segunda-feira, 3 de julho de 2017

Capitã Marvel: Herança Maldita Kree

Numa nova guinada de sua vida, que começou quando mudou de postura e resolveu se tornar a nova Capitã Marvel, Carol Danvers passou a liderar a nova Tropa Alfa, uma repaginação do antigo grupo canadense, só que agora atuando no lugar do que um dia foi a E.S.P.A.D.A. Mas logo nos seus primeiros dias, a Major Danvers teve que lidar com vários problemas diplomáticos e um mistério envolvendo uma nave que surgiu do nada e com sistema de defesa ainda ativos. Fora isso tudo, bombas começaram a explodir misteriosamente dentro da estação espacial e subitamente Carol desmaiou sem explicação.



Na ala médica, Danvers finalmente acordou e foi informada de que algo a estava afetando. Seus sistema imune estava fraco e seus poderes oscilantes. Já a agente Wendy Kawasaki estava sendo interrogada por Abigail Brandt por suspeita de ter manipulado dados dos Eridani fazendo-o atacar a estação espacial e de ter hackeado os sistemas de vigilância para apagar provas. Fora isso tudo, um dos itens que Kawasaki trouxe da nave explodiu na estação, aumentando a cisma de Brandt. O que era certo é que havia algum traidor entre eles. O interrogatório foi então interrompido por Carol, que nitidamente parecia estar mais doente. Os mistérios só se avolumavam no meio de tudo isso. A tal bomba que explodiu tinha a estranha propriedade de se regenerar e estranhamente parte da nave alienígena misteriosa cresceu e se envolveu nas braçadeiras que prendiam-na a estação espacial, impedindo a Tropa Alfa de a liberá-la.

Para libertar as braçadeiras, foi necessário parte da equipe da Tropa Alfa agir no espaço e tentar romper o invólucro pessoalmente. Carol e Sasquatch entraram na nave e tentaram pilotá-la pra longe dali. Contudo, a Capitã Marvel teve um surto neste instante, nocauteando o colega e parecendo ter visões de uma batalha que nunca participou. Foi preciso Brandt interferir e derrubá-la. Quando finalmente despertou, Carol estava presa em quarentena e Abigail reportou que iria tomar conta da situação até ela voltar a si. Já Kawasaki deu continuidade a sua pesquisa e descobriu que o material da nave era como que vivo, com DNA e um padrão genético similar ao humano.



Na ala médica, as alucinações de Danvers só pioraram e ela começou a perceber que todas as suas visões ali na verdade eram como que parte das memórias do Mar-Vell, o Capitão Marvel original. Aparentemente, tudo estava ligado a nave alienígena, que descobriu-se ser de origem Sartori, uma civilização praticamente dizimada pelos Krees no passado. As naves sartori foram então construídas e designada para amplificar DNA Kree, buscar seus portadores e destruí-los e isso incluía alguém com a natureza mista como a de Danvers. A situação já era bem complicada até ali, mas ainda estava para piorar. Uma outra nave maior sartori se aproximava e completamente ativa, prestes a atacar a estação espacial.



Nesta nova nave, os Sartori não pereceram nas câmaras de extases e estavam finalmente despertando para a guerra. Afim de salvar a maioria das pessoas da estação, Carol pediu para desligar o módulo da Tropa Alfa onde a outra nave estava presa e deixar todos os outros integrantes da estação espacial na outra parte a salvo. Para lidar com o inimigo, apenas uns poucos ficaram com Carol, incluindo Abigail Brandt, Wendy, Pigmeu, Sasquatch, Aurora e um piloto. Quando destruíram a nave sartori atracada, Danvers finalmente recuperou seus poderes e partiu contudo para cima da nova espaçonave invasora.

O ataque da Capitã e da Tropa Alfa, no entanto, não teve muito sucesso em superar os escudos dos inimigos. E enquanto isso não dava certo, Kawasaki juntou-se com Aurora para tentar decifrar a linguagem sartori. Num novo ataque, agora feito com pequenas naves dos invasores, a Capitã Marvel conseguiu capturar uma delas. Assim, eles puderem tanto estudar mais da tecnologia deles como também dialogar um pouco com o piloto. O sartori parecia incrédulo na história de Danvers ser uma híbrido terráquea com DNA Kree, achava uma ofensa ela usar aquela insígnia no uniforme e não acreditava na história de que recentemente Hala foi destruída.



