sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Infinito #01: Tudo morre!

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Aquele que já foi considerado o mais mortal vilão de todo o cosmo da Marvel volta suas atenções para a Terra. Num tempo quando a maior parte dos impérios está fragilizado, Thanos e seus generais avançam de forma arrasadora em direção a Terra. E mesmo com a expansão dos Vingadores e a formação secreta dos Novos Vingadores tentando impedir um cataclisma do multiverso, o alto risco do arauto da Morte ainda é inexorável. Nesse clima, Infinito chega finalmente ao Brasil neste segundo semestre e já de cara mostrou que não vai decepcionar como a Era de Ultron.

A primeira edição começa com uma curta história que foi publicada antecipadamente nos EUA no Free Comic Book Day. Ela apresenta Corvus Glaive, o mais medonho dos novos fieis a Thanos e seu batedor, uma criatura igualmente vil e assustadora. Corvus recebe noticias sobre a reconstrução do planeta Ahl-Agullo, que parcamente sobreviveu a ultima investida de Thanos e agora é a hora de Corvus cobrar o Tributo. Lá, o campeão  do povo, filho do Rei, foi morto, e em troca da maioria sobreviver, Corvus demanda algumas dezenas de cabeças decapitadas para ofertar a seu mestre. E seu batedor vai atrás de um outro planeta para dizimar. E eis que esse próximo mundo é a Terra.

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Longe dali, cerca de sessenta mil anos-luz do nosso planeta, Galador tinha um destino não muito diferente. Os algozes de lá, por sua vez, são os Construtores, antiga raça do universo que servem junto ao robótico Aleph, que como já foi mostrado nas paginas desta nova fase dos Vingadores, tem uma visão peculiar de reconstruir mundo a partir da destruição do anterior. Mas o que mais chama atenção dos Construtores naquele lugar é que assim como a Terra, há heróis ali para defender o atual status quo. Não espere encontrar Rom dentre eles, mas uma versão de Cavaleiros do Espaço similares dão o ar da sua graça. Destaca-se Ikon, uma galadoriana que fez parte da formação dos Aniquiladores (minissérie inédita no Brasil).

Todavia, o destino dos  Galadorianos  não seria salvo por suas lendas desta vez. A Capitã Universo, também Vingadora, estava ali presente, mas não para ajudar. Seria apenas testemunha do inevitável – Tudo morre, até mesmo coisas que não se pensava que iriam morrer. E assim, com a chegada dos Construtores, onde antes existia Galador, não existe mais. Tudo se desfez num gigantesco evento branco.

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As repercussões dessas catástrofes ao redor do universo foram de imediato percebidas na Terra. Agente Brand, Comandante da ESPADA, convoca Rogers para lidar com mais uma invasão não autorizada de Skrulls no planeta. Não se trata de nenhum plano de dominação, nada mais que uma simples fuga em massa e irregular de metamorfos no nosso planeta.  E em meio a operação contra os aliens, a Capitão Universo chega de forma repentina e inconsciente ao Zenite, base da ESPADA na orbita da Terra.

Em Atillan, temos finalmente noticias de por onde anda o Batedor de Corvus Glaive. A criatura, que é capaz de se tornar invisível para adentrar aos mais recônditos lugares do mundo, vai até o quarto de Raio Negro para bisbilhotar seus sonhos. Com um toque, a monstruosidade começa a conhecer mais dos segredos de Blackagar Boltagon – os mistérios e desconfianças da família real inumana, a reunião dos Illuminatti, o destino das joias do Infinito. E estava quase para conseguir a grande informação que seu mestre estava atrás quando o Rei despertou.

Em fúria, Raio Negro arrancou um braço da criatura. O mesmo quase foi pego pelo infalível Karnak. Atravessou agressivamente os soldados que protegiam os aposentos do Rei. E chegou até mesmo a receber o choque do grito de Blackagar. E ainda assim escapou com uma centelha de vida. As consequências de deixar tanta informação vazar, nem mesmo Raio Negro poderia cogitar que fim levaria.

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No Zenite, Capitão América toma finalmente conhecimento mais profundo do que esta por vir. Mesmo com a Capitã Universo em coma, os sinais de transmissão de uma base Kree sendo destroçada pelos Construtores e a mobilização do Império Shiar mostram que algo esta vindo. E desta vez, Rogers decide que não ficará esperando o ataque. Com dois jatos de Vingadores, ele parte com sua imensa equipe para algo mais proativo. E deixam apenas alguns para trás.

Em Titã, o Batedor chega finalmente com suas informações e é recompensado com um sacrifício. Para Thanos, mesmo com as péssimas noticias sobre as joias do Infinito, há algo que se perceber ali – O planeta Terra esta sem seus Vingadores. E agora, ele e seus generais, os seletores obsidianos, a ordem negra – Proxima Meia-Noite, Estrela Negra, Fauce de Ébano, Supergigante e Corvus Glaive – estarão rumando para tomar aquele lugar.

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E com essa alta expectativa, Infinito começa de forma tão grandiosa que em uma edição apenas coloca toda Era de Ultron no chinelo. Mesmo para os mais aversos a atual fase dos Vingadores (que se mostra com um roteiro um tanto complexo, é verdade), vai encontrar aqui uma oportunidade de se divertir e até mesmo entender mais da dimensão pretendida por Hickman nesta nova fase.  E mesmo sem ainda levantar de seu trono, dá pra perceber que esse é o Thanos que sempre queríamos em ação de volta. E com a arte cheia de preciosismo de Jimmy Cheung, Infinito entra fácil para o hall de melhores sagas do Universo da Marvel, com aquele jeitão de ver finalmente os Vingadores cruzando o espaço como nos áureos tempos.

Infinito é escrita por Jonanthan Hickman e desenhada por Jimmy Cheung. Originalmente publicada em seis partes que duraram quatro meses lá fora, aqui sairá mensalmente também em seis partes, mas contendo também o especial “Infinity – Heist” no mix. E a primeira edição vem com uma capa variante bem bacana metalizada.

Coveiro

PS: Quer saber mais sobre a nova fase dos Vingadores? Leia as primeiras histórias aqui e aqui!

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