segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Guerras Secretas: Futuro Imperfeito



Num dos trechos dos territórios do Norte, praticamente cercado pelo Gammamundo, há Distopia, o domínio que é gerenciado pelo mais temido barão de todos presentes no Mundo Bélico. Seu nome é Maestro, aquele que foi um dia Bruce Banner e que em muitas realidades alternativas com futuros caóticos é temido. Aqui, neste novo mundo recriado chamado de Latverion, Maestro está ainda abaixo de Destino, algo que ele pretende mudar em breve...

Assim como acontece na minissérie original de Futuro Imperfeito, Maestro desbancou a maioria dos seus heróis de seu mundo que são apenas lembrados numa sala de troféu em suas lar. Restam apenas poucos insurgentes que se rebelam a tirania de Maestro e que vivem nos guetos tramando um jeito de destroná-lo. A primeira que conhecemos nessa história é Rubi Summers, filha do lendário X-Men e uma das criações originais de Peter David na sua fase do X-Factor. Numa caminhada meditativa no deserto ao redor de Distopia, a moça de pele vermelha brilhante encontra um velho que se intitula Odin. Ainda descrente da veracidade daquela história, Rubi decide levá-lo ao esconderijos do rebeldes para que sua mente possa ser "scaneada".



Aquele foi o maior erro da mutante até então. Tudo não passava de uma farsa criada pelo Maestro em pessoa para por fim aquela resistência de uma vez por todas. Quando o velho voltou a se transformar em um monstro gama de novo e tornou-se Maestro mais uma vez, nem mesmo as fortes rajadas ópticas de Rubi puderam detê-lo. Por muito pouco a moça não se quebrou em fragmentos com o apertar da mão do déspota de Distópia. Foi salva pelo restante dos seus colegas, Skooter e Janis, neta de Rick Jones. Mas a única pessoa que poderia talvez detê-lo ali era ninguém menos que Thaddeus Ross, que se tornou o Coisa daquele mundo após uma viagem mal sucedida para o espaço.



No meio daquela confusão, enquanto que os dois titãs lutavam, novas forças dos soldados de Distópia chegaram para capturar os rebeldes. Rubi foi levada por um deles montado numa espécie de gigantesca fera robótica e quando estavam distantes suficientes o Soldado se revelou como sendo Layla Miller, membro das tropas de Distopia que não eram tão fieis ao Maestro. Juntando as forças desses dois lados, eles pretendiam invadir em breve as dependências do Castelo do vilão, salvar o Coisa tornado prisioneiro e quem saber até matar o Tirano.

O plano de invasão aos domínios de Maestro foram posto em prática, mas ao invadir a morada do Tirano, Rubi, Janis e Laylla foram surpreendidas com o fato de que o Coisa acabara de fazer um acordo com Maestro. Apesar de insurgência, Maestro estava benevolente e não retaliou os invasores e os traidores. Preferiu explicar seu plano de tirar Deus Destino da jogada e tomar seu lugar, logo em seguida liberando Distopia de sua mão férrea e deixando todos livres. Apesar de muitos ali não concordarem com o acordo, acabaram acatando o que ficou decidido entre Maestro e Ross.

O primeiro passo foi entrar discretamente em Norseheim a procura do troll Ulik, o único que saberia onde está guardada a poderosa armadura do Destruidor forjada pelo verdadeiro Odin. Ao adentrar num bar cheio de nórdicos que outrora foram considerados deuses num tempo antes de Destino, forçaram as pessoas a lhes dar informações. Hoder, Deus da Noite e que um dia foi irmão de Thor, direcionou-os até onde estava o Ulik. A próxima luta se deu na caverna com um bando de Trolls e que custou a vida de mais um membro do time, Skooter. Derrotado, Ulik levou Bruce Banner até o guardião da Armadura do Destruidor, aquele que por muito tempo ficou conhecido como Rick Jones.



Assim como na minissérie original, Jones estava velho e decrépito, preso a uma cadeira de rodas, mas ainda assim se mostrava sendo o maior adversário do Maestro naquele mundo. Naquele dia, no entanto, ele não resistiria e concedeu de bom grando a posse da armadura para Maestro. Bastava o gigante verde cruzar aquele poço dos desejos para obté-la, mas teria que ser logo pois Destino se aproximava para finalmente confrontar pessoalmente o Barão infiel. Hesitante, o velho Hulk foi até além do abismo e finalmente se viu uno com a armadura de tamanho poder.



A história então passa para o momento da chegada do Deus Destino ali e uma luta indescritível entre os dois. Não parecia fácil, mas Maestro investia a cada ataque de Von Doom e devolvia com um ataque ainda mais potente. No fim, perseverante, Maestro prevaleceu e matou Destino... na sua mente. Tudo no fundo não passava de uma ilusão fornecida pelo poço dos desejos e foi uma maquinação esperta executada por Rick Jones a pedido de Destino. Agora, o Barão de Distopia vivia numa eterna ilusão de era o maior daquele mundo enquanto que o domínio estava finalmente livre de suas influência.


É difícil não bater palmas para roteiros de Peter David, que desta vez preferiu ficar um pouco na sua zona de conforto e trabalhar elementos já comum ao seu roteiro e só redesenhá-los dentro de uma nova trama recriada para um dos seus maiores clássicos. Maestro acaba aqui se revelando como alguém tão icônico quanto o Hulk e que pode e deve ter transceder a sua realidade alternativa como já fez mais de uma vez. E certamente quem já andou acompanhando as coisas por aí sabe que veremos mais desse déspota gama outras vezes ainda. A arte, que dessa vez ficou por conta de Greg Land, pareceu incomodar menos quanto aos vícios comuns ao desenhista, é algo que notoriamente ele tem tentado se afastar cada vez mais em seus últimos trabalhos por sinal.

Coveiro

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