quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Seu nome é Loki... Agente Loki...


Conhecido por todos pelas suas mentiras, Loki é provavelmente o mais clássico vilão de Thor e também dos Vingadores. Ardiloso, ele tem o dom de ludibriar tudo e a todos a seu favor. Chega ao ponto de enganar a si mesmo, reinventar sua história e deixar até mesmo de ser o vilão que estava destinado a ser por mero joguete. Assim, surgiu o pequeno Loki, sua forma renascida e destinada a mudar tudo e não ser o que é. Este jovem Deus da Mentira foi herói mesmo quando ninguém acreditava e fez inclusive parte dos Jovens Vingadores. Agora, em sua forma adolescente, a pedido das Grandes Mães, ele será o Agente de Asgard.

Temos então um prólogo que acontece na revista especial do All New Marvel Now. O jovem Loki precisa recuperar cinco chaves asgardianas em diferentes pontos. No planeta Pecado, ele ganha a primeira chave, a da Runa das Jornadas, num jogo de apostas. A segunda ele rouba do Caveira Vermelha, a que tem a runa da resistência. A terceira ele furta da S.H.I.E.L.D e ela é a Runa dos Segredos. A quarta está na Academia Braddock, de posse da elemental Meggan desde que ela voltou do Inferno, é a da runa dos Novos Inícios. Por fim, a quinta e última, ele recebe de Thor, pois está é a da runa da Irmandade.

De posse das cinco chaves, Loki sobe a mais alta montanha para abrir o baú criado por Odin e nele está a espada Gram, a arma que outrora foi do primeiro guerreiro de Asgard, Sigurd. E com consentimento das três Mães, ela será a espada de Loki, o Agente de Asgard. E a cada missão cumprida pelo Jovem, um pecado a menos do velho Loki será descontado.


Na primeira edição, temos já de cara a primeira missão do Deus da Mentira. De posse das botas de sete léguas e do casaco de invisibilidade de Svartalfheim, Loki invade a Torre dos Vingadores. Lá ele é atacado pelo irmão, seguido do restante do Vingadores, mas sendo o Príncipe dos engodos, Loki facilmente consegue enganá-los. Dali, ele invade os computadores da Torre e apaga os registros do seu antigo "eu". Todavia, sua verdadeira missão ali era outra. Ele estava ali para exorcizar uma espécie de essência maligna que havia dominado Thor (que decerto estava agindo muito estranho naquele dia). No fim, tudo se resolveu como esperado - Thor voltou  a ser como era, Loki escapou facilmente da Torre e as Grandes Mães receberam a essência maligna que procuravam. E na ausência de Loki, descobrimos que aquela essência era ninguém menos que... o velho Loki... um inusitado convidado das Mães.

O próximo capítulo das desventuras do Jovem Loki nos leva a sua segunda missão dada pelas mães - recapturar Lorelei. Para os que não lembram, ela é a irmã mais nova de encantor, ex-amante de Thor e Loki nas memoráveis histórias dos anos 80 escritas por Walter Simonson. Desde que Asgard ressurgiu na Terra, o paradeiro de Lorelei era desconhecido, mas aqui descobrimos que ela se tornou uma ladra astuta. Num primeiro movimento, Loki impediu que ela realizasse um grande assalto a um cofre. Com o roubo frustado, restou ela tentar conseguir dinheiro arrumando um homem ricaço que lhe cobrisse os gastos mais imediatos. Foi assim que, perseguindo ela num desses eventos de encontro rápidos de casais, Loki conheceu Verity Willis, a midgardiana que sempre descobria a mentira dos outros. É uma moça encantadora para alguém como Loki.


Numa terceira parte, é a vez de voltarmos as atenções para o Velho Loki recém-surgido e suas verdadeiras intenções ali. Mais uma vez, vemos que o Deus da Mentira vai ao passado para manipular sua história. Desta vez, ele vai até o jovem Odin Borson e o segue numa aventura que o coloca em conflito direto com os irmãos Fafnir e Regin após descuidadamente eles matarem o irmão dele, Lotr. Numa verdadeira epopeia recontando a origem de um dos mais clássicos vilões de Asgard, Fafnir (ou um dos Fafnir, melhor dizendo) , temos mais uma vez Loki modelando as tramas do destino ao seu favor.

Descobrimos como Sigmurd, o primeiro dos guerreiros de Asgard, conseguiu sua longevidade e sua espada Gram, tecida pelo próprio Regin para se vingar do amaldiçoado Fafnir. Apesar dos grandes feitos, a espada foi deixada para trás quando Sigmurd decidiu abandonar Asgard e viver na Terra (Lembra-se dele no crossover com os Novos Mutantes?). Uma vez construída a espada graças ao quebra-cabeça montado por Loki, o velho Deus da Mentira visitou mais uma vez o Jovem Odin fazendo-o prometer que criaria uma cofre com cinco chaves para só ser aberto no futuro pelo seu segundo filho, um filho que também se chamaria Loki. E assim foi formado mais uma vez um ciclo.

Por fim, temos em um quarto capítulo dessa jornada com a volta de Sigmurd, descobrindo que sua espada fora roubada por Loki. Sigmurd segue Loki até o apartamento de Verity para roubar o que era seu e assim se inicia um conflito entre os Deuses. O Deus da Mentira, agora de posse da espada Laevateinn, e com uma ajudinha de suas botas mágicas até que consegue dar conta de Sigmurd... por alguns segundos a mais.


Assim que detém a espada, Sigmurd vai até o topo de uma montanha no Tibet encontrar Kaluu, o Mestre da Magia Negra, para realizar um pedido. Ele quer entrar na Roda da Fortuna, o unico jeito de sendo um Deus recomeçar como outra pessoa e fugir de seu destino e da perseguição das Valquirias. Com o trato feito, Sigmurd acaba sendo surpreendido pela verdadeira face de Kaluu como sendo Mephisto. O que ambos não contavam era com a intromissão de Loki. Sem Mephisto perceber, Loki mudou o acordo que Mephisto preparara pra fechar com sangue. Assim, Sigmurd estava livre do inferno de Mephisto, mas não escaparia das prisão em Asgardia por ordem das Grandes Mães.

E antes de encerrar, o Jovem Loki reúne um time de peso para uma nova missão - Verity Willis, Lorelei e o próprio Thor - serão os Agentes de Loki.


O que temos aqui são histórias surpreedentes, que pensei que só veria nas mãos de Kieron Gillen, mas continuam sendo muito bem executadas por Al Ewing. O plano maior de tudo isso ainda não está completamente desenhado na cabeça dos leitores, mas dá pra perceber que o novo roteirista fez bem o dever de casa ao colocar as traquinagens deste novo Loki sempre com intenções maiores e planificadas. Acompanhando Ewing, Lee Garbett faz uma arte espetacular, num tom jovial e cheio de referências pop. É mais uma vez uma surpresa ter Loki como protagonista num titulo tao bom. De alguma maneira, o Deus da Mentira esta nos enganando direitinho e fazendo gostar dele. E que bom!

Os resumos aqui postados encontram-se nas edições 1 a 4 de Vingadores: Os Mais Poderosos Heróis da Terra.

Coveiro

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