segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Thor: Eis meu irmão, Balder

Passado os drásticos eventos que tomaram conta de toda a América, inclusive na pequena Oklahoma, durante a Invasão Secreta, heróis e humanos voltaram para suas vidinhas com suas corriqueiras preocupações diárias. Em Asgard, reerguida a pouco mais de oito quilômetros da cidade, não foi tão diferente. Como vimos, pouco antes da história ligada aos Skrulls, Loki fez uma revelação bombástica para Balder, melhor amigo de seu meio-irmão Thor. Ele também era filho de Odin. Agora, o asgardiano está num verdadeiro conflito pessoal e não sabe se deve confiar nas palavras do Deus da Trapaça.

Thor

Nesta nova edição, em Novos Vingadore 70, Loki continua a contaminar os ouvidos de Balder com sua estarrecedora revelação. Ele ainda complementa adicionando o fato de que Thor, o melhor amigo do guerreiro e herdeiro do Trono, sabia de tudo já fazia um bom tempo, mas nada revelou.

Thor

Então, o Deus da Mentira continua sua história narrando o que ele sabe sobre o passado do guerreiro. Tudo começa numa noite em que Odin se interessou por uma simples asgardiana, Frigga. Ele só a teve por uma noite, mas isso foi o bastante para um novo rebento do deus Odin vir ao mundo.

Thor

Odin aceitou Balder de início, mas sonhos sobre a morte prematura de um garoto que levaria consigo o destino de toda a Asgard o impulsionaram de imediato a inventar uma mentira sobre a origem do garoto. Confuso, Odin partiu certa noite em busca de respostas. Viveu uma série de perigosas aventuras até chegar a uma câmara mortuária.

A entidade lá aprisionada revela que há tempos espera avinda do deus Odin, mas pede algo para saciar sua sede. Sem ter qualquer água reserva, o pai dos asgardianos oferece seu próprio sangue e isso faz a criatura morta-viva se reerguer de sua tumba.

Thor

Em troca, a criatura revelou que a morte de Balder no início do Ragnarok anunciaria o fim de todos os deuses, mas que ele renasceria depois para criar uma nova raça de deuses. Ele seria destinado a continuar o legado de Odin. Mas para tal, Balder não poderia morrer antes do fim do mundo e, por isso, teve sua origem escondida até então.

Loki termina sua história, já advertindo que está ciente que pelo seu passado é indigna de confiança. Contudo, ela sugere que Balder vá arrancar a verdade do próprio Thor. E assim é feito.

Um interlúdio nos leva de volta a Oklahoma. Lá, o jovem Bill que trabalha na simples lanchonete do lugar, conta sua história a um dos frequeses. Quase que extasiado pelas lembranças do pouco tempo que esteve com a asgardiana Kelda, Bill apenas soletra poucas palavras sobre sua experiência. “A coisa mais bonita que eu já vi” conclui ele.

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O freguês, no entanto, o adverte para tomar cuidado com “ilusões”. Já o patrão de William desdenha do mau humor do senhor e opina que Bill não deve deixar as oportunidades passarem. Afinal, a gente deve seguir nosso coração, pois os únicos erros irremediáveis são aqueles que a gente nunca cometeu.

Na sala do trono, chega o momento em que Thor conclui sua versão da história. Após confirmar tudo o que Loki dissera, ele nada a mais tem a dizer a Balder a não ser um pedido de desculpas. Thor também avisa que mesmo assim, deixara cartas alertando a todos que caso viesse a morrer, Asgard tinha sim um príncipio, um herdeiro, Balder.

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Loki conclui dizendo apenas que agiu de tão maneira para evitar ataques de pessoas ao trono. Pessoas de fora e de dentro dos portões de Asgard. Então, Loki aparece ciente de que as insinuações de Loki remetiam a ele. Mas Loki adverte que ele não é mais aquela pessoa.

Balder tem uma última questão. Ele queria saber porque mesmo depois do fim dos ciclos do Ragnarok, não lhe foi dito nada sobre sua origem. Thor o encara. Sem uma boa resposta, diz que se envergonha de tal e pede desculpas. Então, Loki interrompe a todos e afirma que agora era o momento de comemorações. E não de acusações.

Loki exige a coroação do novo príncipe, consagrando assim a herança de Balder como filho de Odin. Thor o encara duramente, talvez tentando pescar ali as verdadeiras intenções de seu meio-irmão. Sem nada perceber, concorda com a festa.

Então, as trombetas urram vindas de Asgard. Até mesmo as velhinhas de Oklahoma escutam aquele rimbombar vindo dos pulmões do corpulento Volstagg. Na sala do trono, uma multidão espera a chegada do novo príncipe. E nos bastidores, Balder agradece a Loki por tudo, mas avisa que ainda está de olho no vilão.

Thor

Então, ele entra e toda Asgard urra. O novo príncipe ergue sua espada. Todos agora o reconhecem como o segundo herdeiro de Odin. E lá longe, turistas curiosos que observam Asgard de lunetas, mal se dão conta do que está acontecendo. Um garotinho, no entanto, treme até a ponta dos ossos ao encarar um sorriso maleovolo de Loki em uma das janelas.

Coveiro

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