E a caçada ao Câmbio não para. Castle começa a cada vez mais se aproximar da cadeia de comando da perigosa organização criminosa. No entanto, não é somente Castle que está interessado no Câmbio. E nem o Câmbio é a única preocupação do Justiceiro.
O segundo volume do run de Rucka no comando do personagem prossegue com a busca de Castle pelos comandantes do Câmbio. No entanto, não é só o Justiceiro que está interessado na organização criminosa. Lembram de Rachel Cole-Alves? A noiva-sobrevivente? Nessa parte do run, Rachel ganha ainda mais destaque, se tornando a mais nova nêmese dos criminosos. Enquanto Alves e Castle apertam o cerco ao Câmbio, Bolt e Ozzy apertam o cerco a Frank Castle.
Mas a caçada ao Câmbio não é o único foco de Castle. Um aparelho que congrega informações sobre todas as organizações criminosas do Universo Marvel, criado por meio de moléculas instáveis conseguidas por meio de um pedaço do uniforme de um dos membros do Quarteto Fantástico, também atrai a atenção de Castle. Mas não vai ser fácil obter o aparelho. Não com Homem-Aranha e Demolidor por perto.
“Efeito Ômega” ou “Omega Effect” foi um crossover entre as revistas “Punisher”, “Daredevil” e “Avenging Spider Man”, reunindo-se, assim, os três principais heróis urbanos da Casa das Ideias. Consequência direta dos acontecimentos ocorridos no primeiro encadernado do Demolidor, “Efeito Ômega” mostra a luta dos três heróis em referência contra todas as organizações criminosas do Universo Marvel, que estão atrás do Omegadrive, um disco rígido construído a partir de moléculas instáveis, que está nas mãos de Matt. É o ponto alto da revista.
No entanto, isso não quer dizer que a etapa solo de Frank Castle está ruim. Obviamente, o ritmo de história é mais lento, mas não deixa de ser um belo conto policial. Nessa parte, o grande destaque é para o aprofundamento da relação entre Frank e Rachel, que, dada as circunstâncias, se enxergam como pessoas semelhantes. Ozzy também tem um bom destaque, mostrando o porquê de ser um grande detetive.
Mas a melhor parte, é, sem qualquer sombra de dúvida, o crossover entre os três heróis. Com ritmo mais intenso que a primeira parte do encadernado (provavelmente graças a adição de Mark Waid nos roteiros), “Efeito Omega” tem tudo que se espera de uma boa história em quadrinhos: Excelentes desenhos, excelente roteiro e a duração perfeita para uma boa história de ação. Nesse ponto, Rucka e Waid estão muito bem acompanhados do desenhista Marco Checchetto, que tem fez excelentes cenas de ação.
Tenho sido repetitivo nesse espaço, mas acho que o trabalho editorial da Panini tem sido muito bom para com o personagem e sempre merece elogios. E mais uma vez, a Panini acertou ao publicar o crossover dos personagens em um único volume.
O segundo encadernado do Justiceiro é mais um grande momento do personagem. Material extremamente necessário para os fãs. E que setembro traga o segundo volume do encadernado do Demolidor.
Rafael Felga
