terça-feira, 17 de setembro de 2013

Jornada ao Mistério: “Sem Violência”

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Depois de duas edições da Avante, Vingadores completamente recheadas com as presepadas do Jovem Loki em seu a Jornada ao Mistério, quem desejar mais das suas histórias deve obrigatoriamente adquirir a segunda edição do encadernado especial “Sem Medo”. Trata-se de um curto arco de três histórias, com participação especial do Capitão Bretanha e mais uma vez de Damian Hellstrom, e que prepara o pequeno ex-vilão para seus futuros seguimentos.

Depois de uma audiência com Caber, o Cantor dos Bardos, que em nome dos deuses do Panteão Celtico pede ajuda aos Nórdicos contra o mal de um deus chamado Manchester, Idunn, Gaia e Freya reúnem-se com o pequenino Loki. Mais uma vez, as três grandes mães de Asgardia se aproveitam da natureza esguia e traquina do Deus da Trapaça para uma missão na qual elas não devem interferir diretamente. Assim, partem Loki e Leah para os reinos da Grã-Betanha como único reforço ao panteão céltico.

De cara, são muito mal recebidos pelo Capitão Bretanha, que já conhecendo a má fama de Loki, fica com um pé atrás de tê-lo como aliado. Ele o leva para Camelot e enquanto repousa em seus aposentos, Loki recebe o chamado de ninguém menos que Hela, que lhe incumbe de uma missão paralela a sua atual – conseguir o Santo Graal para que ela possa beber dele e assim se recuperar mais rapidamente da ferida que sofreu das Dísires na última edição. Não que seja algo complicado, mas certamente não é algo prioritário para o pequeno trapaceiro por agora.

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No primeiro contato com o campo de batalha, onde o deus Manchester causa um estrondoso massacre, Loki percebe que só vencerá aquela situação de um modo inverso. Terá que pensar num jeito de sobrepujar a ameaça sem aquela violência gratuita. E é daí que ele se aproveita do contato que adquiriu com Damian Hellstorm para que o satanista o ajude. No caso, ele quer que Damian descubra que locais do mundo real os deuses de Manchester estão conectados (assim como os Deuses do panteão céltico estão conectados ao Stonehenge, Palácio de Buck e outros).

E assim uma estratégia é executada. Ao destruir a casa vitoriana conhecida como Cragside construída pelo inventor William Armstrong, os inimigos recuam no extramundo e há a primeira vitória no campo de batalha do lado dos celtas. O outro ponto é fazer acreditar que Loki tenha informações suficientes para conseguir um audiência com o lado inimigo, intermediado pelo Mestre Wilson, um tipo de arauto que explica que Manchester representa uma espécie de panteão urbano aos seus convidados e revela seus planos como nova representação moderna dos "deuses" daquele reino.

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Após a audiência, Loki percebe que essa briga entre o urbano e o rural, o moderno e o rústico não deve terminar favorecendo nenhum lado. Assim, o garoto travesso começa a literalmente bombardear e enfraquecer o outro lado dessa história. E com direito a máscara do Guy Fawkes a cada explosão terrorista sua só para parodiar. Assim, enfraquecidos, o panteão Celtico se viu obrigado a engolir seu orgulho e assinar um tratado de paz com a modernidade.

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Depois de pagar Hellstrom pelo seu serviço, coube agora ao jovem Loki quitar sua última dívida com Hela. E com a ajuda do Mestre Wilson, eles conseguiram tirar a atenção da Dama do Lago e ofertar por um instante o Cálice Sagrado a Hela. E a Deusa infernal realmente recupera de novo sua mão ferida. O que Loki não esperava é que haveria um sacrifício e que Leah seria levada no processo.

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Sentindo a perda, Loki volta para Asgardia e tem nova audiência com as Mães Supremas. Irritado com os desdobramentos dos fatos, ele não aceita desta vez ser criticado por aquelas mulheres. Diz que mesmo sendo do seu jeito, levou paz ao extramundo e o panteão céltico está ainda vivo do seu modo. Mas outro assunto ainda pode atormentá-lo no futuro. Como mostra nas páginas finais deste arco, Mestre Wilson tem certa parceria com um dos maiores opositários dos heróis nórdicos – ninguém menos que Surtur.

Mais uma vez, a história brilhantemente regida por Kieron Gillen, que contou com os desenhos de Richard Elson, tornaram tudo impecável. Só por essa parte, essa segunda edição da minissérie Sem Medo ta valendo o preço. E até combina por ter conseguido conectar o Hellstrom no seu novo status quo de ex-herói. Agora, tudo se encaminha para o final em "Tudo Queima", arco crossover com as histórias do Thor que já está sendo publicado na mensal Homem de Ferro & Thor já faz alguns meses. Será nosso alvo de uma resenha em breve.

Coveiro

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