Barracuda: “A noite é tudo, menos uma criança...”

* Artigo escrito por nosso colaborador, Rafael Felga

Imagine a pessoa mais vil, corrupta, depravada. Acrescente um olho de vidro e quatro dedos a menos na mão direita. Coloque alguns dentes de ouro que formam uma palavra que não pode ser dita aqui (ou pode?). Agora, o detalhe principal: Sobreviveu a um encontro com Frank Castle! Sim, senhoras e senhores, Barracuda está de volta!

Criado por Garth Ennis e por Goran Parlov, esse sujeito pode ser descrito como o mais adorado dos FDPs de todos os tempos. Tanto que muitos na comunidade do Orkut 616 queriam que Castle fosse substituído por Barracuda. Como o cara fez sucesso, ele está de volta numa mini só dele. Então, prepare-se para uma viagem recheada de sexo, destruição e palavrões.

O arco começa com nosso “herói” dando uma relaxada. E nada melhor do que fazer isso com uma profissional do ramo. E essa cena é só o começo...

Depois do serviço, Barracuda resolve caminhar pelo local, quando cinco manos chamam sua atenção. Enquanto um deles diz coisas sobre seu adorado carro, Barracuda chega. Todos fogem (qual será o motivo para tal atitude?), restando apenas o dono do carro. Barracuda então diz educadamente que está tudo bem e pede as chaves do carro.

Essa cena merece destaque: Ele sintoniza numa rádio que está tocando o grande Stevie Wonder (nota: pesquisei na net esse refrão e a maioria dos links atribuíram essa música ao citado cantor). O nome da música é I Believe (When I Fall in Love It Will Be Forever). Enquanto aprecia a música, chegam quatro pessoas que estão no seu encalço, dizendo que alguém muito importante precisa falar com ele e ordenando para que entre no carro.

Obviamente, ele não está muito preocupado em se encontrar com o chefe deles. O resultado disto é que Barracuda arrasa os branquelos. A noite do nosso “herói” já foi arruinada, como ele mesmo diz. Então, ele segue para um bar.

Algum tempo depois, chega nesse bar uma figura que aparenta ser um policial. Ele segue para o local onde Barracuda está sentado. Após alguns cordiais cumprimentos, Barracuda pergunta se tem alguém atrás dele e nosso amigo confirma. Aparentemente, há um grande mafioso querendo os seus serviços. Nisso, ele se lembra do trato que ele deu nos branquelos.

Antes de ir falar com o Mafioso, Barracuda precisa resolver um problema. Não que seja muito complicado. Os mafiosos, coitados, nem tiveram tempo de falar com seu chefe. Resolvido o problema, hora de ir falar com o chefão, que atende pelo nome de Chris Angelone.

A cena então é cortada para duas pessoas que estão, aparentemente, vigiando os passos de Barracuda. Uma delas diz que está com frio na barriga por estar “de caso com a máfia”. A outra pessoa a corrige, mostrando um dossiê sobre Barracuda.

Ao chegar na casa do mafioso, este pergunta como foi sobrevier ao Justiceiro. Ele conta como foi a aventura (levar balas é algo comum para ele), dizendo que haverá um novo round com o Justiceiro.

Depois do papo, Angelone diz que precisa de Barracuda para um serviço: Ajudar seu filho, Oswald, a se tornar um grande mafioso. Barracuda questiona o porquê dele ser o escolhido. Angelone diz que as condições são especiais, já que é seu único filho e que ele tem hemofilia. Para que Oswald se torne uma pessoa respeitada, Barracuda deve auxiliá-lo numa missão.

A missão em questão é matar Leopoldo Luna, um chefão das drogas sul-americano que está atrapalhando os negócios de Angelone. Apesar de estar bem informado sobre a pessoa, Barracuda diz que não o conhece e que todas as suas informações são da CNN.

Caso a missão seja feita, Barracuda levará uma bolada, além de ter sua relação com a máfia italiana restabelecida. No final, Angelone pergunta se Barracuda não soube o paradeiro de quatro capangas que foram atrás dele. Barrucada diz que simplesmente não sabe, questionando o que poderia ter acontecido a eles.

Novamente, a cena é cortada para os dois que estão monitorando Barracuda. Um deles leu o dossiê e ficou um tanto enjoado. Aparentemente, as coisas que Barracuda já fez não são muito digestivas.

No aeroporto, Barracuda faz uma ligação para Leopoldo (sim, ele além de tudo, é um grande mentiroso), dizendo que está indo encontrá-lo, com alguém muito interessante. Assim começa a grande jornada de Barracuda e Oswald.

E começa mais um arco insano escrito por Garth Ennis, que está se tornando o escritor que mais vezes aparece na Marvel Max (nesse mês, das 4 histórias, três eram dele). E pelo jeito, essa mini deve ficar entre as melhores, junto com “Thor: Vikings” e “Nascido para Matar”.

Rafael Felga