quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Noturno: Uma nova chance


Quando um X-Man morre, é sempre questão de 'quando' para ele irá voltar. Ao menos é uma brincadeira recorrente na equipe. Apesar do longo período, com Kurt Wagner não foi diferente. Uma equipe de Espetaculares X-Men foi até o reino dos céus para resgatá-lo quando seu pai, Azazel invadiu o lugar, e isso custou a Kurt sua chance de viver no paraíso.

Agora, de volta a uma escola mudada e sem mais a ameaça de extinção, Noturno tem que encontrar seu lugar ali. Os mutantes estão separados em facções. Kitty Pryde deixou a Escola para se aliar a Ciclope depois do tal Cisma. Seu melhor amigo, Wolverine, não é mais o mesmo e agora é mortal. Sobrou Rachel, sua antiga parceira do Excalibur, fazer as honras de fazer o Elfo se sentir em casa de novo.

Mas Kurt quer ir além nos seus compromissos e aproveitar esse momento de volta para rever pessoas que já fazia um bom tempo que não encontrava. E uma delas era sua irmã adotiva e depois ex-namorada Amanda Sefton. A feiticeira ficou muito feliz em rever o Elfo e até cogitou em reatar um romance. Mas tudo foi bruscamente interrompido pela chegada de um vilão encouraçado chamado Trimega. O casal conseguiu deter o vilão e escapar, mas o mistério do que ele queria com Amanda persistia.


Kurt achou que poderia estar ligado ao passado dos dois e  mesmo Amanda achando que era uma má ideia, foram visitar a sua mãe adotiva, a bruxa Margali Szardos. Para o leitor que conhece pouco a história de Noturno, entra aqui ótimos flashbacks do passado do herói no circo e sua ligação com as duas feiticeiras.

Então, em algum lugar da Europa, eles chegam aonde está instalado o circo Jahrmarkt. A recepção não é lá das melhores, visto que o fortão Haus, o cuspidor de fogo Feuer e a mulher-elastica Gummi não acreditam muito que aquele era o verdadeiro Kurt de volta a vida. Mas Margali surge e esclarece tudo, e ouve com muita atenção a história do retorno de Kurt em sua jornada pelo céu e inferno.


Então, a reunião familiar é mais uma vez interrompida pelos Trimega. E são três deles, com poderes distintos de  Fogo, Vento e Água. Kurt entende agora que eles eram robôs apenas, sem compreender de fato qual o verdadeiro objetivo deles em capturar Amanda ou Margali. Não havia outra opção senão levar a sua família em segurança para a Escola Jean Grey.

A chegada das duas mulheres foi muito mal vista por Tempestade e Wolverine, mas ambos cederam a pedido do Noturno. Antes de circularem por aí, no entanto, teriam que passar por uma inspeção. Foi aí que finalmente os planos de Margali se revelaram. Quando estava sozinha numa sala com Tempestade e Fera, a bruxa usou seus poderes parar desfazer os dois em lembranças e assim finalmente conseguir descobrir o caminho para chegar ao paraíso. A bruxa queria dominar o lugar assim como Azazel.

Ao mesmo tempo, a Escola Jean Grey foi atacada por um verdadeiro exército de Trimegas. Amanda, sempre desconfiada da mãe, vai até noturno e ambos descobrem o que a bruxa fez com Fera e Ororo. Sefton ficou para trás para consertar os feitos da mãe, enquanto que Noturno e os demais foram contudo atrás da bruxa.

Nos jardins da Escola, Szardos conseguiu evocar um portal pra alcançar o Paraíso. E foi apenas por causa de Noturno, que chegou em momento providencial, que não atravessou até lá. O Elfo deteve a mãe adotiva, mas o perigo do portal aberto ainda era grande. Foi então que Amanda Sefton surgiu e planejou fechar o portal por dentro.


Kurt tentou segui-la, mas sua essência nunca passaria para o Paraíso de novo. Ao deixar o lugar e fazer o acordo com Azazel, o Elfo teve sua passagem livre para os céus bloqueada. Amanda se despediu, dizendo que Kurt se mostraria o herói de novo para honrar seu lugar ali de novo e resgatá-la. E com essa promessa, seu amor se vai. E Wagner sente o peso de ter troca pelos mundo dos vivos em suas costas.

Essas quatro primeiras histórias se encontram nas edições de X-MEN EXTRA 16 a 19. É a primeira revista que Claremont reassume depois de um bom tempo na Marvel e chega até mesmo com uma dinâmica bem ágil, diferente do que está acostumado a fazer. A trama, no entanto, está longe de ser ousada e acaba recaindo no que sempre tem feito quando sem muita inspiração. Mas longe de ser algo ruim. Diverte mais do que muitas outras revistas mutantes de hoje, até. A arte de Todd Nauck, apesar de nada extraordinário, combina com os personagens.

Coveiro

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