posição do herói, usa as palavras “voltar a ser mocinho”, “fazer o trabalho” e pergunta o que ele pretende... É então que Thor se manifesta. Diz o quão absurdo é ele ter lutado contra seus amigos, os aprisionados, os colocado do outro lado da lei. Mas que pior ainda, como pôde violar seu corpo, o tornando uma aberração, expondo aquilo ao mundo como se fosse verdadeiro, que amizade seria essa?? E não é só verbalmente que o Deus se manifesta, dando a surra que muitos queriam ver e que Tony bem mereceu.

Stark reage, mas subestima o “amigo”, que diz que não “malhou” como o vingador pergunta, apenas naquele local, naquela situação não precisa se conter. E com um pulso eletromagnético termina a conversa. E começa o monólogo. Que Tony dê ultimatos e ordens a outros, quem for covarde demais para não lutar ou quiser obedecer, e que um homem em um traje de metal não é nada perto de um Deus do trovão. Se é poder por poder, o poder dele é bem maior e se qualquer mortal se atrever atrapalhar sua reconstrução de Asgard, irá se arrepender. E que, por hora, ficará neutro na “guerra de irmãos” porque quer, mas pode reconsiderar se for perturbado.

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É incrível como soluções aparecem nesses momentos. Assim, Stark diz que é possível considerar Asgard fora da jurisdição americana (por ela estar literalmente acima do solo americano), dando a qualquer um que estiver lá imunidade diplomática. Thor acha suficiente e diz que é só por enquanto. Depois ele tratará sobre a violação de seu código genético e do que “outrora foi uma amizade que ele valorizava”. Homem de Ferro apenas concorda e caminhando (com a armadura danificada) vai embora com o rabo entre as pernas.

O Deus do trovão volta ao seu motivo de estar ali e volta a falar com o homem angustiado do início da história. Sua sobrinha pede que não o machuque, ele não é o mesmo depois da enchente, não sabe o que faz. Mas, segundo o herói, todo aquele sofrimento não é apenas daquele homem, e a dor dos deuses não pode ser agüentada por um mortal, o enlouqueceria. E descobre naquela criatura, onde existiam duas almas unidas pela tristeza, o que procurava, um velho amigo: Heimdall, um Deus. E assim a história em que Straczynski traz brilhantemente termina, sai um amigo, entra outro e a saga de Thor para reconstruir sua vida continua...

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Cammy

ps. o título veio do "dê a César o que é de César", quando, em uma passagem da bíblia, Jesus foi questionado se era certo pagar impostos como era previsto na lei, e Ele o responde com esta frase dando a entender que as leis deste mundo não cabem ao divino...

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