terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Anthony Mackie esclarece seus comentários sobre o significado do Capitão América


Faltando poucos dias para a estreia de Capitão América: Admirável Mundo Novo chegar, o filme já se encontra no meio de algumas polêmicas e críticas mal intencionadas. Desta vez, foi por conta de novos comentários do ator protagonista Anthony Mackie que criaram uma onda de discussões online sobre o que é e o que não é ser o Capitão America.

Para aqueles que não acompanharam o que o astro da Marvel tem feito recentemente, o ator de Sam Wilson tem saído para fazer entrevistas para a imprensa sobre Capitão América: Admirável Mundo Novo. Durante uma de suas entrevistas mais recentes, Mackie falou sobre o que o Capitão América representa para ele, e isso gerou preocupação entre o público de que seu personagem não representa a "América". 

Vamos dar uma olhada no que Mackie realmente disse e como esses comentários não pretendem ser antiamericanos. Primeiro, vamos começar com o que Anthony Mackie disse.


"Para mim, o Capitão América representa muitas coisas diferentes, e não acho que o termo, você sabe, 'América' deva ser uma dessas representações", compartilhou o ator. "Tipo, é sobre um homem que mantém sua palavra, que tem honra, dignidade e integridade, alguém que é seguro e confiável."

Logo de cara, sempre que alguém conectado ao Capitão América — seja um ator, uma empresa ou um criador de histórias em quadrinhos — diz algo que parece ser anti-América, o discurso online decola. No entanto, se você cavar um pouco mais fundo, Mackie não estava falando sobre as palavras literais, mas mais sobre o que o Capitão América representa.

"É como um aspecto de um sonho que se tornou realidade", ele continuou falando sobre viver o papel. "Todos nós, como atores, queremos voltar àquele dia antes de alguém lhe dizer 'não'. Quando você olha pela janela e vê uma criança de cinco anos com um pedaço de pau, e ele está matando dragões para salvar a princesa na torre, a criança realmente acredita que há dragões lá fora, a criança realmente acredita que o pedaço de pau é uma espada, e ele está realmente tentando salvar aquela princesa. E então, um dia, alguém lhe disse: 'Não, não há dragões, isso não é uma espada, e aquela princesa não está lá.' E todos os seus pequenos sonhos foram destruídos, então, como ator, acho que nosso trabalho é voltar àquele dia em que vemos aquele dragão, e matamos aquele dragão para salvar aquela princesa, e foi isso que aquele filme foi para mim."

Obviamente, dado os contextos atuais, as palavras de Mackie foram direcionadas para uma interpretação enviesada por parte daqueles que já eram contra ele assumindo o manto do Capitão América e com isso ele foi as redes sociais se explicar:


"Deixe-me esclarescer sobre isso. Eu sou um Americano com orgulho e eu estou carregando o escudo de um herói como o Capitão é uma honra de uma vida. Eu tenho o maior respeito por aqueles que servem e serviram nosso país. Capitão tem características universais que qualquer pessoa no mundo pode se relacionar" postou o Mackie.

A questão toda aqui que faltou esclarecer (ou desenhar) para quem implicou com sua fala é que o Capitão América sempre foi um símbolo do ideal americano, mas não uma arma do governo. Isso foi já visto tanto nos quadrinhos por mais de uma vez como também já foi demonstrado nos filmes, exemplificado quando o Capitão se opôs aos Acordos de Sokovia em Capitão América: Guerra Civil,  que proibiram atividades de super-heróis que não fossem aprovadas pelo governo americano. Steve Rogers se opôs aos Acordos e se tornou um fugitivo em fuga, abandonando seu escudo vermelho, branco e azul e traje no processo. Ao seu lado estava Sam Wilson. Tanto Steve Rogers quanto Sam Wilson tiveram jornadas interessantes no Universo Cinematográfico Marvel. Ambos lutaram orgulhosamente por seu país, mas ambos encontraram uma encruzilhada quando tiveram que fazer uma escolha que ia contra os desejos da América.

Coveiro

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