domingo, 27 de setembro de 2020

O que rolou em VENOM? De ilha a outro universo...

Já faz um tempo em que falamos sobre os eventos da revista mensal do Venom por aqui. Agora que está saindo a Carnificina Absoluta no Brasil, destaque das histórias do personagem simbionte em 2019, e estamos rumando para a saga King in Black em Dezembro, é mais que hora de atualizarmos o que rolou com o personagem. E como citamos no nosso último resumo, Eddie Brock estava rumando sozinho para um lugar isolado chamado Ilha dos Ossos. Lá, ele pretendia dar um fim completo a parte "Carnificina" que se vinculou ao seu simbionte.

O arco Ilha Venom vai da edição 21 a 15, com Donny Cates sendo acompanhado pelo célebre Mark Bagley. Começa bem num estilão "Predador". Assim que derruba o avião no lugar, o fogo separa Eddie do simbionte e as referências são óbvias com o filme - a luta do homem contra o alienígena. Eddie conhece o lugar de outros tempos, tem bunkers e armas de fogo o suficiente para dar trabalho ao simbionte. Do outro lado, o alien - muito mais poderoso do que quando era apenas Venom - consegue infectar todos os animais da Ilha dos Ossos e usar como seu exército. A briga é coisa de cinema, tão brutal que Eddie chega a decepar a própria mão quando em dado momento ele é parcialmente infectado de novo pelo alienígena.

Enquanto Brock está lá, Dylan fica sendo cuidado pela Liz Allen e divide o quarto com o pequeno Normie. Seus pesadelos com Knull são mais constantes e reais. Para nossa surpresa, ele guardou e mantem escondido um pedaço do simbionte do Carnificina. Dylan quer entender mais a natureza de seus poderes em relação ao simbionte, parece que ele não só é capaz de infectar os aliens como consegue ter algum contato a distância com a 'mente coletiva' do Codex. Seu atual protetor, Sônambulo, que toma a forma de um gato, é bastante reticente com o fato do menino manter um pedaço do simbionte e ficar realizando experiências perigosas com ele.

Lá para o meio da história na Ilha, Eddie consegue seu intento de atingir feio o simbionte. Ele sobe até a torre de comunicação mais alto do lugar atraindo a criatura e quando ela praticamente o envolve por completo, ele toca em um ferro e causa um baita choque eletrico em si. Foi o suficiente para separar Venom do Carnificina. Meio atordoado ainda do choque, Eddie tem a impressão de que é resgatado pelo Capitão América antes do bandeiroso dar ordem para explodir toda a ilha e matar todo resquício de simbionte do lugar. De volta aos EUA, desperta bem no meio do que seria a invasão de Knull. Mas era tudo um sonho.

Eddie ainda estava na ilha. Tinha acabado de levar o choque e para seu azar o simbionte Carnificina chegou primeiro ao seu corpo ao invés do Venom. De alguma forma, mesmo tão longe, Dylan conseguia enxergar o que tinha acontecido com seu pai e usando seus poderes ainda misteriosos entra em contato com o simbionte Venom. De um jeito inesperado, o garoto consegue controlar 'remotamente' o simbionte, vinculá-lo a um dinossauro da ilha e usar a criatura para salvar seu pai. Sim, temos uma inspiração total naquela cena do Velho Logan aqui.


Enquanto ocorre o embate no meio físico entre os aliens, Dylan consegue mentalmente falar com seu pai preso no corpo do Carnificina. O garoto revela a Brock os poderes que escondeu, mas que ainda não consegue controlá-los inteiramente. Nessa hora, um resquício mental do Cletus Kasady ataca a mente do garoto e o expulsa de lá. No mundo físico, o pedacinho do simbionte vermelho começa a tentar dominar Dylan enquanto que o Sonambulo tenta o salvar. Daí, Dylan aciona mais uma vez seus poderes e consegue expurgar o pedacinho que infectava em seu corpo. Ao mesmo tempo, na Ilha dos Ossos, o simbionte carnificina é desintegrado deixando o corpo de Eddie livre. Apenas um pedacinho escapou para o oceano, infectou um tubarão e ficou para contar outra história depois.

Eddie finalmente pode se unir ao seu velho companheiro Venom mais uma vez. Foi resgatado de verdade pelos Vingadores e pela primeira vez contou toda a história de Knull para a equipe. Curiosamente, o Thor também conhecia a ameaça (afinal, ele agora está sendo escrito por Donny Cates em sua mensal). Uma página dupla revela inclusive acontecimentos por vir ainda nas histórias.

