Criado em 1941 por Jack Kirby e Joe Simon, o clássico parceiro do Capitão América, Bucky Barnes, foi um marco na história do Universo Marvel. Primeiro por ser o mais popular "sidekick" da editora de todos os tempos. Segundo, por talvez ser responsável pelo "insucesso" da existência de sidekicks entre os heróis da Marvel, após uma morte chocante. Ou pelo menos é o que se achava até agora.
Vamos primeiro dar uma olhada rápida em sua origem. Bucky, ou James Buchanan Barnes - nome dado em homenagem ao presidente dos EUA James Buchanan, que era acrobata quando jovem -, ficou órfão quando seu pai morreu em um exercício de guerra na preparação de tropas americanas para a II Guerra Mundial, sendo "adotado" pelos outros soldados de Camp Lehigh.
Foi neste mesmo local, onde seu pai morreu, que Bucky fez amizade com o soldado Steven Rogers, ao mesmo tempo em que e ouvia rumores da existência de um tal Capitão América, que ajudava as tropas dos EUA na guerra, correrem por Camp Lehigh. Não demorou até que descobrisse que seu amigo soldado era o próprio herói mascarado, que promete lhe dar treinamento em troca da não divulgação de seu segredo. Bucky se torna, assim, o primeiro Sidekick do Capitão América.
Junto com os Invasores, grupo formado pela dupla, além do Tocha Humana original (um andróide também conhecido por Jim Hammond), seu parceiro Centelha (Thomas "Toro" Raymond) e Namor, o Príncipe Submarino, foram agentes decisivos nas batalhas da frente ocidental da guerra contra o Eixo nazi-fascista. Porém, em um confronto com o Barão Zemo em 1945, Bucky, acaba sendo dado como morto ao tentar desarmar uma bomba colocada pelo nazista em um avião, enquanto Steve Rogers cai nas águas do Atlântico Norte e fica congelado até ser descoberto pelos Vingadores (em The Avengers nº 4, de 1964). Mesmo após isso, e de ter outros parceiros, Rogers nunca se perdoou por não ter evitado a morte de seu parceiro original.
Mas, ao que tudo indica, Bucky não morreu naquele episódio. Então, onde estaria o parceiro do Capitão América, cuja morte gerou um "trauma" a ponto dos sidekicks serem (diferente da DC Comics, com sua longa história de treinamento e sucessão) raros e evitados por boa parte dos heróis Marvel? A resposta parece estar em um tema que remete à Guerra Fria e à antes existente "Cortina de Ferro".
Ao tentar rastrear um assassino praticamente indetectável, e que parece nunca envelhecer, a SHIELD chega a um nome: Bucky Barnes. Steve se nega a acreditar, apesar de Nicky Fury e Sharon Carter confirmarem a identidade. Isso tudo acontece enquanto ainda procuram uma forma de capturar o homem que assassinou o Caveira Vermelha e lhe roubou o cubo cósmico, o poderoso Aleksander Lukin, que começa a ouvir vozes e conversar sozinho.
Após a explosão do avião em 1945, Bucky foi encontrado por um submarino russo, reconhecido por Vasili Karpov e, graças à preservação proporcionada pelo gelado oceano (de forma similar a Steve Rogers), trazido de volta à vida, mas praticamente sem memória. Essa é a oportunidade do serviço secreto russo ter seu próprio agente, que recebe um implante substituto de um braço perdido e é treinado como uma máquina de guerra para servir aos propósitos soviéticos, com precisão cirúrgica, na "guerra de bastidores" arrastada por EUA e URSS por longas décadas.
Steve recebe misteriosamente um relatório sobre tudo isso, vendo até que, após 12 anos ativo, Bucky (ou o agora chamado Soldado Invernal) começa a apresentar comportamento errático e sinais de recuperar sua memória perdida. Isso faz com que a KGB o congelasse quando não fosse necessário, preservando, assim, sua integridade física por décadas. A última notícia de atividade é de 1988.
Mas, então, como Bucky Barnes apareceu recentemente em auxílio ao Capitão América? Por que este vinha tendo pesadelos com sua vida na guerra? Qual a relação de Lukin, Caveira Vermelha e o Cubo Cósmico com tudo isso? Magistralmente roteirizado por Ed Brubaker (que assume a partir de janeiro, aqui no Brasil, X-Men: Gênese Mortal e Demolidor), desenhado por Steve Epting (que tem a ajuda de Mike Perkins na arte final), esse quinto volume da revista Capitão América apresenta um toque de mistério e história de espionagem que talvez faltasse ao personagem. Diferenciando-o de suas histórias ao lado do novo grupo de Vingadores. Trazendo de volta um personagem lapidar no perfil de um dos maiores heróis da Marvel, Brubaker parece promover uma reviravolta nesse clássico dos quadrinhos.
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Foi neste mesmo local, onde seu pai morreu, que Bucky fez amizade com o soldado Steven Rogers, ao mesmo tempo em que e ouvia rumores da existência de um tal Capitão América, que ajudava as tropas dos EUA na guerra, correrem por Camp Lehigh. Não demorou até que descobrisse que seu amigo soldado era o próprio herói mascarado, que promete lhe dar treinamento em troca da não divulgação de seu segredo. Bucky se torna, assim, o primeiro Sidekick do Capitão América.
Ao tentar rastrear um assassino praticamente indetectável, e que parece nunca envelhecer, a SHIELD chega a um nome: Bucky Barnes. Steve se nega a acreditar, apesar de Nicky Fury e Sharon Carter confirmarem a identidade. Isso tudo acontece enquanto ainda procuram uma forma de capturar o homem que assassinou o Caveira Vermelha e lhe roubou o cubo cósmico, o poderoso Aleksander Lukin, que começa a ouvir vozes e conversar sozinho.
Steve recebe misteriosamente um relatório sobre tudo isso, vendo até que, após 12 anos ativo, Bucky (ou o agora chamado Soldado Invernal) começa a apresentar comportamento errático e sinais de recuperar sua memória perdida. Isso faz com que a KGB o congelasse quando não fosse necessário, preservando, assim, sua integridade física por décadas. A última notícia de atividade é de 1988.
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