terça-feira, 2 de abril de 2013

Homem-Aranha: Fora com as Aranhas!


Na conclusão do arco Ilha das Aranhas que estamos acompanhando na revista mensal do Homem-Aranha, e no tie-in publicado em A Teia do Homem-Aranha 17, o nosso heroi aracnídeo ganha um aliado de peso para enfrentar a agora gigante Rainha Aranha e seu exército de nova-iorquinos transformados em verdadeiras aranhas humanas! E ele é muito mais do que um conhecido, é ele mesmo! Ou melhor, seu clone, Kaine.

Destransformado após cair no tanque com a cura produzida pelos Laboratórios Horizonte, Kaine ainda ajuda Peter Parker a proteger sua identidade secreta ao vestir o seu uniforme de Homem-Aranha, deixando Peter apenas de cueca na frente de seus colegas cientistas do laboratório, Reed Richards, Coisa e Mulher-Aranha. Após o embaraço, Peter coloca o seu uniforme trifásico em Kaine (aquele que ele desenvolveu algumas edições atrás) e os dois saem atrás da Rainha. 


Mary Jane, ainda com os poderes de aranha -e maltrapilha-, aparece também para dar uma força contra a gigantesca ameaça, e acaba dando uma ideia fantástica para o Homem-Aranha: usar os octobôs do Doutor Octopus, milhares de pequenas máquinas para irem ao Horizonte, colher a cura, se espalhar pela cidade procurando todas as aranhas humanas, e picar todas elas, curando-as instantâneamente, cortando a fonte de poder da Rainha. Nem um pouco forçado para uma mente como a do jovem Peter... Eu acho que o Slott já enche, melhor, satura o puxa-saquismo com o Aranha, mas dessa vez se superou numa escala nunca antes vista. Mas continuemos.

A Madame 'Julia Carpenter' Teia já havia profetizado que a Rainha só morreria se o Homem-Aranha usasse o seu golpe fatal, usando os dois ferrões que saem dos seus antebraços. Mas Peter se recusou a matar qualquer ser vivo que seja a pouco tempo, mas Kaine não passou por tal dilema. Miss Marvel o arremessa em direção à Rainha, e usando a camuflagem sônica do seu uniforme, ele fica imune à sua arma mais devastadora e atravessa a garganta do monstro. Os Vingadores e os Jovens Aliados aproveitam para gastar todos os seus poderes no corpo combalido da Rainha, derrotando-a definitivamente.

O epílogo do arco rendeu uma história inteira, onde Peter encara as consequências de tamanha ameaça relacionada aos seus poderes. Além do fato de que todas as pessoas que voltaram ao normal ficaram nuas no meio da rua, incluindo aí a Carlie e sua tatuagem com o símbolo do Aranha, Misty Knight, Pantera Negra e Gavião Arqueiro encarando a nudez numa boa, Flama escondendo (mais ou menos) o rosto diante do Hércules pelado, a reunião das Armas Imortais da Cidade Mística de Kun-Lun, e outras cenas engraçadas, o Chacal reaparece oculto num caminhão, recolhendo amostras de dna da defunta Adriana Soria.


Kaine fica com o uniforme tecnológico, e pega um avião para destino ignorado. Tia May enfim parte para Boston com Jota, depois de criticar o excesso de medidas de segurança para pegar um voo doméstico nos EUA. Mas o mais estranho é Parker chegar ao seu apartamento e dar de cara com a Carlie, esfregando o seu segredo na cara dele. Ela deduziu que Peter é obviamente o Homem-Aranha, após usar os poderes aracnídeos com tanta desenvoltura tão rapidamente na frente de todo mundo.

Bizarramente, Peter vai tirar satisfação com seu colega Vingador, o Doutor Estranho (no meio da rua), pra saber porque que sua magia não deu certo - aquela de Um Momento no Tempo. Ele acaba tomando uma lição de Strange, porque ele expôs seus poderes abertamente e agora sua magia não vale de mais nada. Qualquer um pode descobrir sua identidade, desfazendo todo aquele papo do Joe Quesada, que agora não é mais o editor-chefe e deve estar querendo a cabeça do Dan Slott... Só falta Peter voltar para Mary Jane - que continua apaixonada por ele, que Um Dia a Mais também perderá o efeito.

Por último, Mary Jane, que não havia se transformado em aranha humana ainda, por ser praticamente imune aos poderes do Homem-Aranha por ter tido uma relação de anos com ele, recebe a vacina do próprio Peter, removendo completamente os últimos poderes aracnídeos remanescentes.


Com alguns furos que já citei acima, e com a sensação de que toda essa confusão foi para desfazer o efeito do Dr. Estranho e devolver o medo de perder a anonimato da identidade por trás da máscara, o corajoso, ousado, e por que não chamá-lo de maluco, Dan Slott conduziu dezenas de personagens sem correr muito com a história, mas usando-os para enriquecer todo o cenário que ocorria durante o ataque da Rainha Aranha. Humberto Ramos deu uma escorregada lá pelo meio do arco, mas a última parte ele não comprometeu. E Stefano Caselli desenhou o epílogo com muitas cenas engraçadas. Deixe também suas impressões do arco nos comentários abaixo, lembrando que o restante das histórias da edição de Homem-Aranha 135 (com 156 páginas) serão resenhadas durante essa semana e na próxima. Até lá!

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