No inimaginável Mundo Bélico criado por Deus Destino, já vimos todo tipo de domínio - dos mais tenebrosos além do Escudo até os mais desenvolvidos como Tecnópolis. Nenhum, no entanto, é tão harmônico quanto a ilha-nação Arcádia, praticamente um paraíso protegido pelo poder feminino da Força-V e governado com justiça pela ex-legisladora e atual Baronesa Jennifer Walters, a Mulher-Hulk.
Mesmo estando tão perto dos perigos do Escudo, seprado pelo mar que rodeia o lugar, nenhum perigo grande demais preocupada as guardiãs daquela ilha até o dia em que uma ameaça veio do fundo do mar - um pré-histórico megalodon que parecia determinado em destruir uma das cidades portuárias de Arcádia. Quase custando a vida de uma das meninas da Força-V, a Miss América Chavez, o bicho foi detido no final. Contudo, agindo pelo impulso, América jogou irritada o bicho para o outro lado do Escudo, trincando um pedaço pequeno da muralha que separava os dois lugares. Aquilo foi suficiente para acusá-la de um dos maiores crimes de transgressão das leis de Destino.
Não houve meios da Baronesa Walters intervir a favor da menina. O Xerife Estranho estava determinado a lei ser cumprida como exemplo e uma Tropa de Thors foi enviada para alistar América Chavez para seu dever eterno a partir dali em servir na proteção do Escudo. De todos da ilha, as duas pessoas que mais sentiriam esse peso seriam Nico Minoru e a versão feminina do Loki, que dividiam a mesma moradia com a heróina desde sempre.
Já que não dava pra fazer mais nada naquele caso, coube a Mulher-Hulk certificar o que realmente aconteceu e impedir que mais perigos do tipo surgissem em Arcádia. Assim, convoncou uma equipe de Atlantes composta por Namor, Namora e Namorita para investigar as profundezas das águas do lugar. Lá, por um pouco tempo em que se manteve aberto, os atlantes encontraram uma espécie de misterioso portal de onde saiu o gigantesco tubarão.
Passando de um mistério para outro mistério, Nico Minoru estava chorando pela perda da amiga perto ao farol do lugar quando viu algo brilhante cair do céu. Ao investigar, topou com uma espécie de mulher envolta em energia escura e pontos brilhantes. Como ela não conhecia as estrelas, não podia sequer definir ela como uma noite estrelada. A moça, que ela levou para casa e parecia ter nascido naquele dia, não falava nada e parecia ser só emoção e felicidade. Aconselhada por Loki, Nico foi apresentar sua nova amiga pra Baronesa e Força-V.
Durante o encontro com misteriosa menina que caiu do espaço, um novo portal se abriu nos céus. De lá, caiu um Sentinela e mais destruição aconteceu em Arcádia naquele dia. A Mulher-Hulk não estava disposta a deixar aquilo barato e seguiu determinada para dentro do novo portal para investigar. Então, se viu dentro dos domínios da realidade equivalente ao Dias de um Futuro Esquecido. Não demorou muito para três Thors surgirem para detê-la por transgredir a lei de Destino. Não houve jeito de Jennifer se explicar e restou a ela voltar pelo mesmo portal que chegou ali.
No caminho de voltar, Jennifer reconheceu a energia colorida do portal e percebeu com mais clareza o que estava realmente acontecendo. Havia uma traidora na Força-V, mas essa questão só poderia ser resolvida depois de lidar com as três Thors que a seguiam. Medusa acabou se sacrificando para ganhar tempo para Jennifer. Com seus cabelos mortíferos ela arremessou as Thors de volta ao portal, mas acabou levando uma rajada de relampago como resposta. Era a segunda grande perda da Força-V em menos de 24 horas.
Poucas horas depois, a Tropa de Thors voltou a ilha com um número ainda maior e decretou estado de sítio no domínio. A Força-V estava sendo caçada e seria toda presa por transgressão. O unico jeito da equipe se esconder foi através de um dos poderes da tal garota caída do céu que expandiu sua aurea estelar ao redor e absorveu as heróinas. Quando estavam em lugar seguro, nas florestas de Arcádia, a menina liberou a Força-V do esconderijo e puderam tiver um momento pra conversar. Jennifer então falou de suas suspeitas, de como o portal parecia ter energia da ponte do arco-íris e a traídora deveria ser uma asgardiana. Era, como não podia deixar de ser, Loki.
Na capital de Árcadia, a Loki já parecia ter conseguido conquistar toda confiança da Tropa de Thor e até mesmo sentava-se ao trono da Baronesa. No entanto, ela mesmo preferia o título de Rainha. O reinado da traidora não demoraria, no entanto. Usando poder da garota estrelada mais uma vez, a Força-V se transportou diretamente para o palácio do governo e promoveu um ataque direto em Loki e nas três Thors que a protegiam. Pra deter a magia de Loki, a sua própria companheira de moradia, Nico Minoru, avançou. Loki tentou enganá-la dizendo que foi tudo retaliação pelo que aconteceu com América Chavez e que ela seria uma baronesa muito melhor que a Mulher-Hulk. No entanto, Minoru lembrou-se que os portais foram abertos bem antes do exílio de Chavez.
Sem qualquer apoio agora, mesmo da Tropa Thor, a Loki fez o impensável e lançou uma energia furiosa contra o Escudo. A muralha rompeu um grande buraco e uma série de Mortos-Vivos avançaram pelo mar pra cima da carne fresca de Arcádia. Foi preciso reunir os esforços de toda Força-V, Tropa de Thor e até cidadãos super-poderosos de Árcadia para deter a invasão desmorta. Segue-se daí páginas e mais páginas de ação com arte de Jorge Molina com team-ups legais de se ver.
Mas o grosso do avanço dos Mortos-Vivos foi detido graças a menina estelar, cujo nome Nico Minoru acabara de batizar de Singularidade. A moça sugou todos os mortos-vivos (e um megalodon) com sua energia e levou-os aos céus, explodindo no alto e gerando um brilhante céu estrelado nunca antes visto por qualquer habitante do Mundo Bélico.
Arcádia voltou a sua paz, finalmente. A Loki foilevada pela tropa e teria sua punição devida. A Mulher-Hulk teve suas acusações retiradas e mais uma vez sentiu o peso do Baronato. Na casa de Nico, agora morando sozinha de vez, a Mulher-Hulk a acalenta sobre o sacrifício de Singularidade e diz que não acredita que ela tenha partido de vez. E de fato, naquele céu estrelado, ela repousa como uma criança adormecida e o mistério sobre a verdadeira natureza dela permanece.
Marguerite Bennett e G. Willow Wilson são duas autoras já com trabalhos reconhecidos na Casa das Ideias que se juntam pra essa história. Apesar de não estar entre os melhores tie-in e entregar um conto com resoluções meio que previsíveis, há uma dinâmica interessante entre as personagens que faz da revista uma leitura legal. O ponto forte talvez seja essa nova personagem, que me parece ter um "quê" de Eternidade. Mas os detalhe sobre ela ficaram para um futuro próximo capítulo...
Coveiro
