A equipe criativa de Vingadores: Ultimato, os diretores Joe e Anthony Russo e os escritores Christopher Markus e Stephen McFeely, se reuniram recentemente para dar vida a The Electric State, da Netflix. Esse quarteto também colaborou em Capitão América: O Soldado Invernal, Capitão América: Guerra Civil e Vingadores: Guerra Infinita. Nos últimos anos, todos eles se concentraram na produção de conteúdo por meio do AGBO, mas Joe, Anthony e Stephen retornarão ao UCM para Vingadores: Apocalipse e Vingadores: Guerras Secretas. Christopher Markus foi o único a não embarcar nessa e falou isso recentemente em uma entrevista:
"É o simples fato da oportunidade, na verdade", ele disse. "Quando começamos o AGBO, parte do imperativo era vamos procurar coisas para adaptar, ideias nossas. E por sorte ou preferência, acabei com um quadro branco cheio de coisas — duas séries de livros que tínhamos escolhido, um roteiro especulativo, cerca de três ou quatro outras ideias e um piloto de TV que estava lá para ser escrito. E isso foi antes de todo aquele 'Vingadores' surgindo no horizonte."
"Mas chegou ao ponto em que era tipo, 'Olha, eu preciso cultivar essas plantas ou elas vão morrer', e [a Marvel] é extremamente em tempo integral. E então, eu apenas disse, 'Vamos todos entender que é isso que estou fazendo porque [esses filmes] precisam de um cérebro neles. Eles precisam de um guia e eu os amo'", ele continuou. "Então, quando chegou a hora de 'Vingar' — quero dizer, você não se 'vinga' em meio período, você não faz nada da Marvel em meio período. Esse é um compromisso de anos."
Markus também confirmou que ele não está trabalhando atualmente com a Marvel Studios em nenhuma função. Houve rumores sobre os Irmãos Russo consultando a Saga Mutante - e talvez até mesmo comandando o reboot dos X-Men - mas parece que o escritor está mais feliz se concentrando em AGBO. Em outra parte da conversa, ele abordou o que muitos argumentaram ser um declínio na qualidade do UCM desde que Vingadores: Ultimato concluiu a Saga do Infinito em 2019.
"Depois que saímos, de certa forma, acho que a Marvel se tornou, não positiva ou negativamente, mais parecida com os quadrinhos", explicou Markus. "Durante nosso tempo lá, era mais uma narrativa em linha reta. Quer dizer, você tinha um milhão de outras coisas acontecendo, mas quando você olha para os quadrinhos, essas coisas estão no mesmo universo, mas é uma expansão difusa, não linear e orgânica da história. E acho que o que está acontecendo na Marvel é que ela está apenas crescendo para fora e isso não é ruim nem bom. E, de certa forma, é o que você precisa para ter coisas novas. Para, esperançosamente, reunir as coisas novamente, você precisa deixá-las crescer."
Acontece que nem mesmo a oportunidade de escrever cenas para Robert Downey Jr. como Doutor Destino foi o suficiente para convencer Markus a retornar: "Não, eu fiquei tipo, 'Isso é muito inteligente, mas dá muito trabalho.' Não tenho nada contra o trabalho, mas também é um trabalho que fiz. Não necessariamente com o Doutor Destino, mas você sabe, você não pode ter tudo."
Markus passou vários anos de sua carreira entrincheirado no UCM e sabemos que não é uma tarefa fácil para nenhum cineasta. Ninguém pode realmente culpá-lo por escolher focar em AGBO, independentemente das fortunas mistas que a produtora teve desde o lançamento.
Os dois próximos filmes dos Vingadores - Vingadores: Doomsday e Vingadores: Guerras Secretas - estão programados para estrear com um ano de diferença em maio de 2026 e maio de 2027, respectivamente. Os filmes conta com a direção dos Irmãos Russo, que retornam a Marvel depois de quase cinco anos desde o sucesso de Vingadores: Ultimato. Eles também escreverão o roteiro ao lado de Stephen McFeely.
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