O desmantelamento dos Novos Vingadores continua. Depois de vermos o destino de Luke Cage e da Mulher-Aranha junto ao grupo de resistência do Capitão América, é a vez do personagem mais controverso dos Vingadores de Brian M. Bendis: o Sentinela. Em Novos Vingadores 46, com bela arte de Pasqual Ferry, acompanhamos um reflexivo Robert Reynolds, agorafóbico, esquizofrênico e, mais importante que isso, reticente em usar seus poderes, temendo liberar seu lado maligno, ou combater os próprios amigos. É dessa forma que o Sentinela medita sozinho e em silêncio em meio ao vácuo do espaço, sobre o que fazer a respeito da Guerra Civil e da sua própria vida. Até que percebe não estar sozinho com seus pensamentos.
Robert, que estava na superfície da lua, percebe a chegada de alguns inumanos liderados por Gorgon. Esboça um sorriso como quem vê amigos, mas é violentamente atacado. O Sentinela fica confuso e, apesar dos ataques não lhe ferirem, pondera se vale a pena contra-atacar, já que estava ali justamente por não querer lutar. Por isso, apenas neutraliza os ataques com facilidade enquanto uma melancólica Crystalis traz uma convocação de Raio Negro.
Chegando ao salão real, Robert percebe a hostilidade e, paranóico, pensa se o motivo não teria sido a ação do Vácuo. Mas não. Medusa lhe conta que eles estão em guerra declarada com os humanos, assim como disse ao Pantera Negra. Explica o roubo das Névoas Terrígenas e da ofensa que isso representa. Porém, faz mais que isso, com as habilidades de uma inumana telepata, lê a mente do Sentinela, percebendo memórias de um passado em comum que apenas ele guarda, descobrindo que ele próprio as apagara da mente de todas as outras pessoas. Por fim, antes dele expressar seu desconforto em ser sondado telepaticamente, pedem-lhe explicações sobre a Guerra Civil.
Estranhando a comida inumana, o Sentinela conta tudo. A escalada de paranóia entre civis e heróis (e entre os próprios heróis) desde a Guerra Secreta movida por Nick Fury contra a Latvéria, a Queda dos Vingadores, a Dizimação, Stamford, a lei de registro de superseres e a divisão da comunidade heróica que ela causou. Então, percebe como os inumanos são diferentes. Não no aspecto físico, mas da forma através da qual suas vidas são levadas. Com uma tradição oral, os inumanos encaram aquela narrativa com uma atenção e tensão muito diferentes do que Robert poderia esperar. Ao mesmo tempo, pondera sobre a posição desconfortável de seu líder, que não pode pronunciar ao menos um sussurro sem causar uma enorme destruição, ao mesmo tempo em que estranha o fato dele não se surpreender com as notícias – sabemos que a razão disso é o grupo secreto dos Illuminati. E é quando sente um aroma familiar...
Em mais uma discussão causada pelas limitações de Raio Negro, o Sentinela acaba hóspede por uma noite. E é em seus aposentos que o aroma volta. É Crystalis, que se sente impelida a visitá-lo. Ele revela que os dois foram amantes, logo depois dela terminar sua relação com o Tocha-Humana, anos atrás. A atração entre ambos parece inevitável e, quando se beijam, Robert lembra de sua esposa (meio não querendo se lembrar) e Crystalis diz que ele é casado apenas na Terra.
Ambos são interrompidos pelo Homem de Ferro, que aparece em Attilan para convocar o Sentinela às suas fileiras na Guerra Civil. Stark diz precisar de Robert para vencer. Ele questiona o fato de precisar combater amigos, prevendo que apenas a morte deteria o Capitão América, e pergunta se Tony estaria disposto a ir tão longe. Sua resposta é coerente com o que temos visto nas principais edições de Guerra Civil. Stark acredita que, prendendo Steve, com o tempo conseguiria convencê-lo da necessidade do registro, trazendo-o de volta à ativa.