A partir da edição #26 temos um começo de um novo arco chamado Venom Beyond, onde a Marvel fazia mistério sobre a chegada de um novo inimigo pra Brock. Nessa história, depois de muito procurar, Eddie e Dylan finalmente encontram o novo esconderijo do Criador, o Reed Richard nada altruista do universo ultimate. E ele tem uma novidade, está vinculado ao seu próprio Venom, do seu universo Ultimate (que como sabemos ele vem guardando consigo faz um tempo). A princípio, a reação de Brock é atacar o Criador, mas ele o afasta e revela que aquela seu simbionte é bem diferente do deste universo, nenhuma origem alien, puramente produto de um laboratório.

A conversa entre os três é subitamente interrompida pela chegada de um atacante surpresa. O sujeito se denomina de Vírus, está armado com várias tecnologias velhas misturadas do Máquina de Combate e Duende Verde, mas mantém uma marca de aranha amarela no peito. No meio do combate, a máquina de portal interdimensional do Criador é atingida pela explosão de uma bomba-abóboda. Descontrolada, ela suga o Reed malvado, Venom, Dylan e o Vírus para uma outra realidade. 

É o universo 1610. Mas talvez não exatamente o que conhecíamos. Ou no tempo em que o deixamos. O lugar é arrodeado por estranhas marcas vermelhas que lembram o símbolo do Venom. Os Vingadores que aparecem para ajudar são versões estranhas dos personagens, todos também com a marca aracnídea no peito. Não só isso, todos ali são na verdade simbionte e citam como sendo soldados de um grande líder chamado Codex.

Enquanto os Vingadores se ocupam de tentar deter o Vírus pelo uso não permitido de armas anti-simbiontes, Brock consegue arrastar Dylan pros esgotos e se esconder. Lé embaixo, ele se depara com a resistência ao governo local daquela Terra - o Agente Venom. Só que engana-se quem pensava que encontraria o Flash Thompson debaixo daquele uniforme. Naquela Terra, Eugene morreu era o ex-presidente que morreu tentando impedir o Codex. Ali estava na verdade era Annie.

A edição 28 de Venom que saiu na última semana vem para explicar tudo o que aconteceu de diferente nesse universo, que não parece ter muita relação ainda com aquele que conhecíamos. Eddie Brock nunca foi Venom dali, mas sim se matou naquela igreja antes de ter contato com o simbionte alienígena. No seu lugar, foi Annie a contaminada ao visitar o lugar após o suicídio do marido. Ao seu lado, para lutar contra o Codex, ela reuniou os humanos que já tinham experiência com simbionte pra formar sua tropa - Peter Parker (de bigode), Cletus Kasady (que é bonzinho), Wade Wilson (maluco como sempre) e a Andi Benton (que na nossa realidade foi a Mania). A conversa nos esgotos não dura muito, pois simbiontes são enviados pelo CODEX pra caçar a resistência e o Deadpool decide se sacrificar do jeito maluco dele pra salvar o resto.



Enquanto tudo isso rolava, o Codex está junto com o Doutor Octopus daquela realidade estudando seu novo prisioneiro, Vírus. É finalmente revelado pra gente que ele era o MacGargan que estava caçando Brock pra se vingar de ele ter sido responsável indireto de deixá-lo paralítico. Codex, por sinal, ao ouvir o nome de Brock reage de forma intempestiva. No fim, ele decide dar um upgrade a MacGargan para juntos eles caçarem o seu objetivo em comum - Venom. É quando MacGargan finalmente ganha sua própria versão de simbionte alienígena e dá seu toque especial no visual, virando assim um NOVO ESCORPIÃO.

Mas a edição não acaba ainda com as surpresas. Ao fugirem, Annie e os demais vão até o laboratório de Reed Richards. O velho cientista que parece um tanto maluco, se assombra ao conhecer Dylan Brock. Afinal, naquele mundo, Dylan Brock É o Codex.

Elogiar o trabalho de Donny Cates aqui é chover no molhado. O cara foi uma das melhores novas aquisições da Marvel nos últimos anos. Nesses dois arcos aqui resumidos, temos histórias divertidas de ler e a única coisa que pecou mesmo foi a parte visual.  Em Ilha Venom, o traço de Mark Bagley não combina, era melhor ter buscado um artista mais fotorealista pra dar o devido impacto cinematográfico a história. Já em Venom Beyond, a história até vai muito bem enquanto tem o Iban Coelho. Mas quando passa pro o universo 1610 com arte de Juan Gedeon, é de torcer o nariz. Só o roteiro muito bom nos prende e deixa com aquela vontade de ler logo as duas edições finais. Por sinal, Venom Beyond é o último arco antes da chegada de Knull na Terra. Então, ter aqui algumas revelações do potencial do Dylan do futuro como Codex pode nos entregar uma boa ideia do que vem aí na minissérie.

Coveiro 

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