segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Capitã Marvel: Inimigo Interior

Continuação direta do primeiro e segundo encadernado da Capitã Marvel no Brasil, seguindo a nova fase da heroína Miss Marvel na Nova Marvel, o volume 3 conta com nada menos que 180 páginas que reúnem um baita crossover  homônimo ao nome deste artigo e uma baita Tie In com a maxissérie Infinito. E tudo começa com o problema que ainda aflige Carol Danvers desde a última edição, uma lesão em seu cérebro que pode condenar completamente sua identidade.



Em parceria direta com sua amiga de longa data, Jessica Drew, Carol tem que se adaptar a sua vida agora limitada como heroína – Sem voar, sem poder despender todo seu potencial. Todavia, o destino não vem pegando nada fácil com a Capitã Danvers. Como se fossem fantasmas do passado, velhos vilões surgem no seu caminho. As vilãs classe D chamadas de “Arpoadoras” batem de frente com ela e Jessica. Já no Central Park, Carol se alia ao Thor para dar conta de Dinossauros que parecem ter saído de seus pesadelos no tempo que esteve na Terra Selvagem. Mais pra frente, junto aos Vingadores, ela combate a Ninhada.

Em todas as situações, a heroína se vê na obrigação de desobedecer ordens e voar. E assim, aumentar sua dor de cabeça. E em todas as situações, assim como foi na história anterior com a Rapina, parece que alguém esta mexendo com sua vida e colocando em risco a vida de pessoas próximas. Obviamente, se você nos acompanhou na história anterior, sabe que quem está por trás disso é o comandante Yon-Rogg, que passou anos no limbo, apenas dado como morto. Rogg era o superior do Capitão Marvel, o original, e de alguma maneira ele culpa também Danvers pela sua grande derrota na Terra.

Dado momento da história, Yon-Rogg tenta contato com os Krees a fim de pedir sua extração para Hala em troca de entregar a Terra para seu povo. Todavia, as diretrizes dos Krees mudaram bastante desde seu sumiço e seu pedido foi completamente ignorado. Então, ele passa agora para uma outra iniciativa, roubar do apartamento de Danvers o pedaço de psicomagnetron (que deu origem aos poderes de Carol e que ela recuperou na edição 1 deste volume) e se tornar assim um super-vilão, o Magnetron.

Ao se dar conta de seu apartamento ter sido arrombado e pedir ao seu vizinho (nem um pouco querido) a fita de segurança do corredor, Carol consegue finalmente descobrir a verdade por trás de seu grande e outrora desconhecido inimigo, Yon-Rogg. Todavia, o Kree exilado já tinha dado inicio a seu audacioso plano e começou a despertar Sentinelas Kree ao longo de todo o planeta. Diversas dessas máquinas conscientes começaram a causar confusão no globo e entrar numa espécie de formação. E em resposta, muitos membros dos Vingadores foram escalados para detê-las.

 Aos poucos, o plano de Rogg foi se mostrando. Por mais que os Vingadores lutassem, os Sentinelas Kree formaram uma espécie de redoma protetora em formato da estrela de Hala. E tudo que estaria embaixo dela seria transformado na nova Kree-lar, a sua versão da nova capital de seu império. Atraída para o centro do lugar, finalmente Carol descobriu a verdadeira natureza de sua lesão na cabeça, criada pelo próprio psicomagnetron no passado e que foi crescendo aos poucos até hoje. E dentro dela também estava parte de Yon-rogg, que ao sumir na explosão que deu os poderes da Miss Marvel no passado, supostamente foi absorvido para dentro dela.

Yon-Rogg agora tinha sua independência, mas ainda precisava de parte do psicomagnetron que estava dentro de Carol, alguém que ele conhecia muito bem ao longo de todos esses anos. Então, o último embate aconteceu em Nova York, bem no centro da tal Estrela-Hala. Carol estava enfraquecida e seus poderes sendo usados para alimentar o plano de Rogg. Para impedir que o Kree tivesse êxito, Danvers voou alto, além da orbita, o que exigiu tudo de sua lesão criada pelo psicomagnetron e junto acabou com sua identidade.  Foi  o fim do plano do Kree, que acabou preso pelo Capitão América. Já o real destino da nossa heroína, ficou para as histórias seguintes.



Tenho que confessar que no começo, até pelos trabalhos dela na minissérie do Osborn, não dei muita fé na Kelly Sue DeConnick como roteirista. Mas ela conseguiu dar uma boa resgata na origem da personagem, inclusive trazendo elementos clássicos da era do Capitão Marvel quando ainda mal vestia seu tão conhecido uniforme azul e vermelho. Ela não cai em nenhum tipo de clichê pra tratar da vida pessoal da personagem. Conseguiu também dar uma trabalhada bem interessante ao tema do câncer (mesmo sem nomear a doença assim), resgatando também um pouco da fase clássica do Mar-vell aí. Na arte, Scott Hepburn e o português Filipe Andrade também foram felizes.

E ainda neste mesmo número, temos INFINITO. Mas deixaremos pra falar disso daqui a pouquinho...

Coveiro

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