De casa nova desde abril, o último grande arco das histórias de Thor, o Deus do Trovão foi publicado na revista Vingadores: Os Heróis Mais Poderosos da Terra desde a sua estreia até a edição #6, parte do checklist de setembro. Recorrendo a um aspecto bastante explorado atualmente no universo cinematográfico da Marvel, o roteirista JASON AARON mescla todo o misticismo e caráter épico do mundo de Thor com elementos tecnológicos e questões mundanas, colocando o deus do trovão frente a frente com a ameaça ecológica representada pela megaempresa Roxxon.
Ainda recorrendo a idas e vindas no tempo, jogando com o futuro em que um envelhecido Thor precisa lidar com o que restou do planeta Terra, Aaron introduz um personagem quase típico no presente. O empresário Dario Agger, a frente das ações da transnacional Roxxon tem tudo de pior que pode se esperar desse tipo de figura. Falar de falta de escrúpulos nem começa a explica-lo. Como sua antagonista, uma agente da SHIELD, Rosalind “Roz” Solomon, preocupada com os danos à natureza gerados pelos empreendimentos da Roxxon liderados por Agger.
No meio disso tudo, o deus do trovão, que de imediato não compra o cinismo de Agger, mas que precisa, ao longo de toda a história, lidar com o uso ostensivo que ele faz da imprensa e de desvios legais para realizar as barbaridades em nome do puro ganho pessoal a partir da flutuante “Ilha Roxxon”.
Agger é, portanto, um “vilãzão”. Preto e branco. Não tem cinza com ele, ainda mais quando percebemos os laços com o misticismo em um de seus rompantes de agressividade.
A história segue – com um nítido salto no tempo após o período de Thor com os Vingadores no espaço durante a saga Infinito -, e o deus do trovão se depara com a didade de Broxton, em Oklahoma, totalmente tomada pela Roxxon. Aliado aos trolls do mundo asgardiano, Agger sabe como provocar Thor, que acaba precisando de Roz como sua âncora para além da pura fúria e violência. É ela que faz com que o deus do trovão não haja com violência extrema, exatamente como o ganancioso empresário faz.
E a história no futuro longínquo? Em uma frase: o velho Thor e suas três netas contra um decadente e esfomeado Galactus. Está bom assim? Prepare-se para cenas épicas e para o velho deus do trovão recorrendo às armas do Açougueiro dos Deuses em uma desesperada tentativa de vitória. Tudo no traço de ESAD RIBIC, que, aliás, continua arrebentando nessa fase do Thor.
De volta à história central, o grande destaque fica por parte da agente Roz Solomon, uma personagem mais carismática que o próprio Thor na luta contra Agger.
O monstruoso empresário, aliás, não sai tão derrotado assim, dando gosto amargo à vitória do vingador. Broxton destruída, implicações legais pela participação de Thor nos acontecimentos, Agger livre. Além de uma participação especial da adoentada Jane Foster (e de AUGUSTIN ALESSIO na arte), a última parte da história indica um epílogo melancólico mas ainda em aberto sobre o destino dos personagens envolvidos, assim como lança um mistério deixado no ar no futuro distante. Mais uma vez coroando o trabalho de Aaron com o deus do trovão, restando amarrar as últimas pontas antes dos efeitos de Pecado Original derrubarem o mundo de Thor e dos asgardianos.
João
Ainda recorrendo a idas e vindas no tempo, jogando com o futuro em que um envelhecido Thor precisa lidar com o que restou do planeta Terra, Aaron introduz um personagem quase típico no presente. O empresário Dario Agger, a frente das ações da transnacional Roxxon tem tudo de pior que pode se esperar desse tipo de figura. Falar de falta de escrúpulos nem começa a explica-lo. Como sua antagonista, uma agente da SHIELD, Rosalind “Roz” Solomon, preocupada com os danos à natureza gerados pelos empreendimentos da Roxxon liderados por Agger.
No meio disso tudo, o deus do trovão, que de imediato não compra o cinismo de Agger, mas que precisa, ao longo de toda a história, lidar com o uso ostensivo que ele faz da imprensa e de desvios legais para realizar as barbaridades em nome do puro ganho pessoal a partir da flutuante “Ilha Roxxon”.
Agger é, portanto, um “vilãzão”. Preto e branco. Não tem cinza com ele, ainda mais quando percebemos os laços com o misticismo em um de seus rompantes de agressividade.
A história segue – com um nítido salto no tempo após o período de Thor com os Vingadores no espaço durante a saga Infinito -, e o deus do trovão se depara com a didade de Broxton, em Oklahoma, totalmente tomada pela Roxxon. Aliado aos trolls do mundo asgardiano, Agger sabe como provocar Thor, que acaba precisando de Roz como sua âncora para além da pura fúria e violência. É ela que faz com que o deus do trovão não haja com violência extrema, exatamente como o ganancioso empresário faz.
E a história no futuro longínquo? Em uma frase: o velho Thor e suas três netas contra um decadente e esfomeado Galactus. Está bom assim? Prepare-se para cenas épicas e para o velho deus do trovão recorrendo às armas do Açougueiro dos Deuses em uma desesperada tentativa de vitória. Tudo no traço de ESAD RIBIC, que, aliás, continua arrebentando nessa fase do Thor.
De volta à história central, o grande destaque fica por parte da agente Roz Solomon, uma personagem mais carismática que o próprio Thor na luta contra Agger.
O monstruoso empresário, aliás, não sai tão derrotado assim, dando gosto amargo à vitória do vingador. Broxton destruída, implicações legais pela participação de Thor nos acontecimentos, Agger livre. Além de uma participação especial da adoentada Jane Foster (e de AUGUSTIN ALESSIO na arte), a última parte da história indica um epílogo melancólico mas ainda em aberto sobre o destino dos personagens envolvidos, assim como lança um mistério deixado no ar no futuro distante. Mais uma vez coroando o trabalho de Aaron com o deus do trovão, restando amarrar as últimas pontas antes dos efeitos de Pecado Original derrubarem o mundo de Thor e dos asgardianos.
João