terça-feira, 14 de julho de 2015

Magneto: Meios que justificam os fins


Magneto continua em sua cruzada solitária para defender a espécie mutante, atacando de maneira impiedosa os seus inimigos. Isso trouxe a SHIELD (Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão) em sua cola. Erik encontrou um híbrido entre Sentinela e ser humano, que não sobreviveu muito tempo à experiência. Um esquadrão partiu para sequestrar mais pessoas de um acampamento de pessoas "sem teto" para serem novas cobaias, mas Magneto massacrou a todos. Ao obter algumas respostas de um membro dele, Erik decide punir os responsáveis. Mas sua busca pode estar apenas começando, como irá nos contar o roteirista Cullen Bunn e os desenhistas Gabriel Fernandes Walta e Javier Fernandez nas edições de Magneto #3 e #4, publicadas aqui pela Panini em X-Men Extra #16 e #17.

Isso o traz a um enorme complexo. Erik entra de maneira furtiva no lugar e encontra um laboratório. Ele se lembra de Genosha, a nação mutante que governava, que foi devastada por um ataque de Sentinelas. Magneto emite um pulso magnético através do complexo e encontra um Molde Mestre, uma espécie de matriz para fabricar mais desses engenhos. Cansado de esperar, ele confronta a Dra. Elizabeth Alain, que se identifica como a líder do projeto, Magneto mal consegue conter a satisfação e a obriga a lhe dar explicações. Ela conta que o objetivo não é exterminar mutantes, mas proteger os humanos deles. Ela acrescenta que o híbrido que ele encontrou antes era um fugitivo que não tinha sido recapturado. Magneto não se comove com as justificativas da moça e a mata. Em seguida, ele aciona o mecanismo de autodestruição do lugar e o põe abaixo. Resta, ainda, encontrar quem apresentou o Molde Mestre a esses cientistas.


Quando vemos o mutante novamente, ele se encontra nas Montanhas Adirondack, onde se encontra uma de suas várias bases espalhadas pelo mundo. Ao mesmo tempo, ele se recorda de quando recentemente resgatou um grupo de mutantes que pensavam ir a uma espécie de santuário chamado de "Fazenda". Na verdade, este era um local mantido pelos anti-mutantes e extremistas religiosos conhecidos como Purificadores com o objetivo de dissecar e assassinar os "homo superior". Quando Magneto descobre sua localização, ele não perde tempo em invadir o lugar e assassinar todos os extremistas que se encontravam lá dentro, que ainda cometeram o erro de enfrentá-lo com armas metálicas. Ao mesmo tempo, ele fez questão de acessar o banco de dados do lugar com um "pen drive" e pegar os nomes dos mutantes que foram mortos no local.

O pensamento de Erik se volta para o presente e ele insere o "pen drive" no seu sistema. Os nomes se juntam a outros que compõe um trágico memorial de mutantes assassinados: "É por eles que luto. Milhares de nomes, violentamente assassinados por estes covardes." Este é apenas o seu primeiro memorial mas outros são formados com "os covis que deixo em ruínas e os túmulos que preencho com os inimigos dos mutantes, lembretes para aqueles que percebem como o seu mundo é pequeno diante do meu ódio".


Tenho gostado muito desse título. Cullen Bunn conduz a história de maneira segura e muito coerente com as motivações de seu protagonista. Alguns elementos da mitologia dos X-Men como Genosha, Sentinelas e os Purificadores são utilizados de maneira hábil. Talvez ele tenha forçado um pouco a barra ao colocar uma guarda destes extremistas utilizando armas de metal para enfrentar Magneto e não algo mais adequado, mas isso não compromete a história.

Os desenhistas Gabriel Fernandes Walta e Javier Fernandez fizeram um bom trabalho. Eles utilizaram estilos semelhantes que funcionaram muito bem para manter a "identidade visual" do título, simples e direta como a história.

C@rlos

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