sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Homem-Aranha: Kaine em Ecos

*Artigo publicado por nosso colaborador, Guilherme Prado

Homem-Aranha

Se alguém nunca nasceu, pode ser considerada uma pessoa viva? Com essa reflexão bem filosófica é que se inicia a história “Kaine em Ecos”. Para quem não sabe Kaine é um dos clones de Peter Parker, sim, voltamos a Saga do Clone...

Dentro do que parece ser um misto de instalação secreta para super seres, bem nos moldes do Arma X, em um hospital está Kaine. Sua degeneração celular está em um estágio avançado, mas parece que ele ainda tem muita força para lutar.

Mesmo Kaine não sabe onde fica a base ou porque o levaram para lá, apenas sabe que merece estar lá, quer pagar pelos crimes que cometeu, estar ali foi uma escolha sua. E agora que a morte parece estar tão perto, Ben Reilly reaparece para o seu “irmão”. Na verdade, tudo se passa na mente de Kaine que projeta o encontro com Ben.

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Caminhando pela pela prisão, eles conversam. “Esta prisão está infestada com homens que nasceram desprovidos de qualquer consciência moral.”; “E até mesmo eles têm medo de mim. Por mais negras que sejam... Esses homens tem alma. Eu não.”

No momento seguinte, Ben tenta explicar que mesmo sendo um clone, ele tentou fazer a diferença, assim como Peter fazia, mas foi interrompido pelo Chacal. O “pai” de Kaine tem uma visão bem diferente do destino do seu “filho”.

Talvez Kaine não esteja morrendo, mas apenas evoluindo: Talvez seu corpo tenha passado anos reagindo... Para absorver o incrivel poder das suas células. Mas mesmo esse novo começo traz muita dor, e de volta ao hospital, vemos agora os médicos vendo os últimos instantes do clone. Kaine não passa de outro experimento fracassado para a equipe, um animal aguardando a morte.

Agora, passemos para Utah, perto de Salt Lake City, o único lugar onde Kaine quase foi feliz. Lá, conheceu Louise que amou-o e nunca o viu como um monstro, mas o seu demónio interior acabou prevalecendo e mais uma vez ele matou. “Eu matei Louise Kennedy, o único ser humano que se importou comigo. Quando quebrei o seu pescoço... cortei minha última ligação com o mundo” refletiu o clone.

Homem-Aranha

Assim, pronto para encarar a morte, Kaine recebeu a visita do último dos seus fantasmas. Peter agora surge para mostrar que Kaine nasceu sim, não de um útero, mas do seu DNA. Ele é fruto das trevas de Peter, por isso sua alma atormentada. Mas ninguém é apenas uma sobra do pior. “Você é tão humano quanto eu, foi a sua humanidade que te levou a cometer atos inominaveis. E depois tentar se redimir por eles.”

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Se tem o menor eco de Peter Parker aí dentro... e eu acho que sim... Acho que ainda da para surpreender muita gente. Principalmente a si mesmo.” Com essa última frase, Peter se despede de Kaine. E o clone se despede da sua auto piedade, assim renovado pronto para surpreender o mundo com surpresas maravilhosas e terríveis ele é jogado novamente na sua solitária.

Homem-Aranha

Essa edição foi publicada em Web of Spiderman 1 e encontra-se publicada na revista do Homem-Aranha deste mês de Dezembro.

Guilherme Prado

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