segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Novíssimos X-Men: saindo do armário


Após uma temporada no espaço salvando o universo e destruindo alguns planetas no processo, os X-Men estão de volta à Terra. E a regra, pelo menos de imediato, é descansar.

Enquanto a galera dos X-Men originais estiveram fora, muuuuuuuuita coisa aconteceu com o Ciclope e o testamento de Charles Xavier. Mas isso você pode conferir aqui. O importante é que agora eles estão tendo um tempo para relaxar e fortalecer as suas conexões.

E foi justo em um desses momentos de ócio que o escritor Brian Michael Bendis escreveu um dos mais polêmicos capítulos da franquia mutante. Após o Homem de Gelo saudar a beleza da Professora Magia em voz alta, a jovem Jean Grey chamou o amigo para um papo mais particular.

Sem quase nenhum tato para o assunto, a ruiva já saiu soltando um sonoro "você é gay". Bobby ficou sem reação, não soube como reagir, mas Jean insistiu. Ele está pensando isso muito alto e ela não tem como deixar de captar esses pensamentos.

Após um breve momento de negativa e reflexão, surge a fatídica conclusão. Se o Homem de Gelo do passado é gay, então o do futuro também é, certo? Bom, essa revista dos Novíssimos X-Men fez mistério quanto a isso. E foi ai que as muitas criticas surgiram, pois o Homem de Gelo do presente, até onde sabemos é heterossexual. E sendo assim, poderia um ser gay e outro hetero?

Bendis foi duramente criticado pela interpretação de que a homossexualidade é uma característica que se adquire ao longo da vida e não um estado de natureza que já nasce com o indivíduo. Qual a resposta? Vou manter o mistério e indicar que fiquem de olho no site, em breve sairá a resenha de Fabulosos X-Men 600 com a resposta.

A HQ também foca no relacionamento do Anjo com a X-23. Warren conta que optou por continuar com os poderes do Vórtice Negro para se diferenciar da sua versão do presente. Ele não quer se transformar naquilo e então fará, no que depender dele, tudo diferente. O papo deles termina com uma declaração de amor e um beijo.

Mas claro que nem tudo é só papo. Maria Hill chegou no Instituto Xavier pedindo ajuda aos X-Men. Uma invasão mutante foi identificada na caída ilha de Utopia e eles precisam de ajuda para acabar com isso sem criar um novo incidente mutante.

Para a surpresa de todos, os mutantes que tomaram a ilha são velhos conhecidos: Masque, Randoom, Elixir, Dinamite, Karma e Madison Jeffries. Eles desejam viver em paz em Utopia, mas isso não será tão fácil.


Jean Grey colocou todo mundo para dormir, mas Karma se manteve em pé e, controlando os X-Men originais, provocou uma enorme briga interna na equipe. Mas não durou muito, Karma foi nocauteada e então o diálogo tomou conta. E os mutantes, que se chamavam de Utopianos, encontraram no Instituto Xavier um local para viverem em paz.

Bom, esse não é o final que se esperava para os Novíssimos X-Men. Foi um desfecho claramente apressado e encurtado pelo editorial. Bendis contou que pretendia implementar o plot dos Utopianos desde o primeiro ano da HQ, mas teve de ir empurrando a trama até que a condensou, sem muito sentido, nessas duas edições finais.

Alguns plots ainda ficaram em aberto, principalmente envolvendo a sexualidade do Homem de Gelo. Mas aguardem que tudo será explicado na edição 600 de Fabulosos X-Men.

As edições aqui resenhadas foram publicadas originalmente em All-New X-Men 40 e 41. Aqui no Brasil saíram nas edições 33 e 34 de X-Men. O roteiro é assinado por Brian Michael Bendis e a arte fica com Mahmud Asrar.

Kinhu Heck

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