A luta do Esquadrão Nova Onda para acabar com o plano de marketing da Corporação Além continua. Depois de derrotar os acefálos, nossos heróis chegam em uma cidade e a encontram...vazia. Será que o plano está errado ou há mais por trás disso?
Os heróis ponderam sobre a misteriosa cidade vazia. Elsa questiona onde estariam os dinossauros demoníacos. Mônica acredita que foram feitos ajustes, já que as últimas ações da equipe são conhecidas pela Corporação Além. Aaron, no entanto, diz que não há resíduos no ambiente da utilização de nenhuma arma, portanto, não haveria explicação para a completa evacuação da cidade e a eliminação de todos os sinais que alguém já viveu ali.
O grande destaque desse diálogo é a camisa nova de Elsa. Azul, com estrelas e uma letra "E" estampada, que ela diz tratar-se de "E" de Europa. Tabitha diz que a bandeira é escrota e que dá a impressão que a Europa é uma "merda de país". A explicação de Elsa para Tabby é muito divertida, com esta última surtando quando descobre que existem "franceses" no Canadá. Alguém faltou nas aulas de Geografia.
Voltando para Mônica e Aaron, eles concluem que trata-se de uma cidade falsa em tamanho natural, a centenas de quilômetros de lugar nenhum, ou seja, uma óbvia armadilha. A equipe tenta fugir, mas já é tarde demais. Um estranho castelo chega voando de cabeça para baixo, em seu interior, nada mais que o Número Nenhum, o diretor executivo da Corporação Além. Com ele, o Sr.Psiu, Papa Omertã e General Calado. Juntos eles formam o núcleo central do S.I.L.E.N.C.I.O., e revelam que instalaram uma localização falsa no plano de marketing, visando deter qualquer um que ousasse interferir. E, além da cidade ser falsa, ela possui jatos que a fazem decolar.
Nesse momento, estava decidindo qual dos vilões era o mais bizarro. Mas o que acontece em seguida mostrou-me que a escolha era impossível. Número Nenhum diz que "Nova Onda" era o nome de um grupo de super-criminosos nos anos 70, e que Dirk Anger comprou os direitos e fez sua própria equipe, mas ele foi um passo adiante e comprou equipes inteiras. E essas equipes surgem: A Cirurgia, a Sacristia e a Homossexualidade. Quer dizer, a última só quando terminar a parada gay de São Francisco. Cena hilária, diga-se de passagem.
Só que o melhor (ou pior, depende do ponto de vista) ainda estava para chegar. Citados na edição passada, eis que surgem finalmente...os Novos Soberanos. Formados por Charlie América, Gigantesco Sam, Bulk e o misterioso e existencialmente aterrador Homem-Fuleiro. Opa, mas de onde sairam essas figuras e por que lembram vagamente velhos conhecidos nossos?
As respostas estão em pequenas cenas em flashback durante a história. Em 1941, logo depois de receber o soro do supersoldado, Steve Rogers foi tirar "água do joelho". Mas o que ninguém sabia era que o soro se expressa na urina depois do procedimento, e muitos menos que um espião nazista roubaria esse "superxixi" com vestígios do soro. Mas ele não foi muito longe, foi abordado por alguém assim que saiu do banheiro. Em um humilde apartamento, no ano de 1999, Sam Parkin é um fracassado cientista que teve seu trabalho eclipsado pelos fracassos e sucessos de Hank Pym. Mas alguém se oferece para bancar sua pesquisa. Em outro local, um homem no escuro fala de seus grandes feitos (inclusive reacender o sol), e reclama do fato que ninguém o conhece. Encontrou Charles Xavier certa vez, e este riu do seu chapéu. O último membro dessa equipe, David Beiderbecke, se intoxicou com vapores de gasolina contaminados por radiação gama.
A luta entre o Nova Onda e os Novos Soberanos se inicia, e rende um dos melhores momentos da série até aqui. Elsa é derrubado pelo Charlie América, que diz para ela não se levantar, pois ele é o predador e ela a vítima. Elsa se enfurece, levanta e dá um tiro no sujeito e retruca:
-Tá pensando que esta letra no meu peito é a inicial de América?
Depois dessa, nada mais precisa ser dito. Aliás, apenas uma coisa: Warren Ellis é um gênio. Que venha a próxima edição.
Eddie
