segunda-feira, 9 de abril de 2007

The Kuberts

Seguindo a série sobre as famílias famosas dos quadrinhos, vamos conhecer um pouco mais da história de Joe Kubert e seus “moleques”.

Wolverine Magneto


Nascido na Polônia em 1926, Joe Kubert e seus pais, com ele ainda criança, mudaram-se para Nova Iorque (e depois vocês se perguntam porque a Marvel só usa NY nas histórias). Em 1938, com 11 anos e meio, um amigo deu a idéia dele conhecer a editora MLJ (futura Archi Comics), de propriedade de Louis Silberkleit. Charles Biro, Mort Meskin, Bob Montana e Irv Novick o tutoraram e, com 12 anos completos, já desenhava algumas da revista do Archie, que estavam sob a batuta de Bob Montana.

Seu colegial foi feito na High School of Music and Art de Manhattan. Após as aulas e em finais de semana ele trabalhava para os estúdios Harry "A" Chesler's. Uma pequena editora que pegava uma série de gibis desconhecidos e publicava. Seu primeiro emprego de verdade foi fazendo a arte completa da história de 6 páginas chamada Black-Out. com o personagem Volton na Holyoke Publishing's. Ele continuaria por mais 3 edições, passando para o Besouro Azul da então Fox Comics. Ele ainda coloriria as reimpressões de The Spirit do mestre Will Eisner para a Quality Comics.

Na década de 40 ele começaria a trabalhar para a DC Comics e passaria a maior parte desta década ali. Na década de 50 ele se tornou editor da St. John Publications, onde seria feito o primeiro gibi em 3-D da história, estrelando o Super Mouse. De acordo com Kubert, esta vendeu nada menos que 1,2 milhões de cópias a 25 centavos cada (na época, cada gibi custava 10 centavos).

Sgt Rock

Entre 1967 e 1976, Kubert seria o editor das publicações da DC Comics. Ele apenas sairia para montar a Joe Kubert School of Cartoon and Graphic Art em Dover, New Jersey. Em seu tempo na DC desenhou o que muitos consideram as melhores retratações de Tarzan já feitas. Sendo que nessa passagem na década de 60X,X ele desenhava, além do Gavião Negro, uma revista chamada Ás Inimigo, que foi relançada em 2005 pela Ópera Comics aqui no Brasil. Na década de oitenta desenharia histórias sobre os heróis judeus Yaakov e Yosef. No começo de 2000 começaria a desenhar para a revista PS Magazine, com histórias reais sobre fatos ocorridos no front, especialmente a Guerra da Bósnia. Após isto, ele apenas voltaria a desenhar em 2006 a minissérie Sargent Rock: The Profecy.

Adam Kubert, filho mais velho de Joe, nasceu em 1959 e já disse diversas vezes que é fã dos desenhos de Frank Miller, Will Eisner, Jim Steranko, Alex Toth e seu pai Joe Kubert. Adam realmente rouba muito de seus heróis, mas sua arte ainda assim é muito boa e já figurou em diversas revistas da Marvel como Wolverine, Hulk e X-Men. Com Richard Isanove (de X-Men Ultimate), ele aperfeiçoou a arte da arte final diretamente sobre o lápis, como pode-se ver nas capas de Ultimate X-Men e Wolverine: Origin.

Gambit Adam

Os fãs, entretanto, têm um certo problema com dois detalhes de Adam. Um é que ele normalmente atrasa sua arte, chegando a demorar mais de um mês para entregar cada revista pronta. O segundo é que seus desenhos são facilmente suscetíveis de mudanças pelo estilo do arte-finalista. Uma das coisas que poucos sabem é que ele é renomado pela sua letra, usada pela Marvel e DC como base para várias de suas revistas.

Gambit

Andy Kubert, o caçula, começou trabalhando para DC com Adam Strange e o crossover Batman vs Predador. Na Marvel, viria a desenhar inicialmente capas para as revistas dos X-Men (a primeira aparição do Gambit em uma capa foi dele, em Uncanny X-Men 266, viu, Andrei?!), posteriormente vindo a desenhar após a saída de Jim Lee para a Image Comics. Seu trabalho mais notável porém foi ao estilo do irmão, desenhando a mini série 1602, escrita por Neil Gaiman.

1602

Hoje, todos os Kuberts trabalham para a DC, após anos servindo apenas à Marvel, mas se dizendo ainda fiéis à Casa de Idéias, apenas com vontade de experimentar coisas novas.

The Kuberts

É uma das poucas famílias de desenhistas e professores de desenho que existe. Os três dão aulas até hoje na Joe Kubert School of Cartoon and Graphic Art. É um exemplo que algumas coisas podem e devem ser feitas em família.

J.R. Dib

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