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Leitor antigo já conhece bem como funciona. Apesar do título que leva, o Capitão América nunca foi apenas um cego patriota pau-mandado. Inúmeras vezes ele já se opôs a decisões do governo em prol de questões maiores. A política sempre esteve ali na trama principal e agora que Sam Wilson é o novo herdeiro do escudo, isso não podia ficar de fora. Com isso, o Newsarama fez uma excelente reflexão sobre Capitão America: Sam Wilson #1, que chegou nas lojas esta quarta. Veja alguns pontos levantados pelo site que trazemos para vocês:
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Sam sempre foi um alicerce para questões sociais na revista. Algo que vez ou outra até colocava ele e Steve em conflito. Agora que simboliza todo o pais, o que se passa na cabeça dele? Bom, esse primeiro volume assinado por Nick Spencer mostra como a chegada de um roteirista competente pode enriquecer pra valer uma história.
Em monólogo reflexivo, Sam se questiona neste papel. "Eu tenho um lado. É isso. Tenho opiniões. Crenças fortes. E basicamente é isso - quanto mais vejo as pessoas eu acredito que eu deva estar andando ao lado delas - quanto mais eu ouço essa máquina barulhenta rangendo sobre intolerância e medo. Aprofundando o senso comum - quanto mais eu anseie isso - não deveria ser o Capitão América mais que um símbolo?" coloca ele.
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A história toca em temas políticos evidentes , desde afiliações partidárias a políticas raciais. Inclui até questões sobre a SHIELD estar usando - ou abusando na Visão do Sam - de seu poder. É quando ele para de trabalhar pro governo e para a SHIELD, e passa a ter sua própria agenda e lidando ameaças segundo suas crenças.
De fato, nada tão inédito assim aqui. Steve Englehart e mesmo Ed Brubaker tiveram sua dose de criticas a posturas atuais de representantes de seu governo em suas fases. Mas é notório que Spencer está dando muito mais voz a Sam do que Rogers anteriormente. E isso inclusive é discutido dentro da própria história.
"Steve sempre tentou estar acima disto tudo, e eu o respeito muito por isso. Ele bateu de frente quando precisou bater de frente, mas sempre bem distante da política" disse Sam em dado ponto. "Mas se eu acredito que poderia fazer alguma diferença, se eu acredito mesmo que posso mudar algumas cabeças, não seria obrigado tentar?" Assim, Sam Wilson faz uma declaração pública se desvinculando do Governo, mas lutando pelo povo e convocando o cidadão a também lutar pelas injustiças em sua vizinhança e expor tudo.
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Apesar de bem visto por parte da populaçao, a imprensa americana, é claro, caiu matando:
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E é claro que a SHIELD também não veria isso com bons olhos. Mas os vilões também se aproveitariam disso. É claro que Sam acabou ganhando um apelido pejorativo de "Capitão Socialista" ao defender imigrantes mexicanos de um ataque dos Filhos da Serpente.
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A edição culmina com a chegada de Steve Rogers, agora apenas um velho comandante da SHIELD, dando voz de prisão a Sam na fronteira do México.
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Obviamente, as repercussões disso vão longe e dá pra ver que a primeira impressão dos leitores americanos é de torcer o nariz. Mas assim foi diversas outras vezes no passado quando o dedo tocou a ferida na época e hoje são clássicos, o material que o Nick Spencer entrega hoje é evidentemente superior (Não que precise de muito esforço depois da fase do Remender).
Temos um ano conturbado politicamente nos EUA e o reflexo de tudo isto está aí. De discursos xenofóbicos vindo de pessoas públicas a revoltas por questões raciais em Baltimore, isso tudo é relevante demais para ficar de fora de algo tão potencial como esta fase do Sam como Capitão. E eu não vejo atualmente mãos mais competentes para isso do que Nick Spencer. Vai ser um material que vai gerar discussões. E que bom.
Coveiro