Ante a relutância do Sentinela, Tony diz que a grande quantidade de poder que ele possui deve ser usada por um motivo. Para impedir que essa guerra se transforme em uma tragédia, em mortes incontáveis entre velhos amigos. Que também gostaria de sumir e fingir que não há nada acontecendo, mas que não pode fazer isso. Porque os objetivos pelos quais ele luta são maiores do que os sacrifícios que está disposto a fazer. Dizendo temer não sobreviver à Guerra Civil, Tony faz o último apelo ao poderoso vingador.
E é aí que recebe voz de prisão dos inumanos, que vêem sua chegada como uma afronta. Ele se desculpa, dizendo que só vinha para levar seu amigo e que nada daquilo se repetiria. Promete ainda que, independente do que acontecesse, a Guerra Civil não chegaria aos inumanos. Medusa responde com um alerta de que, caso a promessa não seja cumprida, as conseqüências seriam severas.
Resignado, sob o olhar triste de Crystalis, o Sentinela parte com o Homem de Ferro. Mas qual será seu papel na Guerra Civil? Roberto escolheu um lado? A telepata Phyty lamenta o fato de que o futuro daqueles homens ser triste, pois não estão preparados para o novo mundo que emergirá da guerra. E na próxima edição é a vez do Homem de Ferro encarar a queda dos Novos Vingadores de frente.
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PS.: O título do artigo faz referência à canção Fly me to the Moon, interpretrada por Frank Sinatra.
Robert, que estava na superfície da lua, percebe a chegada de alguns inumanos liderados por Gorgon. Esboça um sorriso como quem vê amigos, mas é violentamente atacado. O Sentinela fica confuso e, apesar dos ataques não lhe ferirem, pondera se vale a pena contra-atacar, já que estava ali justamente por não querer lutar. Por isso, apenas neutraliza os ataques com facilidade enquanto uma melancólica Crystalis traz uma convocação de Raio Negro.
Chegando ao salão real, Robert percebe a hostilidade e, paranóico, pensa se o motivo não teria sido a ação do Vácuo. Mas não. Medusa lhe conta que eles estão em guerra declarada com os humanos, assim como disse ao Pantera Negra. Explica o roubo das Névoas Terrígenas e da ofensa que isso representa. Porém, faz mais que isso, com as habilidades de uma inumana telepata, lê a mente do Sentinela, percebendo memórias de um passado em comum que apenas ele guarda, descobrindo que ele próprio as apagara da mente de todas as outras pessoas. Por fim, antes dele expressar seu desconforto em ser sondado telepaticamente, pedem-lhe explicações sobre a Guerra Civil.
Em mais uma discussão causada pelas limitações de Raio Negro, o Sentinela acaba hóspede por uma noite. E é em seus aposentos que o aroma volta. É Crystalis, que se sente impelida a visitá-lo. Ele revela que os dois foram amantes, logo depois dela terminar sua relação com o Tocha-Humana, anos atrás. A atração entre ambos parece inevitável e, quando se beijam, Robert lembra de sua esposa (meio não querendo se lembrar) e Crystalis diz que ele é casado apenas na Terra.
Ante a relutância do Sentinela, Tony diz que a grande quantidade de poder que ele possui deve ser usada por um motivo. Para impedir que essa guerra se transforme em uma tragédia, em mortes incontáveis entre velhos amigos. Que também gostaria de sumir e fingir que não há nada acontecendo, mas que não pode fazer isso. Porque os objetivos pelos quais ele luta são maiores do que os sacrifícios que está disposto a fazer. Dizendo temer não sobreviver à Guerra Civil, Tony faz o último apelo ao poderoso vingador.
E é aí que recebe voz de prisão dos inumanos, que vêem sua chegada como uma afronta. Ele se desculpa, dizendo que só vinha para levar seu amigo e que nada daquilo se repetiria. Promete ainda que, independente do que acontecesse, a Guerra Civil não chegaria aos inumanos. Medusa responde com um alerta de que, caso a promessa não seja cumprida, as conseqüências seriam severas.
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PS.: O título do artigo faz referência à canção Fly me to the Moon, interpretrada por Frank Sinatra.