Então, um erro causa o maior dos desastres na vida dos heróis, uma tragédia nacional que certamente irá abalar para sempre o universo Marvel. Stamford foi o palco de uma explosão que matou mais de 600 pessoas, incluindo crianças de uma escola. O país acompanhou as imagens aterradoras do evento. Tudo era pra ser apenas mais um programa de reality show protagonizado pelo super-grupo Novos Guerreiros, mas acabou no estopim de uma mudança radical no tratamento que os EUA teriam com seus superseres. Mas a grande questão que fica é... quem são esses Novos Guerreiros?
É quase certo que leitores mais novos da Marvel, que sequer chegaram a ver os formatinhos na banca, saibam na verdade do que se trata esse grupo, mas os Novos Guerreiros já chegaram a ter seu espaço nas publicações nos anos 90 no Brasil. Apareceram pela primeira vez numa história do Thor escrita pelo Tom de Falco e logo em seguida a idéia foi passada para Fabian Nicieza tocar a revista solo do grupo.
Apesar de ser um grupo de jovens heróis, nenhum deles ficou conhecido como parceiro de um outro herói mais famoso. Na verdade, Tom de Falco preferiu elencar personagens secundários, pouco conhecidos, que já tivessem aparecido em outros títulos Marvel. Muitos podem achar que não passou de uma tentativa de fazer frente aos Novos Titãs da DC, mas em prática esse era um trabalho muito mais difícil – fazer cair no gosto popular personagens praticamente desconhecidos.
Assim, um dos primeiros a Tom buscar foi a Angélica Jones, a ruiva mutante que fez parte dos Satânicos com o codinome de Flama. Angélica provavelmente era a que tinha maior apelo entre todos, pois teve primeira origem num desenho do Homem Aranha dividindo espaço com Parker e Bobby Drake, o Homem de Gelo. Depois, foi inserida no universo regular e se manteve apenas como mera coadjuvante das revistas dos X-men;
Apesar de ser um grupo de jovens heróis, nenhum deles ficou conhecido como parceiro de um outro herói mais famoso. Na verdade, Tom de Falco preferiu elencar personagens secundários, pouco conhecidos, que já tivessem aparecido em outros títulos Marvel. Muitos podem achar que não passou de uma tentativa de fazer frente aos Novos Titãs da DC, mas em prática esse era um trabalho muito mais difícil – fazer cair no gosto popular personagens praticamente desconhecidos.
Assim, um dos primeiros a Tom buscar foi a Angélica Jones, a ruiva mutante que fez parte dos Satânicos com o codinome de Flama. Angélica provavelmente era a que tinha maior apelo entre todos, pois teve primeira origem num desenho do Homem Aranha dividindo espaço com Parker e Bobby Drake, o Homem de Gelo. Depois, foi inserida no universo regular e se manteve apenas como mera coadjuvante das revistas dos X-men;
O telecinético Vance Astrovick era o segundo mutante do grupo, porém bem menos conhecido. Ele iniciou carreira como o Marvel Boy na revista dos Defensores e depois passou um tempo sob a tutela de Ben Grimm. Um pouco antes de cair no gosto de Tom de Falco, o rapaz tinha acabado de ser rejeitado como Vingador pois era novo demais, e isso era perfeito para fazer dele um Novo Guerreiro.
Das páginas da revista solo do Namor, foi aproveitada a jovem Namorita Prentiss, que tem uma história muito complicada para ser explanada neste resumo. Trata-se na verdade de um jovem clone da prima do príncipe submarino, mas esse sempre a tratou como parente.
O hilário Robbie Baldwin foi retirado de uma anual do Homem-Aranha em que surgia como um pretenso herói que se auto-proclamava como Speedball, a Maravilha Mascarada. Atrapalhado, ele mais complicava do que ajudava, mas a grande verdade é que potencialmente seu poder de bater e rebater desprendendo grande quantidade de energia cinética era o mais poderoso de todos.
Por fim, o personagem Richard Rider, mais conhecido como Nova, foi o único destes que já teve moderado destaque nos quadrinhos com um início em seu próprio título mensal. A origem de seus poderes é espacial, sendo o único terráqueo agraciado com a oportunidade de ser um membro da tropa Nova, grupo de defensores da lei de todo o universo.
Todos esses cinco personagens eram certamente jovens bastante poderosos, mas faltava alguém entre eles que tivesse capacidade de liderança suficiente para torná-los unos como um grupo. Foi aí que Tom de Falco deu vida a Radical, o jovem Dwayne Michael Taylor, que é herdeiro de uma fortuna e decidiu combater o crime utilizando os recursos da fundação de seu falecido pai.
