sexta-feira, 9 de julho de 2010

Thor: Investigação Criminal

Thor, o deus do trovão. Filho de Odin e herdeiro de Asgard. Herói e campeão de seu povo. Traidor e assassino de inocentes? Quando estas assustadoras perguntas assolam a mente dos habitantes de Asgard, uma série de eventos são desencadeados a fim de respondê-las. Seria Thor culpado dos crimes de que o acusam? Se sim, como será punido? E, afinal de contas, de que crimes eu estou falando? Descubra tudo abaixo, junto do desfecho desta história mitológica, sem amarras cronológicas com a era super-heróica de Thor, publicada em Novos Vingadores 77.

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Chove sangue em Midgard, enquanto, nos céus, os deuses nórdicos travam uma longa e sangrenta guerra contra os gigantes de gelo. Uma guerra tão sombria que foi capaz de mexer com a cabeça de alguns dos maiores guerreiros de Asgard. Após nove meses, os gigantes se retiram do campo de batalha, o que pode significar rendição ou preparação para um ataque final. Balder, o bravo, exausto física e mentalmente, descansa em campo durante a retirada, e vê Thor golpear impiedosamente membros de seu próprio povo. Odin não acredita quando Balder conta a ele o que viu, e atribui a visão ao delicado estado mental do bravo, relembrando ainda que seu filho é o principal responsável pela derrota dos gigantes de gelo.

Naquela madrugada, as servas dos deuses preparam os tombados em combate para seu ritual de passagem a Valhalla, quando são atacadas pelo deus do trovão, que age de forma similar a em sua última aparição. Ao testemunhar o resultado de tal ataque, pela manhã, Odin ordena aos três guerreiros, Volstagg, Hogun e Fandral, que investiguem a culpa de seu filho e lhe tragam o descoberto em três dias. Eles obedecem, duvidando dos crimes do amigo. Hogun relembra que os maiores também tombam, e muitas vezes o simples fato de que são os maiores e toda a pressão envolvida é o que lhes faz tombar. Volstagg questiona se isto se aplicaria até mesmo a Thor.

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O trio entrevista uma jovem serva que sobreviveu ao mais recente ataque, e ela afirma que o furioso assassino era mesmo o deus do trovão. Passados dois dias desde que receberam a missão, os três guerreiros voltam a Odin e contam sobre o testemunho da moça, mas o senhor de Asgard desdenha da confiança da jovem e reforça sua falta de crença do testemunho de Balder, por conta de sua exaustão no momento do crime. Porém, os guerreirros ainda têm mais um argumento. Finn, um mago mortal que examinou os ferimentos das supostas vítimas de Thor, detectou uma impressão que só poderia ter sido deixada pelo uru, material do qual o mítico martelo Mjolnir é feito. Uma impressão perfeita, pura e forte. A arma do crime foi um martelo feito de puro uru.

Odin é, enfim, convencido da culpa do filho, e chora ao perceber isso. Ele fala aos três guerreiros que eles trouxeram evidências inquestionáveis, e que nunca os perdoará por isso, ordenando ainda que eles sumam de sua vista.

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O foco da história finalmente se volta para nosso duvidado herói, que senta-se numa taverna, e estranha os olhares lançados a ele, que agora, em vez de orgulho, respeito, ou até luxúria, demonstram confusão e medo. Um grupo enviado por seu pai e liderado por Balder chega para prendê-lo, mesmo que ele desconheça as acusações. Quando posto a par dos fatos, Thor amaldiçoa sua falsidade, junto com a daqueles seus normalmente companheiros.

Quando o jovem Vali sente-se ofendido por uma afirmação do deus do trovão e o ataca, a mínima esperança de que tudo pudesse ter sido resolvido sem violência é perdida, e o filho de Odin luta virtuosamente. Mas até ele há de cair. Destino que quase é concretizado, quando Volstagg, Hogun e Frandal intervém pelo amigo, o ajudam a virar o jogo e a fugir.

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Os quatro dirigem-se para as desoladas terras do extremo norte, onde Thor lhes agradece pela confiança. É quando Hogun explica que nenhum dos três acredita em sua inocência e que fizeram aquilo por lealdade e gratidão, sabendo que ele era culpado. O deus do trovão aceita a possibilidade de estar enlouquecendo e, segundo conselhos do guerreiro, parte para exílio eterno, a fim de domar os demônios que devem habitar sua mente.

Depois de andar sozinho por dois dias no deserto gelado, Thor arremessa seu martelo em uma pedra para extravasar as frustrações e, ao prender a atenção em Mjolnir, acaba tendo um tipo de epifania. Ele volta ao encontro dos três guerreirros, que, ao vê-lo, temem a morte. Mas o filho de Odin só quer contar-lhes o que percebeu: conforme lhe foi dito, sua supostas vítimas foram assassinadas por um martelo de puro uru. Mas acontece que, depois e tanto tempo e tantas batalhas, Mjolnir foi manchado e maculado, não é mais tão puro. Ele conclui perguntando retoricamente: quem tem a capacidade para criar um cópia perfeita de seu martelo? Perfeita e pura demais?

Thor


A cena agora mostra Nidavellir, lugar onde os exércitos dos gigantes do gelo e os dos anões, aliados, reunem-se e comentam com orgulho caminho para o sucesso que seu plano para livrarem-se de Thor e dizimarem os deuses está tomando. Mas sua alegria dura pouco, porque o deus do trovão e seus três companheiros chegam para fazer justiça, atacando-os com voracidade épica.

Os vilões soltam sua arma secreta, uma criação dos anões mais complexa que armas e jóias: o nosso assassino, uma cópia de Thor.

Thor


Ele conta que é um dos anões, e foi feito para ser como Thor e destruí-lo. Durante a curta batalha entre os dois, os companheiros de nosso herói alegram-se com a certeza de sua inocência, seu pai especula por que sente o chão estremecer, e os mortais de Midgard perguntam a seus profetas o mesmo a respeito dos céus. E, como sempre, a resposta está em outro lugar.

Thor

A justiça está feita e nossa história chega ao fim.


Léo

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