quarta-feira, 18 de setembro de 2013

O Fim do X-Factor

Informações Inéditas no Brasil!!


Peter David foi o entrevistado da semana do X-Position e conversou com os fãs sobre o final da revista, que ocorreu neste mês de setembro. Confira!

Aqueles que acompanham o Mutação em Debate sabem que eu sou um grande fã do trabalho de Peter David no X-Factor. Infelizmente, com o encerramento da revista, ficaremos órfãos de um grande trabalho. David escreveu cerca de cento e cinquenta edições do título, somando-se o trabalho dos anos 1990 e sua recente passagem.


O escritor despediu-se dos fãs com uma carta emocionante nas últimas páginas da edição #262, em que registrou uma frase sobre a qual é importante refletir: "Prefiro ser o favorito de nove pessoas a ser o nono na escala de predileção de cem pessoas".

X-Factor nunca vendeu muito. Sempre esteve na casa das 20 mil unidades vendidas, nos Estados Unidos. Isso mesmo. SEMPRE. A base de fãs fiéis da revista, mesmo após vários anos, continuou sólida. Esse foi o segredo da durabilidade do título, que se deve à genialidade de David, que transformou personagens menores em favoritos dos fãs.

Além disso, David reiterou que não decidiu encerrar a revista por causa do derrame que sofreu no final do ano passado, mas que já havia um planejamento para concluir o título por volta da edição #260, tentando fechar todas as pontas soltas que deixou.

No X-Position, o escritor afirmou que não tem planos para escrever os personagens novamente. Há ainda muitos caminhos que podem ser explorados por outros leitores, como o nascimento do filho de Layla e de Madrox, mas que serão explorados apenas por outros escritores. David havia confessado na carta aos fãs que jamais conseguiria ler uma nova história do X-Factor, sem imaginar o que ele teria escrito se ainda fosse o escritor, mas que teria de ser assim, porque ele não pretende voltar à revista.

David está com um novo projeto na Marvel, sobre o qual não revelou muitos detalhes. Ele disse que é provável que o vilão O Isolacionista apareça nele, mas não há planos para Damian Tryp. O anúncio será feito na New York Comic Con, daqui a algumas semanas.

Sobre algumas questões que não conseguiu abordar até o final de X-Factor, ele contou que tinha planos para destacar Feral e O Isolacionista no arco Hell on Earth, mas não teve espaço para desenvolvê-los. Ele queria ter podido explorar mais a Célula X. David também preferia não ter corrido tanto para dar o encerramento de todos os personagens, mas, como havia se comprometido com seis edições finais, precisou encaixar tudo na quantidade de páginas disponíveis.


A respeito do casal Rictor e Shatterstar, David não pretendeu casá-los por dois motivos. O primeiro é que não parecia adequado ao momento em que os dois estavam vivendo, envoltos em aventuras seguidas com a equipe. O segundo é que isso poderia ser encarado como uma mensagem puramente política, mas essa não é a opinião do autor. Para ele, o relacionamento dos dois é algo orgânico; David não os colocou juntos para defender uma opinião, mas porque esse era o destino natural dos personagens.

Sobre Lupina, o escritor confessou que foi intencional não fazer Rahne envolver-se com mais ninguém. Sobre Fortão, ele contou que ouviu planos de outros escritores para trabalhar a nova situação de Guido. Sobre Monet, já foi revelado nas solicitações de dezembro que ela entrará em X-Men, de Brian Wood. Se ele pudesse escolher um destino para os personagens de X-Factor, ele indicaria Uncanny Avengers.

Enquanto isso, no Brasil, a Panini parece estar negligenciando X-Factor. Por causa da necessidade de correr com muitos títulos, já que a Marvel Now está chegando, X-Factor não vem sendo publicado em X-Men Extra há alguns meses. Espero que a editora lance o material até o final do título, ainda que em edições encadernadas, no mesmo estilo de Deadpool. Assim como nos Estados Unidos, tenho certeza de que X-Factor tem sua base de fãs fiéis aqui.

Na semana que vem, a entrevista será com Jason Aaron. Até lá!

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