É uma noite chuvosa em Manhathan. Duas gangues trocam tiros em uma perseguição de carros. Ambas não notam que alguém está à espreita. Uma pessoa que sabe que é a única para cuidar daquilo, pois monstros gigantes, mutantes malignos, invasores alienígenas e supervilões de quinta já ocupam os outros salvadores do mundo. Então alguém tem que fazer a parte divertida. Essa é a estréia da nova série do Cavaleiro da Lua, na 1ª edição de Marvel Action.
Em seguida, o Cavaleiro da Lua desarma violentamente um dos criminosos, e pensa nos seus tempos nos Vingadores da Costa Oeste. De como para ser levado a sério na cidade de Nova York é bem mais difícil sem ter sido membro dos Vingadores. Esse pensamento o faz lembrar do Gavião Arqueiro, que zombava dele por usar branco durante a noite. Enquanto desarma o último bandido ele lembra que não usava branco para se esconder, e sim para que o vissem chegando, para que soubessem quem ele era.
O último criminoso fica com tanto medo do Cavaleiro que tenta se matar. O vigilante o detém, lembrando a outra razão que o impede de mudar de uniforme. Um sacerdote não muda as cores do hábito, usa-o com orgulho a serviço de seus deus. Com os bandidos nocauteados, o "Luacóptero" aparece para levá-lo e o vigilante lembra que até o formato de sua nave foi em louvor ao seu senhor, a Khonshu, em agradecimento por torná-lo sua espada vingadora.
O Cavaleiro da Lua chega a conclusão que não é para trabalhar em equipes, mas que nem por isso está sozinho. Tem seu amigo e ajudante, o Francês, e tem, principalmente, o amor de Marlene. E noite após noite ele tem seu trabalho a fazer. A cada noite uma nova chance. Uma nova chance. "Por favor, me dê uma nova chance, Khonshu, de ser um herói."
Nesse momento a história dá uma virada completa. Tudo até o momento eram apenas lembranças de tempos mais gloriosos, pois atualmente Marc Spector, outrora o Cavaleiro da Lua, é um homem derrotado. Confinado a uma cadeira de rodas, entregue às bebidas e amargando uma terrível solidão, nada mais resta do orgulhoso herói de outros tempos, nada resta a não ser as lembranças.
Lembranças essas que mudam agora. E vemos partes do que aconteceu com Marc. Os joelhos terrivelmente machucados como Cavaleiro da Lua o jogam numa cadeira de rodas. Os remédios, as bebidas e a estátua de Khoshu coberta são os indícios iniciais da derrocada. O Francês vai embora e Marlene se entrega às lágrimas. O relacionamento afunda de vez com Spector esbofeteando-a.
O ex-vigilante dirige-se até a estátua de Khonshu, a descobre e cospe em seu rosto. No presente ele faz o mesmo, mas implora "Eu nunca pedi pra ser herói...mas, por favor, me deixe ser um herói outra vez."
Assim termina a primeira parte do arco O Fundo do Poço. Escrito por Charles Houston e David Finch (Novos Vingadores), o arco mostra o retorno do herói após muito tempo longe das bancas.
A grande pergunta que deverá ser respondida: Por que Khonshu tirou tudo de Marc Spector?
Eddie