quinta-feira, 23 de julho de 2015

A Origem do Vigia e um prelúdio para o Pecado Original



Personagem já icônico do Universo Marvel no Quadrinhos, Uatu, o Vigia, uma raça antiga que se imbuiu na missão de observar o nosso cantinho do Cosmo com muita atenção mas (quase) sempre sem interferir no andamento de suas questões é figura presente nas sagas mais cataclísmicas da Marvel. Em Pecado Original não seria diferente. Só que desta vez, ele é o ponto central da trama. Mas quem é na verdade Uatu?

Quem acompanha as mais recentes histórias do novo Nova tem visto esse alienígena gigante stalker interagindo bastante com Sam Alexander.  E o jovem foguete humano, como todo adolescente, fez a pergunta que todos deveriam fazer após alguns segundos. Por que ele faz isso?

Como nem o Capitão America e nem o Homem de Ferro souberam responder, o garoto resolveu ele mesmo tentar descobrir. E como os dois já se conhecem um tanto, porque não fazer uma visitinha ao cara na lua e ainda levar um presente – um pedaço de rocha do cenário da batalha final com o Ciclope-Fênix e os Vingadores. Silencioso, mas já ciente das intenções do jovem Alexander, Uatu resolveu abrir o jogo e contar sua história pro rapaz.


Após passear por uma sala de armas que poderiam aniquilar um universo e passar por uma sala onde visões de possíveis Vigias alternativos co-existem, Uatu e Sam se deparam com um monitor que revive o passado do Cabeção. Nele, vemos Uatu e seu pai, Ikor, arguindo sobre o que fazer com sua vasta experiência em relação a espécies inferiores. Enquanto alguns Vigias são contra interferir na evolução natural dos demais, Ikor acredita que eles devem ajudar no desenvolvimento dos inferiores.

Ikor descobre que estava errado tarde demais. Em um dos planetas que eles ajudaram no desenvolvimento cultural, após alguns anos, eles retornaram e descobriram o lugar devastado pela guerra. O pai de Uatu nunca iria se perdoar por isso e desde então a raça deles decidiu que iria se espalhar pelos cosmos mas nunca mais interferir. Foi assim, com o pesar de seu pai, que Uatu e os demais Vigias criaram seu código de conduta.

Sam compreende então a missão do seu amigo cabeçudo e compreende que o poder de observação deles vai mais além. Eles são capazes de enxergar até mesmo realidades além. É algo demais para Sam compreender, algo que nem seu capacete preparado tecnologicamente pode suportar: Um Infinito de possibilidades. Mas mesmo com tanto para ver, o que mais Uatu tenta observar é uma pista de onde está seu pai hoje depois da decepção que teve.



Compadecido pelo alien, Sam fala que entende o Vigia e que também gostaria de saber notícias de seu pai. Então, Uatu mais uma vez quebra seu juramento e apenas diz que o pai de Alexander ainda está vivo. Sem detalhes. Mas é suficiente para alegrar o espírito do jovem Nova. E assim temos um pouco do terreno trabalhado para o Pecado Original.

Essa edição zero é curta, e mesmo sem muita ação, importante para contextualizar a saga. Mark Waid aproveitou a já pre-existente histórias dos Vigias para humanizar ainda mais nosso conhecido Uatu. A dinâmica entre ele e o Jovem Nova é algo que funciona fácil, inocência versus pleno conhecimento, e se encaixa bem pra fluir a narrativa da história. E os desenhos de Jimmy Cheung são sempre espetaculares.

Na mesma edição, temos uma curta história publicada no Marvel Holiday Special de 2011 com Nick Fury, escrita por Aaron Shaps e desenhada por Sebastian Piriz. Nada mais é do que uma pequena missão a la 007 do velho Fury. Mas se você estiver se perguntando o que Nick tem haver com essa saga para estar fazendo essa ponta aí, vamos aguardar mais uns dias para ver o começo do Pecado Original

Coveiro

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