Juntos, sob a direção de Nicieza e os desenhos de Mark Bagley, começaram suas aventuras em sua própria revista solo, que no Brasil saía no mix de Homem-Aranha. Lembro de vê-los pela primeira vez ali, combatendo Terrax que surgiu do nada, e praticamente me apaixonei pelas histórias. Depois, os jovens heróis tiveram seus problemas com vilões próprios como o Psionex e até mesmo trocaram tapas com o Justiceiro. Tornou-se com o tempo um grupo pró-ativo respeitado na comunidade heróica, saindo até dos limites de seu país e tendo missões inclusive no Brasil.
Em paralelo às grandiosas aventuras, você também acompanhava os pequenos dramas familiares de cada um. Marvel Boy teve problemas com seu pai e acabou matando-o sem intenção, levando a uma das mais curiosas histórias sobre julgamentos de heróis na Marvel. Flama, que iniciou um romance desde cedo com Vance, viveu um drama pessoal ao saber que estava se tornando estéril por conta de seus poderes de Microondas. Já Namorita sofreu o preconceito de seu próprio povo quando foi revelada como sendo um clone. Nova teve um breve romance com Nita, que foi se degradando aos poucos e dividia sua vida de Novo Guerreiro com suas obrigações com a tropa de Xandar. E Speedball... bom, Speedball fazia as piadas de fundo como sempre.
Em paralelo às grandiosas aventuras, você também acompanhava os pequenos dramas familiares de cada um. Marvel Boy teve problemas com seu pai e acabou matando-o sem intenção, levando a uma das mais curiosas histórias sobre julgamentos de heróis na Marvel. Flama, que iniciou um romance desde cedo com Vance, viveu um drama pessoal ao saber que estava se tornando estéril por conta de seus poderes de Microondas. Já Namorita sofreu o preconceito de seu próprio povo quando foi revelada como sendo um clone. Nova teve um breve romance com Nita, que foi se degradando aos poucos e dividia sua vida de Novo Guerreiro com suas obrigações com a tropa de Xandar. E Speedball... bom, Speedball fazia as piadas de fundo como sempre.
Inevitáveis pequenas mudanças ocorreram com o tempo no time. Silhouette Chord, que já tinha histórico como parceira de Dwayne, junta-se ao grupo e, mais tarde, o herói solitário Chris Powell, o Falcão de Aço, também se torna membro efetivo. Desta maneira, tanto Chris quanto os Guerreiros acabaram aparecendo obrigatoriamente em dois títulos mensais por um tempo.
Com o passar das edições, as mudanças dentro da equipe pareciam cada vez mais constantes. Participaram como membros do grupo o vingador Rage, Alex Power do Quarteto Futuro, Turbo, Ultragirl, Bandit, Aegis e até mesmo o Aranha Escarlate, clone de Peter Parker. Essas mudanças provavelmente enfraqueceram o título que nitidamente perdia a identidade forte que existia na idéia original. O primeiro volume encerrou-se na edição 75 e uma segunda tentativa para recriar o grupo mal durou 10 números.
A história dos personagens principais já começava a tomar outros rumos. Vance Astrovick e Angélica Jones receberam convites para ingressar os Vingadores, realizando um sonho antigo do Marvel Boy, que assumia já o codinome Justiça. Nova deixou o grupo por bastante tempo e seu romance com Namorita se desfez de vez, principalmente quando ele não conseguia aceitar as mudanças de pele que a Atlante sofreu. Speedball parecia a única constante no grupo. Boa parte dessas histórias acabou caindo no limbo aqui no Brasil e por alguns anos, mesmo nos EUA, os Guerreiros desapareceram.
Foi muito tempo depois que a Marvel decidiu passar os olhos novamente no grupo. Numa mini-série em seis edições que não vai ser publicada no Brasil, vemos que os poucos remanescentes do grupo original – Radical, Namorita, Speedball e Nova – juntaram-se com dois novos personagens chamados Micróbio e Debrii para manter o grupo ainda funcional, com uma idéia nada promissora de reality show no pior estilo “COPS”. E muitos antigos fãs achavam que esse seria o nível mais baixo em que o grupo chegaria...
Foi muito tempo depois que a Marvel decidiu passar os olhos novamente no grupo. Numa mini-série em seis edições que não vai ser publicada no Brasil, vemos que os poucos remanescentes do grupo original – Radical, Namorita, Speedball e Nova – juntaram-se com dois novos personagens chamados Micróbio e Debrii para manter o grupo ainda funcional, com uma idéia nada promissora de reality show no pior estilo “COPS”. E muitos antigos fãs achavam que esse seria o nível mais baixo em que o grupo chegaria...
Coveiro
