sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Empyre: A missão da nova acusadora, a Capitã Marvel

Nas páginas da minissérie principal de Empyre você viu Carol Danvers herdar a arma universal de Ronan e se tornar a nova acusadora do recém criado Império Kree-Skrull. Já nas páginas de sua revista mensal, você verá que as repercussões da série na vida da Capitã Marvel são bem maiores do que isso. E temos mais uma revirada sutil no passado da heróina. 




Alheio a todo o conflito com os Cotatis, o Imperador Dorrek IV decidiu que era prioridade da sua nova acusadora resolver uma questão sutil em outro planeta bem longe da Terra. É quado ela parte para o planeta Mar-Da'en, onde foi criada a primeira cidade onde os dois povos Krees e Skrulls tentarão viver em paz e harmónia, K'in-Al. Ou era essa a intenção antes de o lugar sofrer um grande atentado, matando milhares das duas espécies e deixando para trás só as ruinas. Há uma só pessoa suspeita, que aparentemente sobreviveu ao atauqe e continua perambulando por lá.

Com sua nova arma, a Capitã Marvel consegue as primeiras pistas atrás da suspeita, uma guerreira Kree de porte imenso e grande guerreira. A briga certamente seria difícil entre as duas, mas a alien resolveu entregar assim que soube que era Carol Danvers ali. Ela era Lauri-ell, se declarava inocente e para surpresa da Capitã Marvel, ela era "filha" de Mari-ell. A guerreira era justamente fruto de uma cruza genética do DNA de dois grandes soldados Krees, um deles era a mãe de Danvers. Ou seja, Carol e Lauri-Ell eram irmãs.



Abalada com a descoberta de sua meia-irmã, a Capitã Marvel estava decidida a tentar investigar melhor o acidente em K'in-Al e por isso decidiu levar Lauri-ell a Terra em segurança. Isso obviamente deixou o Imperador Hulking muito irritado, que lembrou a Carol Danvers quão frágil era a aliança Kree-Skrull no momento. Enquanto a Capitã Marvel estava fora fazendo suas investigações em Mar-Da'en, houve o ataque Cotati em massa na Terra e Lauri-Ell junto com o felino Chewie apareceram pra defender os cidadões indefesos de Nova York. Já com outras suspeitas em sua cabeça, Danvers viu que sua meia-irmã tinha um senso de honra muito parecido com ela e provavelmente não causou a explosão em K'in-Al.



No seu terceiro retorno ao planeta Mar-Da'en, a Capitã Marvel levou um reforço. Com a ajuda do Doutor Estranho, dividiu o poder da sua Arma Universal com o Máquina de Combate, Mulher-Aranha e a jovem Radiação, criando assim sua versão de Carol Corps. Lá, a equipe confrontou Wastrel (ou Walter Lawson, o verdadeiro cientista que o Mar-vell roubou a identidade no passado. Complicado explicar agora como ele está vivo). O terráqueo tinha se tornado um verdadeiro Tecnoterrorista pra os Krees, escapou recentemente da prisão e construi novos robôs e aparatos que levaram a destruição da cidade santuário de K'in-Al.



Mas a missão do grupo não parou por aí. Ao voltar a Terra, descobriram que mais uma vez Lauri-Ell saiu de casa pra ajudar os humanos. E dessa vez era de fato uma emergência, já que Kit, a fã número 1 da Capitã Marvel, estava sumida e sua mãe estava desesperada por que a cidade estava uma loucura com os ataques das plantas alienigenas. A Kree partiu sozinha pra encarar os Cotatis e ligou o "pager" pra mandar um sinal de ajuda a sua irmã. A Tropa da Capitã Marvel chegou minutos depois, quando a cidade parecia virada do avesso.

Durante a batalha, o poder da Arma Universal dividida parecia estar se esvaindo dos heróis. Mesmo a Capitã Marvel, que aparentemente nunca se sentiu a vontade portando o martelo, não manuseava-o mais direito. É quando Lauri-ell houve então um tipo de música, um chamado, e quando ela pega o Martelo se transforma por completo numa nova Acusadora. Com os poderes de todos combinados, eles conseguem destruir a ameaça Cotati do parque. E Lauri-ell devolve a Arma Universal temporariamente para Danvers cumprir sua missão de ajudar o Imperador Hulking em sua guerra. Daí, tudo continua como vimos nas edições finais de Empyre.



Na edição final de Tie-in da saga, ainda vemos Lauri-Ell de volta ao uniforme de Acusadora. Pelo visto, após ser inocentada do ataque em K'in-Al e com a farsa de Tanalth revelada, a Kree foi aceita na sua nova posição de Acusadora e passou a portar a arma do falecido Ronan. A edição #21 ainda termina suas páginas com as duas irmãs fazendo uma visita ao túmulo da mãe Mari-ell na Terra.



Esse Tie-in tem pouco a acrescentar a saga Empyre em si. Na verdade, é até uma "volta" muito complicada de explicar no meio da emergência que era a guerra na Terra. Por outro lado, a preocupação da roteirista Kelly Thompson é sempre cada vez da mais forma e conteúdo ao universo particular das histórias da Capitã Marvel. E temos que admitir que depois da forçada de barra da Mari-Ell no reboot da origem da personagem, até que essa meia-irmã construída geneticamente (no melhor estilão Genis-Vell) é até um bom adendo na vida da Carol. Fora isso, de forma independente, a história tem seus momentos divertidos. As quatro edições tem arte de Cory Smith, que tem um traço bem tradicional que agrada a leitura.

Coveiro

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