segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Homem-Aranha: Aranhaverso recontando o passado... de novo e de novo.



Em meio a versões futurísticas, de outras realidade e de três Mulheres-Aranhas, quem anda lendo a revista Homem-Aranha: Aranhaverso, deve ter se deparado com uma série de histórias com o personagem de volta aos seus primórdios, mas com algumas liberdades criativa bem ousadas, que praticamente sugerem até que esse Homem-Aranha deve ter vindo também de outra terra paralela.

O mesmo responsável pelas histórias da Teia de Seda, Robbie Thompson assume os roteiros dessas edições que colocam Peter Parker de volta ao colegial. Só que desta vez, ele vem acompanhado de colegas que só conheceria muito mais a frente como Harry Osborn e Gwen Stacy. Mary Jane ficou de fora desta nas primeiras histórias e o Flash Thompson acabou com cabelos pretos, mas sendo mesmo insuportável de sempre. Sajani, personagem que só apareceu na fase mais recente do personagem vira colega de turma e o Maxwell tornou-se um professor de História. Tia May tem também uma repaginada mais voltada pros dias atuais e assim segue as histórias dessa revista "Spidey", que é pra lá de despretensiosa.

Em meio a vilões já bem conhecidos do Aranha como Doutor Octopus, Lagarto e Homem-Areia, a trama tem mais apelo visual do que de conteúdo mesmo, já que é assinada pelo fabuloso artista canadense Nick Bradshaw, que ficou conhecido pela fase de Wolverine & os X-Men. Na primeira edição, Octopus faz uma ataque a Oscorp no momento que os meninos faziam uma excursão e obriga Peter a dar seus famosos sumiços para dar lugar ao Homem-Aranha. Na outra, o Homem-Areia rouba um banco, mas acaba virando uma estátua de cimento ao Peter perceber que um confronto direto é inviável. Em outra, Peter mela os experimentos de Curt Connors ao criar uma série de cobaias-lagartinhos.



Temos um começo de interação para um provável namoro entre a Gwen, que se revela uma verdadeira Nerd e ao passar das histórias até o momento em que Peter tem que se virar para conseguir dinheiro e ajudar sua tia. Tudo isso acaba tendo um pouco de pegada bem juvenil com as histórias nitidamente tendo lição de moral destacada ao seu final, provavelmente para conquistar o público desta faixa etária. "Nunca desistir", "Seja você mesmo" ou "equilibre sua vida pessoal com as obrigações" são os primeiros ensinamentos.

No fim, me surpreendi com o desperdício de dois talentos na equipe criativa para histórias que de tão simples poderiam ser entregues a outros. Elas não chegam a complementar nada que possa interessar ao presente do personagem como foi com os "Arquivos Secretos" dos anos 90 e nem de perto tem o brilho de frescor e renovação que a série ultimate fez nos anos 2000 ao atualizar a origem do Teioso. A Panini faria melhor colocando essas histórias em suas revistas de atividade. Dificilmente eu voltaria a falar dessas edições aqui no site.

Coveiro

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