A situação piorou ainda mais quando uma nova bomba estourou no módulo e detonou o gerador de escudos da Tropa Alfa. Aparentemente, o traidor ainda estava a bordo e agora eles estavam a mercê de um bombardeio da nave gigante sartori. Carol teve a ideia de libertar o seu refém, entregando-lhe uma das naves da tropa alfa e pedindo para ele intermediar um diálogo com seu povo. O plano, no entanto, não teve nenhum sucesso e a nave do sartori refém foi explodida antes mesmo de ele aportar na espaçonave maior do seu povo.

A situação estava cada vez mais complicada para a Capitã Marvel, mas seu time era persistente.  Kawasaki e Pigmeu consertaram novamente os geradores de escudo, Brandt foi atrás do traidor escondido na estação e Sasquatch inventou um tipo de virus específico que poderia contaminar a nave sartori. Seu plano inicial de inoculá-lo via a pequena nave capturada não deu muito certo e era preciso portanto pessoalmente a amostra ser levada a nave-mãe sartori. Foi quando a Capitã Marvel decidiu se entregar para salvar a todos.

O plano de Carol era, obviamente, mais do que rendição. Indo até a nave mãe dos sartori, ela poderia inocular o vírus criado por Sasquatch e derrotá-los por dentro. Mesmo a contragosto de Brand, Carol partiu e se deixou ser capturada. Enquanto isso, na estação, houve mais uma explosão. Desta vez, o sabotador (aparentemente um oficial menor da estação chamado Bradner) morreu junto, mas aparentemente ele tinha um outro contato com o qual ele falava via um comunicador.

Já na nave-mãe, Carol Danvers não parecia ter muito sucesso em convencer os sartori de sua inocência e o vírus que deveria ser inoculado automaticamente assim que ela pousou estava tendo um processo de infecção muito lento. A surpresa de todos foi que sorrateiramente o Pigmeu se infiltrou na mesma nave que levou a Capitã Marvel, injetou diretamente mais vírus nas paredes com sua seringa e ainda foi providencialmente salvar Danvers quando ela era atacada pelo líder dos invasores. Repentinamente, a nave foi se desfazendo e Carol ofertou a eles a salvação em troca de uma trégua.



Já no módulo da Tropa Alfa, Brandt finalmente encontrou a traidora. Era sua aspirante chamada Garcia, que servia de contato com os Eridani (citados nas primeiras histórias). Aparentemente, ela era uma Eridani de baixa casta  que queria se vingar da elite de seu povo, manipulando por isso situações desconfortáveis que poderiam levar eles a quebrar o contrato que tinham com a Tropa Nova.

Assim, a situação diplomática com os Eridani se resolveu (com uma quebra de contrato do gerenciamento do lixo) e o caso dos Sartori teve um fim, tendo como consequência algumas dezenas de refugiados a mais na estação espacial. Em troca, Carol ganhou uma oficial de ciências chamada Zory, que poderia ajudar a usar a tecnologia sartori a seu favor. No fim, tudo acabou bem no primeiro dia da Capitã Marvel como líder da Tropa Alfa. Isso até o alarme de emergência tocar novamente.

Diferente de tudo que tinha sido feito com a personagem até então, Carol Danvers tem uma guinada ainda maior neste volume para seu lado mais espacial. As escritoras Michele Fazekas e Tara Butters conseguem entregar uma divertida história de detetive num cenário mais sci-fi e conseguem dar bastante personalidade a todos os presentes. Sua Agente Brandt é divertida como a do Whedon e a novata Wendy é facilmente a mais querida da história. A arte também ajuda, é capitaneada por Kris Anka, com o apoio de Felipe Smith, dando um traçado simples, mas bem expressivo pra história. Quem quiser acompanhar a parte final dessa arco, é só procurar nas edições 3 a 5 de Avante, Vingadores!

Coveiro

comments powered by Disqus