terça-feira, 6 de junho de 2017

Drax, o Destruidor: O melhor detetive da galáxia


Drax, o Destruidor resolveu tirar umas férias dos Guardiões da Galáxia e saiu em busca de seu arqui-inimigo, Thanos. Ele pegou emprestado uma nave de Rocky Racum, a "Tranqueira Espacial", que logo caiu em um planeta inóspito. Ele deixa a nave e parte em busca de alguém que possa consertá-la. Drax entra num bar e pede informações para a "bartender", mas é interrompido por alguém tão irascível quanto ele: Terrax. o Dominador.

É o começo de uma série de desventuras do membro mais feroz dos Guardiões, trazida até nós por CM Punk e Cullen Bunn nos roteiros e Scott Hepburn nos desenhos do arco "O melhor detetive da galáxia", publicado originalmente em Drax #1 a #5 e aqui em Guardiões da Galáxia #1 a #5 pela Panini.


Porém, Terrax está tão bêbado que não quer brigar. Ele diz que foi ressuscitado de maneira inexplicável após ser destruído pela entidade cósmica conhecida como Fênix e que agora quer viver em paz. Drax se dirige ao balcão para pedir por mais bebidas, mas não tem dinheiro nenhum. A "bartender" diz que pode ajudá-lo com seus problemas, desde que ele retribua o favor de alguma forma. A moça explica que pode consertar a nave dele, desde que ele recupere algumas peças que foram roubadas. Drax concorda com os termos e pede a Terrax para que ele o auxilie na incumbência.

Antes que comecem a fazer alguma coisa, eles ouvem um grito de socorro. Um grupo de crianças é sequestrado por criminosos e, apesar dos esforços dos dois combatentes, os bandidos conseguem escapar com elas. Em seguida, Drax interpela a moça sobre o porquê dela não ter mencionado o sequestro de crianças anteriormente. Ela responde dizendo que não esperava que ele tivesse um coração para se importar com isso. O diálogo é interrompido por um grito de Terrax, que percebe que seu poderoso machado foi roubado.

Drax sai em busca de informações, mas se passa uma semana sem que ele descubra alguma coisa. Ele encontra um robô que ironiza a sua busca, dizendo que ele não deve ser o melhor detetive da galáxia, já que até agora não teve sucesso. Drax se retira e ouve alguns rumores sobre uma "serpente" e, logo em seguida, vê que o robô com quem acabara de conversar foi atacado e só lhe restou a cabeça.

Drax retorna para o bar e diz para a "bartender" que só pensa em sair daquele planeta. Ela responde dizendo que não acredita que ele não se importe com as pessoas desaparecidas, mas acredita que ele é um péssimo detetive.

Furioso, Drax retorna para a "Tranqueira Espacial" e vê que a nave está sendo "depenada" por sinistras figuras encapuzadas. Drax lida com a situação da maneira que lhe é peculiar e obriga os sujeitos a levarem aonde eles guardam todas  as peças que roubaram. Drax é levado para o interior de uma mina, onde muitas crianças sequestradas estão sendo obrigadas a cumprir uma árdua jornada de trabalho. Ele derrota sumariamente todos os criminosos que tomavam conta delas, mas elas se encontram assustadas demais para fugirem. Logo em seguida, Drax é atacado por uma enorme lufada de chamas e se vê diante da "serpente" em pessoa, o enorme dragão conhecido como Fin Fang Foom.


Drax é aprisionado. Ele não demora a perceber que o mesmo aconteceu com Terrax quando procurava seu machado. Ambos usam uma espécie de coleira que inibem sua capacidade física. Eles travam conhecimento com outro prisioneiro, um robô chamado Torgo, cujo único propósito é combater e destruir seus inimigos. 

Os escravos do dragão finalmente encontram aquilo que ele almejava: um punhado de ovos. O objetivo do monstro, agora, é levar todos os guerreiros aprisionados para uma espécie de arena para que o sangue deles banhem os ovos recém-encontrados. Eles são obrigados a enfrentar uma espécie de predador espacial. Drax toma a iniciativa e não demora a liquidar a criatura com o próprio chifre. Em seguida, o dragão obriga que Drax, Terrax e Torgo lutem entre si, influenciados pela coleira inibidora que os três utilizam. O Destruidor se deixa subjugar pelos outros dois para que eles quebrem involuntariamente sua coleira. Assim que isso acontece, ele quebra as coleiras dos outros dois e o trio finalmente pode se unir contra seu inimigo em comum.


Os três partem pra cima do dragão, mas ele é poderoso demais e os rechaça com facilidade. Mesmo assim, ele decide partir com os seus ovos e leva um grupo de crianças consigo para servirem como sua hedionda refeição. Drax e os demais vão atrás dele e encontram um portal construído com todas as peças roubadas, inclusive o machado de Terrax. Eles o atravessam e entram no desolado mundo natal de Fing Fang Foom. Quando o dragão é encontrado, ele parece estranhamente deprimido e pede para ser morto. Drax quer matá-lo assim mesmo, mas Terrax pede que ele reconsidere. já que o monstro não oferece mais nenhum perigo.

O dragão explica que um dos ovos quebrou por acidente na passagem do portal e descobriu que ele continha apenas pó. Os demais estavam assim também. Por causa de sua ninhada perdida, o dragão cai em lágrimas e diz que sua existência não tem mais sentido. 


As crianças estão bem e Drax começa a levá-las de volta. Terrax se oferece para ficar para vigiar o dragão. Os demais cruzam o portal e Terrax, com um sorriso enigmático, tira seu machado dali, o que causa seu fechamento. Do outro lado, Drax, Torgo e as crianças chegam em segurança. Ambos não sabem muito bem como lidar com a gratidão delas e da "bartender". Drax pede que ela conserte sua nave, mas ela o convence a levar as crianças para seus mundos de origem enquanto estiver a caminho de matar Thanos.

Assim termina o primeiro arco da série "solo" de Drax, o Destruidor. Achei que os coadjuvantes foram muito bem escolhidos, como Terrax e Torgo, que os leitores (muito) antigos o reconhecerão de histórias do Quarteto Fantástico escritas por Stan Lee e desenhadas por Jack Kirby. Na ocasião, Torgo e Coisa haviam sido aprisionados por skrulls que viviam em um mundo que imitava a Chicago de Al Capone. Não podemos esquecer que Terrax também surgiu nas histórias do Quarteto Fantástico, na fase escrita por John Byrne, como arauto de Galactus.

Pra quem ainda não sabe, C M Punk é um lutador profissional, mas se saiu bem como co-escritor ao lado de Cullen Bunn. Gostei de ver como Drax, Terrax e Torgo interagiam entre si. Talvez o final tenha sido um pouco "anti-climático", mas não achei ruim. Podemos ver um Drax muito mais violento do que de costume, mesmo assim ele não deixou de proteger os indefesos, ainda que a contragosto no início. Os desenhos de Scott Hepburn estavam bons, assim como a narrativa de suas cenas de ação. Agora Drax terá que lidar com um bando de crianças no seu próximo arco, o que certamente o cansará mais do que perseguir Thanos.

C@rlos

comments powered by Disqus