quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Homem de Ferro na Guerra Civil: Ação e Reflexão

A Guerra Civil mudou a vida de todos os heróis, e, com certeza, Tony Stark é um deles. As decisões de todos trouxeram conseqüências, mas as de Stark são aquelas que podem assombrar um homem o resto da vida.

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Na última edição, Tony Stark fica devastado com a luta contra diversas de suas armaduras controladas por outra pessoa. Não foi ele quem puxou o gatilho, como lembra seu amigo Sal Kennedy, mas as armaduras são armas, pessoas super-poderosas são armas. Controladas por outros, ou fora de si, colocam a vida de inocentes em risco, e, para Tony, armas tem de ser registradas.

Com o início de Guerra Civil no título do Homem de Ferro, a estória começa com uma gravação de informe publicitário a favor da lei de registro. O texto da propaganda, que descreve os acontecimentos em Stamford e o motivo da lei, é bem emotivo (“Sem treinamento, sem orientações, sem supervisão, boas intenções não fazem sentido. Pessoas morrem... Crianças morrem.”), mas bem coerente (“Todos nós sentimos falta dos dias em que podíamos nos envolver numa crise, derrubar bandidos e desaparecer na noite, mas os trágicos eventos expostos aqui mudaram tudo”), e mostra de uma forma simples e objetiva a visão pró-registro (“Muitos de nós acreditam que não é justo... Todos nós ressentimos ser retratados pelas mesmas tintas que os responsáveis por esta tragédia, mas as próprias pessoas a quem confiamos servir não confiam mais em nós. Agora, buscamos desesperadamente uma oportunidade de recuperar parte dessa confiança. O registro nos dá essa oportunidade.”) e termina dizendo: “O registro é um juramento solene de que jamais haverá outro desastre como o de Stamford”.

Ele tem de refazer a tomada, pois, segundo o diretor encontra-se distraído. Pudera, além de gravar o comercial, ao mesmo tempo comandava sua armadura auxiliando seus companheiros (incluindo Homem-Aranha, graças à falta de sincronia dos títulos) contra Encouraçado, uma ameaça robô. Como era de se esperar no seu próprio título, Tony salva a pátria na briga e termina seu comercial.

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No caminho de volta do estúdio, Stark é interceptado pelo secretário Kooning para uma conversa. Além de agradecer pelo presidente a disposição de Stark na causa pró-registro e dizer que Tony mudou a opinião de muita gente importante sobre ele dando a tacada certa, ele tem uma proposta a fazer. Nessa parte da conversa vemos um Homem de Ferro menos “manipulador” do que a maioria imagina quando diz que não se interessa pelo que os outros acham dele, muito menos as “pessoas importantes que consideram a lei de registro uma pequena parte de um plano maior”. É então que o secretário faz a proposta, a mesma repetida por Maria Hill em Novos Vingadores, para Tony Stark assumir o comando da SHIELD. Proposta totalmente recusada em primeira instância por ele. Kooning não gosta da resposta e lembra quantas vezes ele “tirou o do Tony da reta” e que era a vez de ele fazer o mesmo. Diz ainda que se não fosse por ele, o verdadeiro símbolo do registro não seria Speedball, e sim o Homem de Ferro. Mas Tony sai do carro enquanto o secretário diz que ainda voltariam no assunto.

Tony ainda reflete sobre o ocorrido na casa de seu amigo Sal. Ele reflete que, se aceitasse a proposta, o secretário pensaria que o tem nas mãos. Confidencia, ainda, que se sente como se atraísse interesseiros de todos os lados para apoiar suas causas (absurdas ou não) desde que apoiou o registro, e não gosta disso. Kennedy questiona se ele acha que está no lado certo e Tony parece hesitar. No rumo da conversa, Tony acha que Sal está dizendo que ele está errado e pergunta se é isso mesmo. A resposta do amigo é certeira e atormentadora: “Acho que você não está suficientemente seguro do que está fazendo para tomar as medidas necessárias”.

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Happy (segurança de Tony e amigo pessoal do mesmo que há muito não aparecia) é chamado a pedido de Sal para conversar com Stark, que não está bem depois da conversa na casa do amigo. Mais uma vez vemos um Homem de Ferro queixoso sobre quem o apóia pelas razões erradas ou “moleques musculosos” que acham que tudo vai mudar apenas se desejarmos com vontade, mas agora diz saber-se certo já que para “proteger o papel dos heróis na sociedade, é preciso haver alguma responsabilidade”.

Paralelamente a essa reflexão de Tony, Najeeb (Diretor da Coalizão Mundial Islâmica para a Paz e homem que seria morto na última edição do título quando controlavam o Homem de Ferro) em seu escritório recebe um telefonema de seu capanga. A conversa é um tanto misteriosa e o capanga diz que procurou o segundo dos dez, que o responsável deixou um rastro de morte e que talvez fosse melhor reconsiderar o Espião-Mestre. Najeeb manda continuar as buscas e que mais do que nunca precisam de um aliado como o homem que procuram.

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Happy sai da casa de Sal para encontrar sua esposa (e amiga e secretária de Stark), Pepper, mas não percebe que seu motorista foi “trocado” a força. Ele é atacado por Espião-Mestre que pretende deixá-lo como isca para capturar Tony, mas o segurança não se entrega fácil, principalmente após a ameaça a sua esposa, e os dois terminam inconscientes no chão depois de uma queda. Happy não conseguirá encontrar a esposa para seu aniversário de casamento e talvez nem possa se desculpar.

Cammy

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