segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Cavaleiro da Lua: Acima da Lei

* Artigo escrito por nosso colaborador, Rafael Felga

Há alguns meses, o Universo Marvel estava em guerra. De um lado, os defensores da lei de registro super-humano, que acreditavam que essa seria a melhor forma de controlar e gerenciar os atos dos super-heróis. Do outro, os que eram contra, achavam que isso ia resultar numa militarização das forças meta-humanas. Bom, o resultado dessa guerra todos sabem. Mas é interessante lembrar um dos fortes argumentos para a defesa do registro: Manter longe da atividade super-humana “os amadores, as crianças e os psicopatas”. Essas palavras, proferidas por Stark, perdem totalmente o sentido. Ora, o Cavaleiro da Lua é um psicopata, nem por isso deixa de ser registrado.

Photobucket

Nossa história começa com o bom e velho Enluarado fazendo aquilo que sabe de melhor: Servir a Konshu. Ou seja, nos temos Marc Spector descendo a porrada nos marginais, deixando sua marca por onde passa. É claro que Spector tem seus momentos de romance, mas nem nesses momentos, ele tem muito sossego, já que seu “deus” quer cada vez mais sangue (até hoje me pergunto: Será uma alucinação ou é realmente um deus maluco?).

Photobucket

Mas a história não é só focada nisso. Podemos ver que há espaço para duas pessoas que são muito íntimas de Spector: Duchamp, também conhecido como “Francês” e seu companheiro Rob, que também é o personal trainer de Spector. Mas aqui ele está ajudando o Francês a ficar em forma. Repare que, em determinados momentos, Rob possui uma língua extremamente afiada.

Ao sair da academia, os dois planejam assistir um filme. Porém, ambos são abordados por dois bêbados preconceituosos. Após uma fala um pouco mais grossa de Duchamp, os dois alcoolizados se afastam. E mais uma vez, nós vemos a língua afiada de Silverman em ação.

Photobucket

Mas voltemos ao nosso louco favorito. Spector cruza os céus de Nova York e dessa vez o seu alvo é uma gangue da máfia chinesa. O Cavaleiro da Lua aniquila todo os membros presentes. Tudo isso é feito com Konshu bancando a líder de torcida. No final, Spector oferece um pedaço de uma orelha como oferenda ao deus da lua.

Obviamente, as ações de Spector não passam despercebidas. Jornais de todo o país noticiam as intervenções violentas do Enluarado e com o seguinte questionamento: Como um ser como Spector recebeu um cartão de registro? Coisa que deixa o nosso querido Stark de cabelo em pé.

Photobucket

Alguns quadros depois, podemos ver Perfil, outrora inimigo de Spector, olhando para a estátua de Konshu e sendo questionado por Spector se havia algum trabalho para ele. Perfil começa a enumerar: Um estelionatário, um pedófilo e um cara que espancou a mulher. Todos os trabalhos são recusados, já que o deus da lua não vê nada de promissor neles. Mas ao falar o último nome, Simon Mandicks, também conhecido como Açor Assassino e descobrir que ele está na cidade, Spector resolve pegar o trabalho.

E que trabalho! O Enluarado já chega destruindo todo o apartamento de Mandicks, descendo uma surra no pobre coitado, que não sem defesa alguma, que repete para Spector que ele não pode fazer isso. O Cavaleiro da Lua, após jogá-lo escada abaixo e deixando-o gravemente ferido, sai do lugar. Os outros moradores ficam chocados com a ação violenta do Enluarado, o que causa um clima de indignação geral. No final, podemos ver que toda a cena é assistida por uma pessoa que tem uma cicatriz no rosto.

Photobucket

E assim começa a novo arco do Cavaleiro da Lua, “Deus e Nação”, do jeito mais explosivo e violento possível. Esse arco é escrito por Mike Benson e ilustrado por Mark Teixeira, mas Charlie Huston ainda está envolvido com o personagem. Particularmente, gostei muito, principalmente dos desenhos. E a premissa de herói registrado louco está muito boa também.

Rafael Felga

comments powered by Disqus