quarta-feira, 10 de junho de 2009

Fabulosos X-Men: Uma brasa, mora?

A saga de Fabulosos X-Men, conduzida até agora Ed Brubaker, que mostrava a fase dos mutantes separados após a destruição e divisão do grupo em complexo de messias, tem sua conclusão na edição 90 da revista X-Men. Nela, os mistérios da cidade hippie e sobre o do que acontece na Rússia são desvendas, mas não só, também é ponto de partida para uma nova fase!

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As explicações que até agora estavam bem “mal dadas” são entregues. Por incrível que pareça os 2 acontecimentos, tanto em São Francisco como na Rússia, tem relação com o dia M. Na Rússia é bem fácil de entender: os mutantes do programa de soldados com poderes russos (da sala vermelha) perderam seus poderes no evento. Todos eles. E, dado seu patriotismo, segundo o comandante do projeto, não exitaram em se matar às suas ordens uma vez que não serviriam mais ao propósito do país. Algo um pouco duvidoso, mas enfim. Tudo isto é contado para Colossus para que ele confesse algo. O homem acusa os X-Men, ou os americanos no estilo mais guerra fria impossível, de terem planejado o dia M, e ele tem um motivo bom para pensar isso. Como qualquer leitor atento se perguntaria... porque, se tantos mutantes perderam os poderes, a maioria dos x-men não?? Claro, que nós sabemos que isto tem a ver com eles serem os personagens principais do título e tudo mais, mas na história essa não é uma boa desculpa.

Ele interroga Pete enquanto tortura Wolverine (preso em algemas especiais, como todos) com choques elétricos. Logan aguenta bem então é a vez de torturar Kurt para ter informações. Uma arma em sua cabeça e, se tentar se teleportar leva um choque que ele não poderia agüentar. O soldado atira sob ordens, mas o tiro não atinge Noturno, que, inteligentemente, se arrisca e teleporta consigo a carga elétrica que recebe até a algema de Wolverine, a sobrecarregando e liberando o amigo. Enquanto Wagner se recupera, Logan faz estragos no seu estilo. Sabendo que não tem como controlar a situação, o comandante faz uma escolha difícil, libertar um antigo prisioneiro: Ômega Vermelho, que o mata e logo parte para os X-Men.

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A história faz um vai e vem entre Rússia e São Francisco muito bem feito, alternando em momentos certos e usado os ganchos certos para dar agilidade e movimento ao enredo. Então, vamos nós também para São Francisco por um minuto. Logo no início, nos é explicado o motivo da cidade estar em delírio coletivo. Tudo aconteceu após o dia M. Três “hippies old school” (ou seja, aqueles caras que eram hippies em mil novecentos e bolinha e não acompanharam a mudança dos anos, queriam que o tempo tivessem parado naquela época) conversam nas ruas de São Francisco. Vivem com a amargura do que o mundo se tornou e do que eles se tornaram, e comentam o ocorrido dia M, lamentando o quanto o mundo não aceita diferenças (tudo isso com gírias bem clichês dos tempos deles... uma brasa, mora). Eis que surge uma moça confusa, atordoada, que não se lembra de nada.

Quando um dos 3 presentes, Eli, a toca, ela enxergou o mundo através deles, e o que ansiavam tanto. Foi então que subitamente criou a ilusão da cidade continuar em 1960, inclusive modificando os old hippies para sua aparência jovem que nunca queriam ter perdido. Eles percebem o potencial da moça e o que podem levá-la a fazer, reconstituir tudo como antes. E com o tempo, tudo muda. Até que toda cidade muda, todas as pessoas, e elas nem se lembram mais quem são, de onde vieram. Tudo porque aquelas 3 pessoas souberam conduzir a “deusa”. Souberam aproveitar uma mutante confusa, com os dons de seu pai: Mestre Mental. Isso só nos é dito no final, por Emma, que até então está, junto com Ciclope, atrás da moça.

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As sondagens de Emma fazem com que a moça se recorde seu nome: Martinique. Ela também parece se lembrar algo sobre os X-Men que a procuram. Essas memórias repentinas da deusa não agradam muito Eli. Mas de repente, tudo está fácil demais para Frost encontrar a deusa, e quando a esmola é demais, o santo desconfia. Pior ainda, surge um obstáculo enviado pela suposta deusa para deter os X-Men: os outros X-Men. Também sob o domínio da ilusão, eles chegam com seu visual hippie, suas gírias e seus novos nomes para atacá-los. Apache é Sol Nascente (!). Bobby é Picolé (!!). Hepzibah é Lady Gatinha (!!!) e Anjo é... bem, Anjo mesmo, nada mais hippie que isso. A luta se inicia e a conversa em meio a ela entre Summers e Emma é a melhor parte, muito bem conduzido (desde o início de sua chegada ao título) por Brubaker. As imagens também merecem aplausos pela contratação das cenas na Rússia (mais sombrias) e as em São Francisco (claras e coloridas).

Emma se concentra em encontrara a deusa enquanto a luta procegue. Outra luta acontece na Rússia entre os 3 X-Men e Ômega Vermelho. A luta lá é feia e acirrada, Wolverine sendo Wolverine, e Rasputin no auge de sua ira, e nem assim são páreo para Ômega. Quando Noturno se recupera por uns segundos, faz novamente a jogada inteligente que salva o dia: teleporta o monstro até bem alto e o deixa cair em queda livre. Aquilo os dará o tempo para chamar a SHIELD, entregá-lo e ir embora. Em São Francisco, Frost consegue invadir a mente de Martinique, o que a faz perder o controle. As pessoas começam a voltar ao normal e a recordar quem são, uma delas, uma moça que fazia bolas de sabão e só percebe o perigo de um caminha tarde demais, mas eis que Anjo, já recuperado, a salva. Ciclope consegue atingir o local indicado por Emma e o teto desaba. Porém a deusa não está mais lá, apenas Eli. Frost ainda encara o velho sabendo que eles usaram a mutante e resume toda essa situação hippie em uma palavra muito boa: “patético”.

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Pronto, todos estão bem de novo e, por coincidências “fabulosas” do destino, eis que a moça salva por Anjo é a prefeita de São Francisco e oferece a cidade para realocação dos X-Men, nada mais justo depois de ter a vida salva. Scott liga para contar aos outros 3 que estão na Rússia, e Logan diz que estão a caminho. Nas palavras de Summers no telefone, é hora dos X-Men abraçarem o futuro.

Um epílogo mostra a “deusa” em forma normal novamente, vagando em certa direção sem saber pra onde e sem saber por que. Uma mulher misteriosa que permanece às sombras a recebe como Martinique Wyngarde, a filha de Mestre Mental e diz que sabe quem ela é porque conhece suas “irmãs mutantes” (às vezes melhor que elas mesmas) e que a salvou por um motivo: Se os X-Men estão de volta e em São Francisco, como anunciado em um jornal, a irmandade deve estar pronta para recebê-los.

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E que venha o futuro!


Cammy

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