quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Retorno de Wolverine coloca Logan contra Daken e Ômega Red


*ATENÇÃO! Esse artigo contém spoilers do conteúdo da edição publicada nos EUA! Leia por sua própria conta e risco!

Após duas edições de lançamento já dá para termos uma ideia de qual é a proposta desse retorno e se pode falar com mais segurança o que se pode esperar do título. E uma das coisas que mais chamam atenção nessa minissérie é a arte de Steve McNiven, que ele ficou com um estilo que é uma grande referência a um artista que também fez um arco com muita ação e senso de perigo imediato, Barry Windsor-Smith.

Indo para a história, a primeira edição nos apresenta um Wolverine já com suas garra incandescente e em meio a um lugar que era um laboratório e que foi explodido para acabar com ele. Quando ele encontra uma pessoa que poderia lhe dar informações de quem ele seria e o que aconteceu que o levou até aquele caos, alguém solta uma granada para mais uma explosão. Após isso, um tigre dentes-de-sabre avança sobre ele, em meio as chamas e o faz liberar um lampejo de memória, que é o rosto da Kitty Pride. Após ser salvo por um mamute (gente... é isso mesmo, esses bichos estavam trancados no local), Logan sai da caverna, ouvindo vozes do que parece ser suas personalidades, sugerindo que ele faça algo, como herói que ele é.

Fora da caverna, ele avista os responsáveis pelas explosões e vai atrás deles até uma base. Lá, um dos soldados na guarita, após atirar em um inocente, tem ordens para atirar em Logan, que estava de moto. Após o Logan se desviar do tiro e atirar de volta, descobrimos que o atirador na guarita é ninguém menos que Ômega Red e parece que ele está mexido também, como se fosse um robô. O novo tiro do vilão é certeiro, derrubando Logan, o deixando inconsciente.


Enquanto fica inconsciente, na mente dele vemos a vilã que será a pedra no sapato dele, apresentar uma prisão onde estão trancados todas as suas lembranças e sentimentos, do programa Arma-X a suas últimas lembranças como herói e Vingador. Perséfone entrega a chave que destranca qualquer uma das portas e libera a personalidade ou sentimento que ele deseja imperar no momento. E temos uma parede, onde a Persefone diz que é bom ele não liberar. E quando questionada pelo Logan de que ele ouviu da boca de um pesquisador de que ela não era confiável, ela diz que foi ela que o trouxe de volta a vida.



Quando o canadense desperta, uma pesquisadora o pede para tirá-la de lá e salvar seu filho, levado pelo pessoal da Soteira. Logan aceita, só que ele menciona que o corte que tem no abdômen é o único que não está fechando. Ela o leva para um local para fechar o curativo e nesse momento ela fala do local, que é da Soteira, e diz que Persefone é a cabeça da organização e que ela é o demônio. E é nesse momento que vemos pela primeira vez, Wolverine que o tal uniforme negro, que realmente é um uniforme temporário, que tem as marcas da Soteira.


Na segunda edição, já vemos Wolverine e a cientista que se identificou como Ana, seguindo a embarcação com membros atiradores da Soteira. E em um momento em que eles se distraem conversando um com o outro, dois dos atiradores, um deles o Ômega Red, saltam do barco em direção ao mar para abordar o canadense e a cientista.

E como supressa para eles, surgem no barco e vemos mutante com os seus tentáculos e o outro, com duas garras projetadas (ficou fácil de adivinhar quem era o outro, né?). Quando o Wolverine tenta ficar na frente da cientista como escudo, ela surpreende e atira um arpão na cara do Ômega Red, para um nova surpresa para o baixinho.

E é esse momento que fica interessante. Durante o ataque, Logan rasga a roupa do outro oponente e vê as tatuagens, que fazem ele ter um lampejo de memória e seu filho Daken, que está em uma das celas, que agora sabemos que se trata de uma memória presa. E isso aciona o gatilho para as garras ficarem incandescentes.


Então, Wolverine usa vantagem nisso e esguicha gasolina por elas em direção ao Daken, que descobrimos que ele está mesmo todo zumbi. Nessa hora, o baixinho esquentadinho (literalmente) agarra o oponente e o arremessa ao mar.

Após essa ação toda, vemos que Jean Grey usando o Cérebro acaba de avisar para a Kitty que ela localizou Wolverine.


A próxima edição já vai ser o encontro dos X-Men com seu velho colega, amigo, parceiro e mentor que tanto acreditaram estar morto e agora está de volta... e muito esquentado! 

Como havia dito antes, tirando o roteiro que funciona muito bem nessa minissérie, a arte do Steve McNiven surpreende, mas não que seja realmente o McNiven como conhecemos e sim, por ele estar simulando tão maravilhosamente bem a arte de Barry Windsor-Smith. Entretanto, a qualidade não é mantida com a chegada da arte do Declan Shalvey, que é bastante simples, e Laura Martin, uma colorista de nome, não parece estar muito empolgada também e não acrescenta qualidade, para suprir a simplicidade no traço do artista e criar uma colorização mais elaborada, para manter, pelo menos, um conceito visual na minissérie, já que temos o McNiven na primeira edição.

Mesmo a próxima edição tendo a arte do Shalvey, a minissérie no todo pode sofrer com uma boa unidade em matéria de arte, apesar que a história compensa muito ser lida. A narrativa flui bem e não traz contextos complexos, apenas recursos narrativos para manter a atenção do leitor para o desdobramento dela, que pode ser bem interessante.

O Retorno de Wolverine 2 já se encontra a vendas nos EUA e a terceira edição foi adiada para ser lançada dia 28 de Novembro, enquanto que a quarta edição foi adiada em 4 semanas da data original, prevista para só em 16 de Janeiro de 2019. Todas as edições ilustradas pelo próprio Declan Shalvey. Mas será que o atraso é dele, ou isso foi uma jogada da Marvel para cobrir um possível atraso do artista Steve McNiven, que não é conhecido por cumprir prazos?

Marcus Pedro

comments powered by Disqus