sábado, 21 de julho de 2007

Planeta Hulk: companheiros de exílio

Incredible Hulk #94

O primeiro arco que compõe a saga Planeta Hulk caminha para o fim. Em Universo Marvel 25, exilado, o Hulk começa a se adaptar em um novo planeta com uma diversidade de seres ao seu lado e lida com a incômoda condição de ser escravo. Mas, aos poucos, essa situação parece mudar, quando um grupo totalmente heterogêneo encontra coisas suficientes em comum para que se mantenham unidos. Unidos pela Guerra.

Imagine o que é ser metade do tempo uma força da natureza. Provavelmente o ser mais forte fisicamente dentre aqueles com os quais você convive. E viver em constate conflito com sua parte "fraca", que se adapta melhor ao mundo em que vive por ser mais igual aos outros. Mas essa parte fraca é rejeitada em benefício da parte "forte" quando realmente precisam da sua ajuda.

Agora pense que depois de anos vivendo de forma contraditória – sendo um dos maiores aliados e maiores ameaças da humanidade – alguns aqueles que poderiam ser considerados seus maiores aliados decidem que você deve partir. Unilateralmente determinam que a única forma de se protegerem de você é mandá-lo para outro planeta, longe dali. Ignorando as tantas vezes que você ajudou, aproveitam mais um momento em que você corre em seu auxílio e o mandam para o espaço.

Então imagine que as coisas dão errado, e você chega em um planeta governado por um tirano cuja raça de pele vermelha lembra muito os humanos. Você chega enfraquecido e é transformado em escravo e gladiador, o que só faz sua raiva aumentar. Sua raiva aumenta a ponto de você quase ferir mortalmente esse Rei Vermelho, o que lhe rende o castigo de ser enviado à morte quase certa, e você apenas acha isso divertido.

Planeta Hulk

Tente pensar que você é submetido a provações mortais após provações mortais, sendo socado, espetado, queimado, enfrentando os vermelhos que o escravizam e outros escravos como você, das mais variadas raças.

Imagine que aos poucos vão restando vivos seres muito peculiares – com nomes estranhos como Miek, Hiroim, Elloe, Korg ou mesmo não tendo nome. Eles formam com você um grupo heterogêneo mas sobrevivente. E que suas vitórias consecutivas e inesperadas, contra os mais terríveis oponentes, com um contando com o outro pela própria sobrevivência, fazem de vocês os mais populares gladiadores de todo o planeta. Mas ainda submetidos ao controle de um disco implantado em seus dorsos.

Planeta Hulk

E com essa popularidade, mais coisas contraditórias acontecem. Vocês são tratados como reis, com um belo banquete e outras regalias. Até mesmo a Sombra do Imperador (sua segurança pessoal) o visita, e em um misto de animosidade e tensão sexual, os dois fazem ameaças mútuas. Até mesmo uma proposta de se unir aos rebeldes locais e combater o Rei Vermelho é rejeitada por você. Os "rosados fracotes" são como os humanos, só querem sua ajuda para depois descartá-lo. Não. Quem derrotará o tirano será você e o planeta todo será seu.

Planeta Hulk

Imagine chegar em mais uma luta e, incomodado por sua popularidade, o Rei Vermelho literalmente joga uma bomba em cima de sua cabeça e dos outros gladiadores. E você, cada vez mais forte, detona a bomba contra seu próprio corpo, impedindo que chegue a seu destino. E ainda devasta as forças imperiais, saindo mais uma vez vitorioso. E sua fúria e força crescem em escalas jamais atingidas.

Planeta Hulk

Por fim, imagine que aqueles que lutam ao seu lado têm mais coisas em comum do que serem escravos e gladiadores em um mundo dominado pela raça dos "rosados". Que são rejeitados, muitas vezes considerados monstros de onde vieram, sobreviventes mas, de alguma forma humilhados. E que, assim sendo, todos vocês decidem se unir. Firmar um pacto forjado na batalha, jurando sua união pronunciando seus verdadeiros nomes e esperando nunca serem derrotados quando juntos. Unidos pela guerra, enfrentarão juntos uma ameaça de proporções cósmicas que ainda está por vir.

Planeta Hulk

Apenas imagine o que será do planeta Sakaar...


« Jøåø »


PS.: O Hulk é "bimanual", mas a Ninhada é “quatro-mãos”?? Há algum critério, afinal?

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